Índices futuros em baixa e bolsas mistas em dia de decisão de juros na Inglaterra

Na Ásia, as importações da China aumentaram 8,4% em abril, enquanto as exportações subiram 1,5% em dólares no período na comparação anual, mais do que o esperado por analistas.
9 de maio de 2024

Os índices futuros estão em trajetória negativa, nesta manhã de quinta-feira (9), enquanto as bolsas caminham mistas. Os destaques de hoje são a decisão de política monetária do BoE (Banco da Inglaterra), os dados de pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos, além da temporada de balanços, que caminha para o seu fim.

Na Europa, a expectativa é que o BoE mantenha as taxas de juros inalteradas.

Na Ásia, as importações da China aumentaram 8,4% em abril, bem acima dos 4,8% previstos por uma pesquisa realizada pela agência Reuters.

Por outro lado, as exportações chinesas aumentaram 1,5% em dólares em abril na comparação anual, mais do que o esperado, impulsionando a economia e revertendo a queda de março. Já as importações subiram 8,4%, o que deixou um superávit comercial de US$ 72,4 bilhões para o mês.

Por aqui, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central reduziu o ritmo de redução da taxa básica de juros, de 0,50 ponto percentual, como vinha fazendo desde o ano passado, para 0,25 ponto percentual. Desse modo, a Selic passou de 10,75% para 10,50% ao ano.

O que mais chamou a atenção foi a decisão dividida, com quatro diretores votando pelo corte de 0,50 p.p. e cinco em 0,25 p.p. Além disso, o comunicado com a decisão não aponta as diretrizes futuras para as próximas reuniões.

Por aqui, também segue a repercussão da temporada de balanços, com os resultados do Banco do Brasil (BBAS3), Braskem (BRKM5), Eletrobras (ELET6), Casas Bahia (BHIA3) e outros no radar dos investidores.

Brasil

No pregão pré-decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, o Ibovespa subiu 0,21% na quarta-feira (8), aos 129.480 pontos.

O principal índice da bolsa brasileira avançou na contramão das bolsas de Nova York e o recuo do minério de ferro, com os investidores monitorando, além da reunião que definiu o novo patamar da taxa básica de juros, a Selic, a 10,50% ao ano, a temporada de balanços do primeiro trimestre.

Já o dólar à vista foi beneficiado pela aversão ao risco em Nova York e terminou o dia a R$ 5,0913, com avanço de 0,47%.

Europa

As bolsas europeias operam mistas hoje, com investidores à espera da decisão sobre juros do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês). A expectativa é de manutenção das taxas de juros por lá.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,04%

DAX (Alemanha): +0,28%

CAC 40 (França): -0,15%

FTSE MIB (Itália): -0,18%

STOXX 600: -0,13%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam em baixa, após o Dow Jones registrar seu sexto dia consecutivo de ganhos. Hoje os investidores aguardam pedidos semanais de seguro-desemprego, com consenso LSEG prevendo 215 mil solicitações.

Dow Jones Futuro: -0,24%

S&P 500 Futuro: -0,27%

Nasdaq Futuro: -0,34%

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam sem direção única, com destaques para os indicadores da China continental e de Hong Kong.

Em abril, as exportações da China tiveram expansão anual de 1,5%, um pouco maior do que se esperava, após caírem significativamente no mês anterior. Já as importações chinesas saltaram 8,4% em abril, também acima do esperado pelo mercado.

Shanghai SE (China), +0,83%

Nikkei (Japão): -0,34%

Hang Seng Index (Hong Kong): +1,22%

Kospi (Coreia do Sul): -1,20%

ASX 200 (Austrália): -1,06%

Petróleo

Os preços do petróleo registram ganhos nesta quinta-feira, com a redução dos estoques de petróleo bruto nos EUA sinalizando uma oferta mais restrita e em meio a esperanças crescentes de que o Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) reduzirá as taxas de juros até o final do ano.

Petróleo WTI, +0,62%, a US$ 79,48 o barril

Petróleo Brent, +0,51%, a US$ 84,02 o barril

Agenda

A agenda econômica de hoje tem como destaque a decisão sobre juros do Banco da Inglaterra. Nos EUA, a divulgação dos pedidos de seguro-desemprego semanal estão no radar.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o STF (Supremo Tribunal Federal) chegou ontem (8) ao placar de 5 votos a 2 para validar a constitucionalidade da Lei das Estatais, norma aprovada em 2016 para proibir indicações de políticos para a diretoria de estatais. Apesar do placar formado, ainda não há maioria de votos para declarar a constitucionalidade da lei. O julgamento será retomado na sessão desta quinta-feira (9). Agenda de indicadores esvaziada por aqui.

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg

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