Índices futuros e maioria das bolsas mundiais operam em alta, após aprovação de projeto que aumenta limite do teto da dívida dos EUA

Agora, o projeto segue para ser votado no Senado, controlado pelos democratas, partido do presidente Joe Biden. Expectativa dos líderes é de que a aprovação ocorra em 48 horas
1 de junho de 2023

A maioria das bolsas mundiais e os índices futuros dos Estados Unidos estão operando no campo positivo, nesta manhã de quinta-feira (1º), com os investidores repercutindo a aprovação ontem (31) do projeto que aumenta o limite do teto da dívida dos Estados Unidos. No acordo fechado entre lideranças do Congresso norte-americano e a Casa Branca, também foi aprovado um limite de gastos do governo norte-americano.

Agora, o projeto segue para ser votado no Senado, controlado pelos democratas, partido do presidente Joe Biden. A expectativa dos líderes é de que a aprovação ocorra em 48 horas.

Além do acordo em torno do teto da dívida, os investidores também têm no radar a reunião do Fed (Federal Reserve), de 13 a 14 de junho. Ontem, o presidente do Fed da Filadélfia, Patrick Harker, disse que está inclinado a “pular” um aumento de taxa no próximo encontro. No entanto, ele acrescentou que o relatório de folha de pagamento desta sexta-feira (2) pode fazê-lo mudar de ideia.

Na agenda de indicadores desta quinta-feira, estão previstos dados econômicos importantes, como as reivindicações semanais de auxílio-desemprego, pesquisa de emprego ADP e o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês).

Do lado asiático, onde as bolsas fecharam sem direção única, o PMI de manufatura da Caixin/S&P Global subiu para 50,9 em maio, recuperando-se da leitura de abril de 49,5. O resultado do indicador chinês foi impulsionado pela melhora na produção e na demanda, ajudando empresas em dificuldades que foram atingidas pela queda nos lucros.

Brasil

O Ibovespa fechou o pregão de quarta-feira (31) em queda, com investidores mais avessos ao risco após divulgações de dados fracos da economia chinesa e de olho em indicadores dos Estados Unidos. O principal índice da Bolsa brasileira caiu 0,58% aos 108.658 pontos. No mês, o indicador teve alta de 3,74%, ficando nos 108.335 pontos.

Segundo analistas do mercado financeiro, o pregão de ontem do Ibovespa foi influenciado principalmente pelo exterior. Na China, os índices de gerente de compras (PMI) recuou de 49,2 em abril para 48,8 em maio. Já o PMI de Serviços caiu de 56,4 em abril para 54,5 em maio.

Nas negociações do dia, o dólar subiu 0,60% frente ao real, cotado a R$ 5,07.

Europa

As bolsas da Europa operam no campo positivo, com os investidores por lá também repercutindo a aprovação do aumento do limite do teto da dívida dos EUA, com impactos para toda a economia global.

Dos dados econômicos da região, a inflação na zona do euro diminuiu mais do que o esperado em maio, com a taxa de inflação anual do bloco caindo de 7% em abril, para 6,1% em maio. Este é o nível mais baixo desde fevereiro de 2022.

Por sua vez, a inflação anual na Alemanha e na França caiu mais do que o previsto em maio, segundo dados divulgados ontem.

FTSE 100 (Reino Unido), +0,62%
DAX (Alemanha), +1,13%
CAC 40 (França), +0,95%
FTSE MIB (Itália), +1,87%
STOXX 600, +0,91%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA sobem nesta manhã, após a aprovação do aumento do limite do teto da dívida do governo norte-americano pela Câmara de Representantes.

A lei suspende o teto da dívida dos EUA até 1º de janeiro de 2025, o que significa que não haverá um limite até essa data, ou seja, para depois das eleições presidenciais marcadas para novembro de 2024.

Dow Jones Futuro (EUA), +0,10%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,20%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,07%

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam sem direção única, com investidores repercutindo a aprovação do teto da dívida americana na Câmara, além de dados econômicos vindos da China e da Índia.

A atividade industrial da China subiu para 50,9 em maio, ficando acima dos 49,5 registrados em abril.

Na Índia, o índice de gerentes de compras de manufatura subiu para seu nível mais alto desde outubro de 2020, atingindo 58,7, acima dos 56,5 esperados por economistas.

Por sua vez, o PMI ajustado sazonalmente da S&P Global para fabricantes sul-coreanos chegou a 48,4 em maio, ficando ligeiramente acima da leitura de abril de 48,1.

No Japão, a atividade fabril expandiu pela primeira vez desde outubro de 2022, de acordo com uma pesquisa privada.

O PMI de manufatura do Japão ficou em 50,6, quebrando uma seqüência de leituras de seis meses abaixo da marca de 50 que separa expansão e contração.

Shanghai SE (China), 0,00%
Nikkei (Japão), +0,84%
Hang Seng Index (Hong Kong), -0,10%
Kospi (Coreia do Sul), -0,31%
ASX 200 (Austrália), +0,27%

Petróleo

As cotações do petróleo operam com leve alta, revertendo perdas das últimas sessões, com um aumento inesperado nos estoques de petróleo dos EUA na semana passada, provocando temores de excesso de oferta em meio a sinais de demanda chinesa mais fraca também.

Petróleo WTI, +0,10%, a US$ 68,16 o barril
Petróleo Brent, +0,14%, a US$ 72,70 o barril

Agenda

Nos Estados Unidos, na agenda de indicadores desta quinta-feira estão previstos dados econômicos importantes, como as reivindicações semanais de auxílio-desemprego, pesquisa de emprego ADP e o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês).

Por aqui, no Brasil, no campo político, a Câmara aprovou MP (Medida Provisória) dos ministérios, com as pastas do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas mais enfraquecidas. O texto ainda precisa passar pelo Senado Federal. Por aqui, a agenda de indicadores traz o PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro trimestre de 2023. O indicador vai ser divulgado às 9h pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O consenso Refinitiv prevê um crescimento anual de 3% da economia brasileira no período e de 1,3% na comparação com o quarto trimestre de 2022. Também saem o PMI da indústria de maio e dados da balança comercial.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

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