Os índices futuros dos Estados Unidos e as bolsas mundiais iniciam a sessão desta segunda-feira (28) operando no campo positivo, com os investidores repercutindo corte nas taxas sob transações na bolsa pela China e, também, a fala do presidente do Fed (Federal Reserve, Banco Central dos EUA), Jerome Powell, a respeito do futuro da política monetária da maior economia do mundo.
No encerramento do simpósio de Jackson Hole, na última sexta-feira (25), Powell disse que a inflação continua demasiadamente elevada e que o BC americano está pronto para continuar a aumentar as taxas de juro para controlar os preços persistentemente elevados.
Segundo a ferramenta FedWatch do CME Groupos, agentes do mercado projetam uma probabilidade de quase 20% de que o Fed aumente as taxas novamente na sua próxima reunião de setembro.
Além disso, os investidores estão na expectativa para a divulgação, na quinta-feira (31), do PCE, índice de preços de gastos com consumo nos EUA. O indicador é visto como importante para definir os próximos passos na condução da política monetária dos Estados Unidos.
Na Ásia, as ações da China Evergrande Group chegaram a cair 87%, após 17 meses fora de negociação em Hong Kong. A empresa reportou mais perdas no primeiro semestre e adiou a votação de seu plano de reestruturação de dívida poucas horas antes do compromisso, ampliando a incerteza sobre a incorporadora, que está no centro da crise imobiliária na China.
Ainda na China, os lucros da mineração de carvão e da produção de metais estão encolhendo no país com o agravamento da crise imobiliária e alguns setores econômicos. Os ganhos dos produtores de metais ferrosos caíram 91% nos primeiros sete meses de 2023, conforme dados do National Bureau of Statistics. Os produtores de metais básicos viram os lucros caírem 37% e as mineradoras de carvão 26%.
No Brasil, os principais destaques da semana são o PIB (Produto Interno Bruto) do segundo trimestre de 2023 (sexta, 1º), a geração de empregos formais do Caged de julho (quarta, 30) e a taxa de desemprego (Pnad), na quinta (31).
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de sexta-feira (25) em queda com o mercado digerindo a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é considerado a prévia da inflação oficial, e repercutindo falas recentes do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, sobre o futuro dos juros no país. O principal índice da Bolsa brasileira caiu 1,02%, aos 115.837 pontos.
Na agenda doméstica, o destaque ficou com a divulgação do IPCA-15, que registrou uma alta de 0,28%, bem acima das projeções do mercado, de até 0,15%.
Nas negociações do dia do Ibovespa, o dólar fechou em queda de 0,10% frente ao real, cotado a R$ 4,8750.
Europa
As bolsas da Europa operam em alta hoje, com investidores avaliando a perspectiva de juros e aguardando os próximos dados econômicos desta semana.
FTSE 100 (Reino Unido), fechado por feriado
DAX (Alemanha), +0,51%
CAC 40 (França), +0,74%
FTSE MIB (Itália), +0,74%
STOXX 600, +0,58%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA sobem nesta manhã de segunda-feira, com os investidores repercutindo as falas do simpósio de Jackson Hole e aguardando os indicadores que serão divulgados ao longo da semana.
Apesar da alta deste início de manhã, os principais índices caminham para terminar o mês com perdas. O Dow e o S&P caíram 3,4% e 4%, respectivamente, desde o início do mês, enquanto o Nasdaq perdeu cerca de 5,3%.
Dow Jones Futuro (EUA), +0,21%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,16%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,28%
Ásia
As bolsas da Ásia fecharam em alta nesta segunda-feira, com as ações da China continental e de Hong Kong liderando os ganhos na região.
Shanghai SE (China), +1,13%
Nikkei (Japão), +1,73%
Hang Seng Index (Hong Kong), +0,97%
Kospi (Coreia do Sul), +0,96%
ASX 200 (Austrália), +0,63%
Petróleo
Os preços do petróleo operam com alta, depois que a China adotou medidas para apoiar a sua economia em declínio, embora os investidores continuassem preocupados com o ritmo de crescimento, bem como com novos aumentos das taxas de juro nos EUA, que poderiam atenuar a procura de combustível.
Petróleo WTI, +0,48%, a US$ 80,21 o barril
Petróleo Brent, +0,28%, a US$ 84,72 o barril
Agenda
Embora a agenda internacional de indicadores esteja esvaziada nesta segunda-feira, dados econômicos importantes serão divulgados ao longo da semana, com destaque para o relatório JOLTS, que traz a abertura de vagas e a oferta de mão de obra no mercado de trabalho dos Estados Unidos, amanhã (29); o PIB americano do 2º trimestre e PMIs (Índices de Gerentes de Compras) da China referentes a agosto, na quarta-feira (30); inflação da zona do euro de agosto e PCE, índice de preços de gastos com consumo nos EUA, de julho, na quinta-feira (31); e, na sexta-feira (1º), divulgação do relatório de emprego dos EUA (Nonfarm Payroll) referente a agosto.
Por aqui, no Brasil, no campo político, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve sancionar, nesta segunda, a medida provisória que eleva o salário mínimo para R$ 1.320 e subiu para R$ 2.640 a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) Pessoa Física. O texto prevê ainda que, a partir de 1° de janeiro de 2024, o reajuste do salário mínimo deve seguir os mesmos critérios que vigoraram até 2015: atualização pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que é a inflação oficial, mais a variação positiva do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. Na seara econômica, sai hoje o Boletim Focus, do Banco Central, mas, na agenda da semana, serão divulgadas a inflação IGP-M de agosto e o Caged de julho, na quarta-feira (30); a taxa de desemprego (Pnad), na quinta-feira (31); e o PIB do segundo trimestre de 2023, na (sexta, 1º).
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias, do InfoMoney e da Bloomberg