Embalado pelo ritmo dos negócios no mercado externo, o Ibovespa encerrou o pregão, desta sexta-feira (1º), com alta de 0,67%, aos 128.184 pontos. Na semana, o principal índice da bolsa brasileira avançou 2,13%.
Com a agenda de indicadores esvaziada por aqui, os investidores acompanharam o apetite ao risco do exterior, impulsionado pelo discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell.
A fala de Powell deu ânimo aos mercados, após ele sinalizar que a estratégia do banco central dos EUA, de elevar os juros para controlar a inflação, deu certo. Isso sinaliza que o ciclo de aperto monetário deve mesmo ter chegado ao fim, notícia que reverbera em todos os mercados mundiais.
Os rendimentos dos Treasurys também reagiram, se afastando da marca dos 5%, tirando a pressão, portanto, da curva dos juros futuros (DIs) no Brasil.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 encerrou as negociações abaixo dos dois dígitos.
No Brasil, a única notícia repercutida pelos investidores foi a variação de 0,1% da produção industrial, de setembro para outubro, mantendo o comportamento de pouco dinamismo observado nos últimos meses. No acumulado do ano e nos últimos 12 meses, houve variação nula (0,0%), segundo a Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O dólar terminou o dia a R$ 4,8689, com recuo de 0,70%. Nos últimos cinco dias, a moeda norte-americana desvalorizou 0,36%.
Destaques do Ibovespa
Entre os destaques positivos do Ibovespa hoje, os ativos impactados pelo forte alívio na curva dos juros futuros (DIs) no Brasil, após o discurso do presidente do Fed (o banco central dos EUA), Jerome Powell, se deram bem.
Os papéis da varejista Magazine Luiza (MGLU3) subiram 7,43%, enquanto os da Cielo (CIEL3) apontaram alta de 6,97%
Na ponta negativa, as ações da Braskem (BRKM5) foram pressionadas pela possibilidade de rompimento de Mina em Maceió ainda nesta sexta-feira (1º). A região está com alerta desde ontem (30). As ações da empresa caíram -6,17%.
As petroleiras também foram impactadas pela desvalorização do petróleo no mercado internacional, após a decisão da Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo mais aliados) ter anunciado redução voluntária da produção, a partir de janeiro de 2024, para 2 milhões de barris dia.
Os papéis da PRIO (PRIO3) caíram 3,07% e o da 3R Petroleum (RRRP3) apontaram baixa de 1,97%.
Mercado externo
As bolsas de Nova York encerraram o pregão com tom positivo após as declarações do presidente do Fed.
O S&P 500 fechou com alta de 0,59%, a 4.594,63 pontos; o Dow Jones subiu 0,82%, a 36.245,50 pontos; e a Nasdaq +0,55%, a 14.305,03 pontos.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias