Índices futuros dos EUA em baixa nesta 2ª feira (10), com Livro Bege do Fed e dados econômicos da China no radar dos investidores

Por aqui, a semana tem como destaque a divulgação do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), nesta terça-feira (11). A expectativa de analistas é de ligeira deflação no mês, de -0,09%.
10 de julho de 2023

Enquanto as bolsas da Europa estão em trajetória de alta, os índices futuros de Nova York caminham no campo negativo nesta manhã de segunda-feira (10), com os investidores de olho em uma série de indicadores que serão divulgados ao longo da semana nos Estados Unidos e no Livro Bege, com as perspectivas econômicas do Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos EUA), na quarta-feira (12).

Nos EUA, outro grande destaque da semana será o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), na quarta-feira. O consenso Refinitiv aponta para uma variação mensal de 0,3% do índice cheio entre maio e junho, o que representaria uma aceleração frente à leitura mais recente do CPI.

Os investidores seguem cautelosos, uma vez que os dados norte-americanos mostraram que os salários ainda estão em patamar de ameaça inflacionária. Além da possibilidade de juros maiores e recessão nos Estados Unidos, os investidores contemplam hoje a hipótese de deflação na China.

A queda dos preços na China aumenta a preocupação com o enfraquecimento da economia e as chances de uma deflação no país. A inflação ao consumidor se manteve estável em junho, no patamar mais baixo desde fevereiro de 2021, e seu núcleo (que exclui preços de energia e alimentos) desacelerou de +0,6% para +0,4%, enquanto os preços no atacado caíram -5,4%.

Por aqui, a semana tem como destaque a divulgação do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), nesta terça-feira (11). A expectativa de analistas é de ligeira deflação no mês, de -0,09%.

Na quarta-feira (12), o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga a Pesquisa Mensal de Serviços referente ao mês de maio. O consenso Refinitiv prevê uma leve alta de 0,2% na atividade em relação a abril e um crescimento anual de 3,8%.

Brasil

O Ibovespa fechou o pregão de sexta-feira (7) em forte alta, após a aprovação da reforma tributária na Câmara dos Deputados e refletindo dados de emprego divulgados nos Estados Unidos naquele dia. O principal índice da Bolsa brasileira avançou 1,25%, aos 118.898 pontos.

Segundo analistas do mercado financeiro, os investidores repercutiram no dia os desdobramentos da aprovação da reforma tributária, que prevê a unificação de cinco tributos em dois Impostos sobre Valor Agregado (IVA), sendo um federal e o outro com gestão compartilhada por estados e municípios.

Nas negociações do dia do Ibovespa, o dólar teve queda de 1,3%, encerrando o pregão em R$ 4,865 na compra e R$ 4.866 na venda.

Europa

As bolsas da Europa operam com alta, enquanto investidores repercutem dados da inflação da China e aguardam pelo início da temporada de balanços e dados de inflação nos EUA.

As ações de petróleo e gás lideram os ganhos na região, com alta de 0,8%.

FTSE 100 (Reino Unido), +0,17%
DAX (Alemanha), +0,33%
CAC 40 (França), +0,38%
FTSE MIB (Itália), +0,23%
STOXX 600, +0,13%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam no campo negativo hoje, com investidores se preparando para a temporada de resultados do segundo trimestre, enquanto divide as atenções com a inflação de junho e o Livro Bege, na quarta-feira.

No campo dos balanços, os gigantes financeiros BlackRock, JPMorgan Chase, Wells Fargo e Citi darão início à temporada de balanços do segundo trimestre.

Dow Jones Futuro (EUA), -0,09%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,24%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,37%

Ásia

As bolsas da Ásia fecharam mistas, à medida que investidores digeriam dados de inflação da China e aguardam por indicadores de inflação dos EUA.

Os preços anuais ao produtor da China caíram pelo nono mês consecutivo em junho, enquanto os preços ao consumidor permaneceram inalterados, evidenciando os desafios enfrentados pela segunda maior economia do mundo para reativar a demanda e impulsionar o crescimento econômico.

Na seara política, a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, concluiu sua visita a Pequim e disse que as conversas foram “diretas” e “produtivas”, colocando os laços bilaterais em “base mais segura”.

Shanghai SE (China), +0,22%
Nikkei (Japão), -0,61%
Hang Seng Index (Hong Kong), +0,62%
Kospi (Coreia do Sul), -0,24%
ASX 200 (Austrália), -0,54%

Petróleo

Os preços do petróleo operam com baixa nesta segunda-feira, com investidores observando com cautela novos dados econômicos dos Estados Unidos e da China nesta semana, enquanto os cortes esperados na oferta de petróleo da Arábia Saudita e da Rússia sustentaram o mercado.

Petróleo WTI, -0,77%, a US$ 73,29 o barril
Petróleo Brent, -0,78%, a US$ 77,86 o barril

Agenda

Nos Estados Unidos, será divulgado hoje o Índice de Tendência de Emprego de junho, Estoques e Vendas no Atacado de maio, Expectativas de Inflação ao Consumidor e Crédito ao Consumidor de maio

Na Europa, será divulgado o Índice de Confiança do Investidor Sentix de Julho da zona do euro. No Reino Unido, saem as Vendas no Varejo do BRC de Junho.

Na quarta-feira, o Fed vai divulgar o Livro Bege, relatório sobre as atuais condições econômicas em cada um dos 12 distritos do Banco Central.

Por aqui, no Brasil, no campo político, o início do recesso informal no Congresso praticamente zera qualquer chance de avanço nas pautas econômicas que foram discutidas na semana passada. Na última sexta-feira (7), de última hora, após a aprovação da reforma tributária, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou o texto-base do projeto de lei que restabelece o chamado “voto de qualidade” por representantes da Fazenda Nacional no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais). A matéria segue para o Senado, onde deve ser apreciada após o retorno do recesso, a partir de agosto. Também ficou para o mês que vem a análise do arcabouço fiscal, que retornou à Câmara com algumas poucas modificações. Na seara econômica, sai o Boletim Focus hoje, com as previsões econômicas do mercado financeiro.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

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