Índices futuros em baixa e bolsas mundiais em alta um dia após a divulgação dos dados da inflação dos EUA

O CPI (sigla em inglês) fechou 0,1% em dezembro ante previsão de estabilidade. No ano, a inflação americana acumulada alta de 6,5%
13 de janeiro de 2023

Enquanto as bolsas europeias e asiáticas operam em alta nesta manhã de sexta-feira (13), os índices futuros dos EUA estão em movimento de baixa após fecharem em alta na véspera. Os investidores repercutem os dados da inflação ao consumidor americana, divulgada ontem (12). O CPI (sigla em inglês) fechou 0,1% em dezembro ante previsão de estabilidade. No ano, a inflação americana acumulada alta de 6,5%. O núcleo da inflação (descontados alimentos e energia) subiu 0,3% no mês passado, após alta de 0,2% em novembro.

Com esse resultado, os mercados esperam que o Fed (Federal Reserve) continue desacelerando o ritmo do aperto monetário, iniciado em dezembro, que determinou um aumento menor da taxa de juros (0,50 ponto percentual).

Agora, os investidores se preparam para o início da temporada de resultados do 4º trimestre de 2022 das empresas americanas, com grandes bancos divulgando seus balanços a partir desta manhã. Bank of America, JPMorgan, Citigroup e Wells Fargo estão previstos para divulgar seus números. Além dos grandes bancos, Delta Air Lines, BlackRock e UnitedHealth. Os balanços devem fornecer mais informações sobre a saúde da economia americana e definir o tom para a temporada de resultados.

Na Europa, os mercados operam com alta nesta sexta-feira, com investidores reagindo à desaceleração da inflação nos EUA e a dados econômicos da zona do euro.

Por sua vez, na Ásia, os mercados fecharam em alta em sua maioria, com exceção do Nikkei, do Japão. Por lá, os investidores também repercutiram os dados da inflação americana e, também, indicadores da região. Por exemplo, na China, as exportações e importações caíram forte em dezembro, mas menos do que o esperado, de acordo com dados da administração aduaneira do país.

Brasil

O Ibovespa fechou o pregão de quinta-feira (12) em queda, rompendo um ciclo de seis altas consecutivas. Ao longo do pregão, os investidores repercutiram o rombo fiscal da Americanas e a divulgação da inflação nos Estados Unidos, além do anúncio de medidas econômicas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). O principal índice da Bolsa brasileira caiu 0,59%, a 111.850 pontos.

Segundo analistas do mercado financeiro, o motivo central para a queda do Ibovespa hoje foi a perda R$ 8,37 bilhões em valor de mercado da Americanas. O presidente da empresa, Sergio Rial, e o diretor de relações com investidores da empresa, André Covre, decidiram deixar o comando da companhia após a descoberta de “inconsistências em lançamentos contábeis” no valor de R$ 20 bilhões.

Nas negociações do dia do Ibovespa, o dólar caiu frente ao real, com baixa de 1,55%, a R$ 5,100 na compra e a R$ 5,101 na venda.

Europa

As bolsas da Europa operam em alta nesta sexta-feira (13), com investidores reagindo à desaceleração da inflação nos EUA e a dados econômicos da zona do euro. O saldo da balança comercial do bloco econômico de novembro registrou um déficit de 11,7 bilhões de euros. O consenso Refinitiv previa um déficit de 21,1 bilhões de euros. Já a produção industrial subiu 1% na passagem de outubro para novembro, acima do consenso Refinitv, que previa avanço de 0,5% na base mensal.

FTSE 100 (Reino Unido), +0,65%
DAX (Alemanha), +0,10%
CAC 40 (França), +0,51%
FTSE MIB (Itália), +0,31%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam em baixa após alta da véspera, com investidores repercutindo a desaceleração da inflação, enquanto aguardam o inicio da temporada de resultados.

Dow Jones Futuro (EUA), -0,03%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,12%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,30%

Ásia

As bolsas da Ásia fecharam hoje com alta em sua maioria, com exceção do Nikkei, do Japão, depois dos dados de inflação nos EUA. Entre os indicadores da região, as exportações da China caíram 9,9% em dezembro em relação ao ano anterior, em termos de dólares, um pouco melhor do que a queda de 10% prevista por analistas.

Por sua vez, as importações caíram 7,5% em dezembro em comparação com o ano anterior em termos de dólares, também com desempenho melhor do que a queda de 9,8% projetada por analistas. A queda mais branda significou que o comércio ainda cresceu para 2022.

Shanghai SE (China), +1,01%
Nikkei (Japão), -1,25%
Hang Seng Index (Hong Kong), +1,04%
Kospi (Coreia do Sul), +0,89%

Petróleo

As cotações do petróleo operam no terreno positivo e caminham para alta semanal superior a 6%, com expectativas de aumento de juros menos agressivos pelo Fed e crescimento da demanda de petróleo pela China. Além disso, os preços da commodity também foram influenciados pela queda do dólar.

Petróleo WTI, +0,42%, a US$ 78,72 o barril
Petróleo Brent, +0,38%, a US$ 84,35 o barril

Agenda

Nos EUA, saem hoje os dados de confiança do consumidor de janeiro e preço de bens importados de dezembro.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, ontem (12), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, divulgou pacote econômico com medidas para reduzir o déficit fiscal para 1% do PIB  (Produto Interno Bruto). As ações têm o potencial de entregar uma melhora de R$ 242,7 bilhões nas contas públicas, segundo cálculos da pasta. Para hoje, será divulgado o IBC-Br de novembro, considerado uma prévia do PIB, com consenso Refinitiv prevendo um recuo de 0,2% na base mensal.

Redação ICL Economia
Com informações das agências

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