Índices futuros em alta e bolsas mundiais sem direção definida em semana de decisões do Fed e do BCE

Nos Estados Unidos, o Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) se reúne pela quinta vez no ano e divulga a decisão sobre os juros na quarta-feira (26). Na quinta-feira (27), será a vez do BCE (Banco Central Europeu).
24 de julho de 2023

Enquanto os índices futuros operam no campo positivo nesta manhã de segunda-feira (24), as bolsas mundiais estão em trajetória mista, com os investidores à espera de decisões de política monetária esta semana e de dados econômicos e corporativos importantes.

Nos Estados Unidos, o Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) se reúne pela quinta vez no ano. O encontro começa nesta terça-feira (25) e, na quarta-feira (26), será divulgada a decisão sobre os juros da economia americana.

A expectativa dos agentes é de que a autoridade monetária norte-americana eleve os juros em ao menos 0,25 ponto percentual, ao contrário da decisão da última reunião, em que manteve a taxa no mesmo patamar, dando uma pausa no ciclo de ajustes.

Na quinta-feira (27), será a vez do BCE (Banco Central Europeu) divulgar sua decisão sobre os juros da zona do euro. Por lá, a expectativa é também de ligeira alta de 25 pontos-base.

Por aqui, o tradicional Boletim Focus, com as projeções dos agentes do mercado financeiro sobre inflação, PIB (Produto Interno Bruto), taxa básica de juros e outros dados econômicos, sairá nesta terça-feira, em vez de hoje, devido à alteração no expediente no Executivo Federal nos dias de jogos do Brasil na Copa do Mundo de Futebol Feminino.

Brasil

O Ibovespa fechou o pregão de sexta-feira (21) em alta, com as atenções dos investidores voltadas para eventuais sinais de juros nos Estados Unidos e na Europa. Os desdobramentos da agenda econômica brasileira também seguiram no radar.  O principal índice da Bolsa brasileira subiu 1,81% e voltou aos 120 mil pontos em uma sessão marcada pelo vencimento de opções sobre ações.

Segundo analistas do mercado financeiro, com recesso no Congresso e sem indicadores relevantes, o país teve mais um dia de agenda vazia e cotações flutuantes. O mercado permanece de olho na reforma tributária que deve passar pelo Senado a partir do mês que vem.

Nas negociações do dia do Ibovespa, o dólar fechou em queda de 0,45% frente ao real, cotado a R$ 4,7805.

Europa

As bolsas da Europa também operam sem direção definida, com os investidores digerindo os resultados inconclusivos das eleições na Espanha, realizadas ontem (23), e antecipando uma semana movimentada de resultados corporativos e reuniões do BCE e do Fed.

O Partido Popular, de direita, terminou em primeiro lugar nas eleições gerais do domingo na Espanha e seu líder, Alberto Feijóo, reivindica que seja autorizado a assumir o governo. Mas o pleito foi encerrado sem uma definição clara e nenhum dos blocos políticos será capaz de formar uma maioria automática, o que impede o vencedor de simplesmente tomar posse, mas abre espaço para uma negociação de coalizão.

FTSE 100 (Reino Unido), -0,03%
DAX (Alemanha), +0,02%
CAC 40 (França), -0,22%
FTSE MIB (Itália), +0,01%
STOXX 600, +0,07%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA sobem nesta manhã de segunda-feira, com investidores antecipando um aumento de juros de 0,25 p.p. na conclusão da reunião do Fed na quarta-feira.

Além disso, os agentes também aguardam o PCE (índice de gastos de consumo pessoal), indicador de inflação preferido do Fed para definir a política monetária.

Dow Jones Futuro (EUA), +0,12%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,17%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,22%

Ásia

As bolsas da Ásia fecharam sem direção definida nesta segunda, com os investidores digerindo os principais dados econômicos da região.

O índice Hang Seng, de Hong Kong, caiu mais de 2%, como consequência das perdas registradas pelas ações do setor imobiliário.

O Shanghai Composite, da China caiu 0,11%, registrando o quinto dia de perdas em seis dias.

O Kospi, da Coreia do Sul, por sua vez, subiu 0,72%, registrando seu terceiro dia consecutivo de ganhos, enquanto o Nikkei, do Japão avançou 1,23%, com a atividade comercial do Japão se expandiu pelo sétimo mês consecutivo, com o índice de gerentes de compras do banco au Jibun inalterado em relação aos 52,1 de junho.

Shanghai SE (China), -0,11%
Nikkei (Japão), +1,23%
Hang Seng Index (Hong Kong), -2,13%
Kospi (Coreia do Sul), +0,72%
ASX 200 (Austrália), -0,10%

Petróleo

Os preços do petróleo operam com alta na sessão de hoje após uma baixa registrada mais cedo, com os traders aguardando mais informações de aumento de juros dos bancos centrais dos EUA e da Europa, com o aperto da oferta e as esperanças de estímulo chinês sustentando o Brent em US$ 80 o barril.

Petróleo WTI, +0,86%, a US$ 77,74 o barril
Petróleo Brent, +0,85%, a US$ 81,76 o barril

Agenda

Nos Estados Unidos, hoje, saem o índice de atividade nacional do Fed Chicago e o PMI industrial e serviços. Mas a agenda da semana traz decisões importantes, como a decisão de política monetária do Fed (Federal Reserve), na quarta-feira (26). Na quinta-feira (27), será a vez do BCE (Banco Central Europeu) divulgar a sua decisão. Em ambos os casos, o reajuste deve ser de 0,25 ponto percentual para cima.

Por aqui, no Brasil, no campo político, o número de pessoas inadimplentes no Brasil teve em junho a primeira queda em 2023, aponta o Mapa da Inadimplência e Renegociação de Dívidas da Serasa. Foram registrados 71,45 milhões de negativados, uma redução de 450 mil pessoas em relação ao mês anterior. Esse volume representa uma queda de 0,63%. Na agenda econômica, hoje, não será divulgado o tradicional Boletim Focus, devido ao jogo de estreia da seleção brasileira na Copa do Mundo de Futebol Feminino. O relatório será divulgado nesta terça-feira (25), mesmo dia da prévia do Índice de Preços ao Consumidor (IPCA-15) de julho. O Itaú prevê uma ligeira variação negativa, de 0,09%, na comparação mensal, levando a taxa anual para 3,2%.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

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