Tinha tudo para ser mais um dia histórico para o Ibovespa e, de certo modo, não deixou de ser. O pregão desta terça-feira (27) marcou a renovação da máxima do principal indicador da B3, aos 137.212,64 pontos no intraday, puxado principalmente pela Vale. Porém, ao fim do pregão prevaleceu a cautela dos investidores e o índice acabou fechando com leve queda de 0,08%, aos 136.775,91 pontos, uma perda de apenas 112,80 pontos.
Por aqui, o destaque do dia foi a divulgação da prévia da inflação de agosto, que ficou em 0,19% após taxa de 0,30% registrada em julho. O IPCA-15, divulgado hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), aponta que a maior variação (0,83%) e o maior impacto (0,17 ponto percentual) vieram do grupo Transportes. Na sequência, destacam-se os grupos Educação (0,75% e 0,05 p.p.) e Artigos de residência (0,71% e 0,03 p.p.).
Nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 4,35%, abaixo dos 4,45% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2023, a taxa foi de 0,28%.
O resultado do indicador dividiu opiniões de analistas. Para alguns, a inflação permanece persistente e resiliente, podendo impactar a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central. Outra ala do mercado, por sua vez, destaca que o IPCA-15 de agosto demonstra o início de um processo de recuo e espera até mesmo deflação no índice fechado do mês, a ser divulgado no início de setembro.
Vale e Americanas
Além da Vale (VALE3), que disparou hoje 3,01% com o avanço do preço do minério de ferro no mercado internacional, outro destaque do dia da Bolsa foi a Americanas, que não está no Ibovespa desde que entrou em recuperação judicial.
No primeiro dia de Americanas (AMER3) após o grupamento de ações, os papéis da varejista subiram 40,00%, para R$ 7 hoje.
O grupamento de ações significa que grupos de 100 papéis AMER3 se uniram para formar uma nova ação — e o preço foi multiplicado pelo mesmo fator.
Considerando o preço de fechamento de R$ 0,05 de anteontem (26), as ações passaram a valer R$ 5,00 a partir do pregão de ontem (27) com o grupamento.
Dólar
O dólar comercial voltou a ter uma alta curta, como aconteceu ontem. A moeda norte-americana avançou 0,20%, a R$ 5,50. Os juros futuros (DIs) fecharam com altas por toda a curva, seguindo os vértices mais longos da curva de Treasuries nos EUA.
Mercado externo
As bolsas de Wall Street conseguiram novos ganhos após a sessão de ontem, quando foi registrado novo recorde do Dow Jones, com máximas intradiárias e de fechamento. Os investidores estão ansiosos para ver o balanço da Nvidia, gigante do setor de inteligência artificial, nesta quarta-feira (28). As ações da empresa de semicondutores fecharam mais de 2% mais baixas ontem e hoje se recuperaram com alta de mais de 1,4%.
O Dow Jones teve leve alta hoje de 0,02%, aos 41.250,50 pontos; o S&P 500, +0,16%, aos 5.625,80 pontos; e o Nasdaq, +0,16%, aos 17.754,82 pontos.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias