Índices futuros operam em baixa à espera de mais dados corporativos e econômicos dos EUA

Investidores aguardam para hoje os balanços de grandes bancos, além de dados das vendas no varejo, os números de estoques empresariais de agosto e os da produção industrial dos EUA.
17 de outubro de 2023

Os índices futuros de Nova York estão operando no negativo nesta manhã de terça-feira (17), enquanto as bolsas da Europa operam mistas e os mercados asiáticos fecharam em alta. Os investidores repercutem o início da temporada de balanços nos Estados Unidos e permanecem de olho nos desdobramentos da guerra entre Hamas e Israel, que começou no dia 7 de outubro.

No campo corporativo, entre os resultados trimestrais de destaque estão os do Bank of America e Goldman Sachs. Ontem (16), depois de balanços fortes, Wells Fargo e JPMorgan Chase ofertaram um total de US$ 13,25 bilhões em títulos de dívida para aproveitarem a bonança dos ativos com grau de investimento. O fato de os bancos tomarem empréstimos agora pode sinalizar uma expectativa de que isso se torne mais caro no futuro.

Já os títulos do Tesouro norte-americano têm apresentado os maiores níveis de volatilidade desde março de 2020, quando a pandemia sacudiu os mercados. O prêmio de risco dos bônus norte-americanos de 30 anos oscilou quase 13 pontos-base por dia nos últimos cinco dias de negociação, mais de três vezes acima do que a média diária da última década.

O rendimento do título de 30 anos ultrapassou 5% este mês pela primeira vez desde 2007, enquanto o título de 10 anos avançou para 4,71% e o de 2 anos, 5,10%. Esses avanços refletem a expectativa do mercado sobre um aperto sustentado na política monetária do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) e os desdobramentos das tensões geopolíticas no Oriente Médio.

Em relação ao conflito, o presidente dos EUA, Joe Biden, visitará Israel nesta quarta-feira (18), de acordo com o secretário de Estado, Antony Blinken. A visita vem após a suposta negativa de Israel para estabelecimento de corredor humanitário que permitisse a entrada de medicamentos e alimentos na faixa de Gaza.

Na frente dos dados econômicos, os EUA aguardam, nesta semana, a divulgação de mais resultados. A expectativa para hoje é para os balanços de grandes bancos, como Bank of America e Goldman Sachs.

Além disso, serão divulgados hoje os dados de venda no varejo, com previsão de alta de 0,3% pelo consenso Refinitiv; os números de estoques empresariais de agosto e os dados de produção industrial, que devem vir sem alterações, de acordo com o consenso.

Brasil

O Ibovespa conseguiu recuperar as perdas do pregão de sexta-feira passada, e fechou em alta de 0,67%, na segunda-feira (16), aos 116.533 pontos.

A sessão de ontem da bolsa brasileira acompanhou o tom mais positivo do mercado externo, que respira mais aliviado sobre a trajetória dos juros nos EUA.

Além disso, a alta do minério de ferro no mercado internacional, contribuiu para impulsionar os papéis da Vale e de siderúrgicas e mineradoras.

Apesar disso, a situação continua tensa no Oriente Médio com a guerra entre Hamas e Israel. Porém, os mercados a tensão geopolítica é contrabalançada pela agenda econômica e corporativa, principalmente nos Estados Unidos.

Nas negociações do dia, o dólar encerrou em queda de 1,01%, a R$ 5,3072 no mercado à vista.

Europa

As bolsas da Europa passaram a operar sem direção definida, após um início neutro, com os investidores avaliando a escalada geopolítica da guerra no Oriente Médio.

FTSE 100 (Reino Unido), +0,34%
DAX (Alemanha), -0,11%
CAC 40 (França), +0,03%
FTSE MIB (Itália), -0,04%
STOXX 600, -0,04%

Estados Unidos

Os índices futuros de NY operam com leve queda nesta manhã, depois de fortes ganhos na sessão de ontem, com os agentes aguardando mais resultados da temporada de balanços corporativos e os desdobramentos do conflito entre Israel e o Hamas.

Dow Jones Futuro (EUA), -0,22%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,21%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,2%

Ásia-Pacífico

Enquanto os demais mercados oscilam para baixo, as bolsas asiáticas fecharam hoje com alta, após três sessões consecutivas de baixas, acompanhando o ânimo dos demais mercados ontem.

Por lá, os investidores estão na expectativa da divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) do terceiro trimestre da China, amanhã (18), juntamente com outros indicadores econômicos.

Pelas projeções do consenso Refinitiv, a economia chinesa deve apresentar crescimento de 4,5% no terceiro trimestre.

Shanghai SE (China), +0,32%
Nikkei (Japão), +1,2%
Hang Seng Index (Hong Kong), +0,75%
Kospi (Coreia do Sul), +0,98%
ASX 200 (Austrália), +0,42%

Petróleo

Os preços do petróleo iniciaram o dia com queda, mas passaram a subir ao longo do manhã. A commodity vem de alta acentuada na semana passada e os preços seguem acompanhando as tensões do Oriente Médio.

Petróleo WTI, +0,36%, a US$ 86,96 o barril
Petróleo Brent, +0,46%, a US$ 90,06 o barril

Agenda

Para hoje, há expectativa de divulgação dos dados de vendas no varejo e estoques empresariais, nos EUA.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, decidiu ontem (16) adiar para 8 de novembro a retomada do julgamento sobre a legalidade do uso da Taxa Referencial (TR) para correção das contas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). O adiamento foi anunciado após reunião de Barroso com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e outros ministros do governo federal. A retomada da análise do processo estava prevista para esta quarta-feira (18). Na seara econômica, haverá a divulgação da Pesquisa Mensal de Serviços, pelo IBGE, e o IGP-10.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias, InfoMoney e Bloomberg

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