Ibovespa tem forte alta de 1,36%, aos 124 mil pontos, apoiado no exterior

O dólar comercial chegou a subir no meio da sessão, mas terminou a quinta-feira com queda de 0,20%, a R$ 5,50.
27 de junho de 2024

O Ibovespa teve uma alta parruda, nesta quinta-feira (27), apoiado principalmente no cenário internacional. O principal indicador da Bolsa brasileira avançou 1,36%, aos 124.307 pontos.

É o maior patamar de fechamento desde 27 de maio. É também o maior ganho em um único dia desde 26 de abril, quando avançou 1,51%.

Lá fora, os investidores estiveram ligeiramente mais abertos ao risco após o PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos sugerir desaceleração da atividade no país. A fala de um dirigente do BC americano também acenou, ao indicar para a possibilidade de uma redução nas taxas de juros ainda este ano e mais quatro em 2025.

As informações contribuíram para derrubar as taxas dos títulos públicos dos EUA. A queda serviu para aliviar a pressão sobre o dólar, que registra alta de quase 5% este mês. Na sessão de quarta-feira, 26, a moeda americana chegou a sua maior cotação em dois anos e meio.

Por aqui, teve mais falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na linha do que o mercado queria ouvir: corte de gastos. Lula disse: “eu só posso gastar aquilo o que eu tenho; se eu tiver que fazer uma dívida, será uma dívida que permita eu aumentar o meu patrimônio”. E também deixou claro que “sempre tem lugar no Orçamento para cortar“.

Apesar disso, reafirmou a fala de ontem (26), em entrevista ao UOL, que não quer nem sabem em “cortar benefícios para pobres que têm direito” e que “este país tem muito subsídio e muita desoneração”.

O discurso foi ecoado por Fernando Haddad, ministro da Fazenda, mostrando comunhão. Nesse momento, na reta final, do pregão, o Ibovespa passou a renovar máximas constantemente.

Teve também fala do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que acusou o presidente Lula de “aumentar o prêmio de risco” do Brasil com pronunciamentos que impactam negativamente no mercado financeiro.

Segundo a Reuters, Campos Neto declarou, durante entrevista coletiva, que “o que se mostrou no passado recente –não é uma opinião minha, é uma constatação – quando a gente olha movimentos de mercado em tempo real com os pronunciamentos, você teve piora em algumas variáveis macroeconômicas, em alguns preços de mercado”.

Campos Neto só não disse que quem estava colocando terror no mercado financeiro dias atrás era ele, ao turbinar o risco fiscal do país em participações em eventos aqui e no exterior.

Teve também uma força do campo corporativo. A Petrobras (PETR4) subiu 1,67%, com um grande banco elevando o ativo para compra e com o petróleo internacional subindo novamente; a Equatorial (EQTL3) avançou 6,29%, por ter sido a única a apresentar proposta pela Sabesp (SBSP3), que por sua vez caiu 2,81%; e o GPA (PCAR3), que subiu 8,05% após anunciar a venda de postos de combustíveis.

Dólar

O dólar comercial chegou a subir no meio da sessão, mas terminou a quinta-feira com queda de 0,20%, a R$ 5,50. Só os DIs (juros futuros) subiram por toda a curva.

Mercado externo

As bolsas de Nova York fecharam com ele alta, enquanto os investidores aguardam o relatório do índice de preços de consumo pessoal, o PCE, amanhã (28), antes da abertura do mercado. A expectativa é de queda nas pressões inflacionárias.

O Dow Jones subiu 0,09%, aos 39.164,06 pontos; o S&P 500, também 0,09%, aos 5.482,93 pontos; e o Nasdaq, +0,30%, aos 17.858,68 pontos.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

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