Índices futuros e bolsas da Europa operam em alta, com investidores à espera de decisões sobre os juros nos EUA e no Brasil

Por lá, a expectativa de analistas é que o Fed (Federal Reserve, o BC dos EUA) mantenha a taxa de juros inalterada, enquanto, aqui, o mercado espera por um corte de 0,50 p.p. na taxa básica de juros (Selic).
20 de setembro de 2023

Em dia de decisão sobre os juros nos Estados Unidos e no Brasil, os índices futuros e as bolsas da Europa operam em alta, nesta manhã de quarta-feira (20). Por lá, a ferramenta FedWatch da plataforma do CME Group apontou que quase 99% dos agentes financeiros acreditam que a autoridade monetária norte-americana deverá manter os juros inalterados na reunião de hoje, em um intervalo de 5,25% a 5,50% ao ano.

O que estará no radar dos investidores, no entanto, será a conferência de imprensa do presidente do Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos EUA), Jerome Powell, em busca de pistas sobre o que poderá acontecer nos próximos meses. O mercado prevê que o Fed deixará a porta aberta para um aumento de taxas em novembro.

Enquanto esperam pela decisão do Fed sobre os juros, os investidores avaliam o noticiário corporativo com a série de IPOs desta semana, depois de um longo período de seca, e o rumo dos preços do petróleo, elemento de pressão inflacionária que pode interferir na política monetária global.

Com uma alta de 30% nos últimos três meses e uma cotação acima de US$ 95 (Brent), o Goldman Sachs elevou sua previsão para o preço do barril de petróleo em 12 meses de US$ 93 para US$ 100, conforme noticiado pela Bloomberg. O banco avalia que a correção mais forte já ficou para trás e que a Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados) pode sustentar uma faixa de preços de US$ 80 a US$ 105.

Na Ásia, os mercados fecharam no vermelho, uma vez que a China manteve inalteradas as suas taxas de juros de empréstimo de um e cinco anos.

No Brasil, a expectativa do mercado é para um corte de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros (Selic), para 12,75% ao ano, na decisão que será anunciada hoje pelo Copom (Comitê de Política Monetária).

Brasil

O Ibovespa fechou o pregão de terça-feira (19) em queda, em um dia marcado pela cautela de investidores, que aguardam as decisões de política monetária do Federal Reserve (Fed) e do Banco Central brasileiro. O principal índice da Bolsa brasileira caiu 0,37% aos 117.845 pontos.

Segundo analistas do mercado financeiro, os investidores estão aguardando pela ‘Super Quarta’ hoje, quando serão decididos os juros no Brasil e nos Estados Unidos. A expectativa é de que, no Brasil, o Copom diminua a taxa Selic para 12,75% ao ano, dando sequência ao ciclo de queda de 0,5 ponto percentual. Já nos Estados Unidos, o Fed deve manter a taxa no intervalo atual, entre 5,25% e 5,50%.

Nas negociações do dia do Ibovespa, o dólar subiu 0,35% frente ao real, cotado a R$ 4,872 na compra e a R$ 4,873 na venda.

Europa

As bolsas da Europa operam no campo positivo hoje, enquanto os investidores globais aguardam a decisão de política monetária do Federal Reserve nos EUA.

A inflação no Reino Unido ficou abaixo das expectativas de analistas na quarta-feira, somando 6,7% em agosto, ligeiramente menor que o resultado do mês anterior.

FTSE 100 (Reino Unido), +0,64%
DAX (Alemanha), +0,75%
CAC 40 (França), +0,42%
FTSE MIB (Itália), +1,07%
STOXX 600, +0,64%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam em alta nesta manhã, com investidores também à espera da decisão de política monetária do BC norte-americano.

A expectativa é de que o Fed mantenha as taxas estáveis, mas o foco dos investidores estará voltado ao discurso do presidente da autoridade monetária, Jerome Powell, à espera de sinais sobre o futuro.

Dow Jones Futuro (EUA), +0,19%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,18%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,17%

Ásia-Pacífico

As bolsas da Ásia-Pacífico fecharam com baixa, depois que a China manteve inalteradas as suas taxas de juros de empréstimo de um e cinco anos e investidores se prepararam para a decisão de juros nos EUA.

As taxas preferenciais dos empréstimos de um e cinco anos da China foram mantidas em 3,45% e 4,2%, respectivamente.

No Japão, o déficit comercial do país caiu 66,7% em agosto, atingindo 930,5 mil milhões de ienes (6,3 mil milhões de dólares), em comparação com o déficit de 2,79 biliões de ienes de há um ano. Ainda assim, o resultado foi maior do que esperavam analistas (659,1 mil milhões de ienes).

Shanghai SE (China), -0,52%
Nikkei (Japão), -0,66%
Hang Seng Index (Hong Kong), -0,62%
Kospi (Coreia do Sul), +0,02%
ASX 200 (Austrália), -0,46%

Petróleo

As cotações do petróleo operam com baixa, antes da decisão de juros nos Estados Unidos e apesar de uma redução maior do que a esperada nas reservas de petróleo dos EUA e da fraca produção de xisto nos EUA, o que indicou uma oferta limitada de petróleo para o resto de 2023.

Petróleo WTI, -1,43%, a US$ 89,90 o barril
Petróleo Brent, -1,28%, a US$ 93,13 o barril

Agenda

Todas as atenções voltadas à decisão do Fed (Federal Reserve) sobre os juros dos Estados Unidos, mas, principalmente, à fala de Jerome Powell, presidente da autoridade monetária.

Por aqui, no Brasil, no campo político, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa hoje à tarde (20) do encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o chefe da Casa Branca, Joe Biden. Na sequência, ambos participam da cerimônia de lançamento da Iniciativa Global Lula-Biden para o Avanço dos Direitos Trabalhistas na Economia do Século XXI. Haddad terá ainda reunião bilateral com o secretário-geral da Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), Mariano Jabonero, e o Chefe da Representação da OEI no Brasil, Leonardo Barchin. Na seara econômica, toda a atenção à decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central sobre a taxa básica de juros (Selic). A expectativa é de corte de 0,50 ponto percentual, para 12,75% ao ano.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias e do InfoMoney e Bloomberg

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