Índices futuros dos EUA operam no campo positivo após resultado da Nvidia; bolsas europeias também sobem

Por aqui, a agenda do dia prevê a participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em simpósio do G20, falas do presidente Lula e reunião do CMN (Conselho Monetário Nacional).
23 de maio de 2024

Depois de fecharem em baixa ontem (22) devido ao sentimento negativo gerado pela ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), os índices futuros dos Estados Unidos amanhecem no campo positivo, nesta quinta-feira (23), assim como as bolsas europeias.

O pessimismo gerado pela ata da última reunião do Fed, que sinaliza que as taxas de juros nos Estados Unidos devem ficar em patamar elevado por mais tempo podendo até mesmo subirem, foi debelado pelos fortes lucros da Nvidia.

O balanço divulgado pela empresa ontem após o pregão reforçaram a crença de que o boom global da inteligência artificial continuará impulsionando os mercados de ações.

Os resultados da empresa superaram as estimativas e levaram as ações da Nvidia a subir 7% hoje antes da abertura dos mercados em NY.

Ainda nos EUA, saem hoje os Índices de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) da indústria e dos serviços. Os investidores estarão atentos para saber se a narrativa de crescimento está mostrando sinais de mudança.

Por lá, os investidores também aguardam falas do presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic.

Por aqui, a agenda do dia prevê a participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em simpósio do G20; o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará declaração à imprensa; e, às 15h, haverá reunião do CMN (Conselho Monetário Nacional), formado pela Fazenda, Ministério do Planejamento e pelo Banco Central.

Brasil

Ibovespa fechou pelo terceiro dia consecutivo no vermelho, com queda de 1,38%, aos 125.650 pontos. Desta vez, embalado pelo pessimismo do mercado externo.

A ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), divulgada na quarta-feira (22), diminuiu as apostas de cortes nos juros dos Estados Unidos em setembro.

O documento sinaliza que o processo de desinflação segue em ritmo mais lento que o esperado e, portanto, a política monetária seguirá na linha conservadora. Pior que isso foi o fato de que o colegiado não descartou a possibilidade de novas altas.

O dólar subiu 0,77%, fechando o dia cotado a R$ 5,15 no mercado à vista.

Europa

As bolsas da Europa operam com alta hoje, com os investidores repercutindo a inflação no Reino Unido, que veio um pouco acima do esperado, e dados da zona do euro.

No campo geopolítico, o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, anunciou ontem (22), de surpresa, que as eleições gerais serão realizadas em 4 de julho, encerrando meses de especulação sobre a data da votação nacional.

Pesquisas demonstram que o Partido Conservador, atualmente no poder, deve perder para o Partido Trabalhista, de centro-esquerda, da oposição.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,02%

DAX (Alemanha): +0,34%

CAC 40 (França): +0,22%

FTSE MIB (Itália): +0,27%

STOXX 600: +0,30%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam com alta, depois que as ações da fabricante de chips de inteligência artificial Nvidia saltaram 6% no after hours, com previsão de receita para o segundo trimestre de cerca de US$ 28 bilhões.

O montante supera a previsão de consenso da LSEG de US$ 26,61 bilhões – um sinal de que a empresa não vê seu ímpeto desacelerando.

Dow Jones Futuro: +0,08%

S&P 500 Futuro: +0,52%

Nasdaq Futuro: +0,89%

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam sem direção única nesta quinta-feira, com algumas bolsas pressionadas pela ata da última reunião do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), enquanto o índice Nikkei, do Japão, fechou em alta repercutindo os sólidos resultados trimestrais da Nvidia.

Shanghai SE (China), -1,33%

Nikkei (Japão): +1,26%

Hang Seng Index (Hong Kong): -1,70%

Kospi (Coreia do Sul): -0,06%

ASX 200 (Austrália): -0,46%

Petróleo

Os preços do petróleo operam em alta, depois de cair por três sessões consecutivas na véspera.

Petróleo WTI, +0,49%, a US$ 77,95 o barril

Petróleo Brent, +0,53%, a US$ 82,33 o barril

Agenda

Na agenda de hoje nos EUA, saem os pedidos de seguro-desemprego semanal, com o consenso LSEG prevendo 220 mil solicitações; os PMIs da indústria e dos serviços de maio; e falas do presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, disse ontem (22) que as medidas previstas para serem enviadas ao Congresso Nacional até o fim desta semana para compensar as desonerações da folha de pagamento de 17 setores da economia e da contribuição para a Previdência por pequenas prefeituras estão estimadas em R$ 25,8 bilhões em 2024. A estimativa é superior ao previsto pelo Congresso Nacional, que tinha calculado o impacto em R$ 19,2 bilhões. Na agenda de hoje, está prevista a reunião do CMN (Conselho Monetário Nacional), formado pelo Ministério da Fazenda, Ministério do Planejamento e pelo Banco Central.

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg

Continue lendo

Assine nossa newsletter
Receba gratuitamente os principais destaques e indicadores da economia e do mercado financeiro.