Índices futuros e bolsas da Europa operam no negativo, após decisão do Fed de pausar alta dos juros nos EUA

Indicação da autoridade monetária de que aos menos dois novos aumentos da taxa de juros virão no futuro mexe com o humor dos mercados nesta manhã. Hoje, BCE (Banco Central Europeu) deve elevar os juros do bloco em 0,25 ponto percentual
15 de junho de 2023

Um dia depois de o Fed (Federal Reserve) decidir dar uma pausa no aumento da taxa de juros dos Estados Unidos, os índices futuros e as bolsas da Europa operam no campo negativo nesta manhã de quinta-feira (15), com os investidores repercutindo a indicação da autoridade monetária de que aos menos dois novos aumentos virão no futuro.

No mercado europeu, os investidores aguardam pela decisão do BCE (Banco Central Europeu) sobre os juros hoje. Mais uma vez, o mercado prevê um ajuste de 25 pontos base na taxa de juros do bloco econômico.

Ainda nos Estados Unidos, serão divulgados hoje os números do varejo e da produção americana em maio. Para o varejo, o consenso do mercado prevê recuo de 0,1% nas vendas em relação a abril. Para a indústria, a previsão é de alta de 0,1%.

Na Ásia, onde os mercados fecharam sem direção única, o banco central da China reduziu suas principais taxas de empréstimo de médio prazo. O país também divulgou uma série de dados econômicos, incluindo produção industrial, vendas no varejo e preços de imóveis.

O Banco Popular da China reduziu de 2,75% para 2,65% a taxa de 237 bilhões de yuans (US$ 33 bilhões) de empréstimos de um ano para algumas instituições financeiras.

Já no setor de habitação, os preços das novas residências na China subiram 0,1% em maio em relação ao ano anterior, o primeiro aumento em termos anuais desde abril de 2022.

Brasil

O Ibovespa fechou o pregão de quarta-feira (14) em alta, com o mercado repercutindo a decisão do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano) de interromper o ciclo de altas dos juros dos Estados Unidos. O principal índice da Bolsa brasileira subiu 1,99%, aos 119.069 pontos.

Segundo analistas do mercado financeiro, também colaborou com o bom desempenho do Ibovespa a alteração da perspectiva de rating (nota de crédito) do Brasil — que passou de estável para positiva — pela agência de classificação de risco S&P Global Ratings. A classificação positiva para o país não acontecia desde 2019.

Nas negociações do dia, o dólar perdeu força frente ao real, com queda de 1,14%, cotado a R$ 4,806 na compra e a R$ 4,807 na venda.

Europa

As bolsas da Europa operam em baixa, depois da decisão do Fed e com os investidores se preparando para a decisão de política monetária do BCE. A expectativa de investidores é de que os juros do bloco europeu subam 0,25 ponto percentual hoje.

A economia da zona do euro entrou em recessão técnica e a inflação dá sinais de arrefecimento. Mas a autoridade monetária deve continuar cautelosa e observadora em relação a esse movimento.

FTSE 100 (Reino Unido), -0,03%
DAX (Alemanha), -0,30%
CAC 40 (França), -0,51%
FTSE MIB (Itália), -0,41%
STOXX 600, -0,27%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA recuam nesta manhã, depois que o Fed decidiu dar uma pausa no aumento dos juros, como esperava o mercado, mas pontuou que novos ajustes virão no futuro.

A divulgação de dados do varejo e da produção americana em maio, nesta quinta-feira, e dos pedidos semanais de auxílio-desemprego e as vendas no varejo de maio amanhã (16), dará aos investidores e formuladores de políticas uma visão melhor da força do mercado de trabalho e dos gastos do consumidor.

Dow Jones Futuro (EUA), -0,06%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,21%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,47%

Ásia

As bolsas da Ásia fecharam sem direção definida na sessão de hoje, com os investidores repercutindo a decisão do banco central dos Estados Unidos e dados da região.

Além dos da decisão do Banco Central da China de baixar os juros de empréstimos de um ano, as exportações do Japão subiram 0,6% em maio na comparação anual, em forte contraste com as previsões de queda de 0,8%.

As importações também tiveram uma queda menor do que o esperado, caindo apenas 9,9% ano a ano, para 8,67 bilhões de ienes, em comparação com 9,62 bilhões de ienes um ano atrás.

Com isso, o déficit comercial do Japão caiu 42% em relação ao ano anterior, chegando a 1,37 bilhão de ienes, em comparação com os 2,37 bilhões de ienes em maio de 2022.

Shanghai SE (China), +0,74%
Nikkei (Japão), -0,05%
Hang Seng Index (Hong Kong), +2,17%
Kospi (Coreia do Sul), -0,40%
ASX 200 (Austrália), +0,19%

Petróleo

Os preços do petróleo operam com leve alta, apagando parte das perdas da sessão anterior, com dados mostrando um salto nas refinarias da China, maior importador de petróleo do mundo.

Petróleo WTI, +0,07%, a US$ 68,32 o barril
Petróleo Brent, +0,10%, a US$ 73,27 o barril

Agenda

Nos Estados Unidos, será divulgado hoje os dados do varejo e da produção americana em maio. Para o varejo, o consenso do mercado prevê recuo de 0,1% nas vendas em relação a abril. Para a indústria, a previsão é de alta de 0,1%.

Na Europa, o Banco Central Europeu divulga hoje sua decisão sobre os juros. A expectativa do mercado é de um ajuste de 25 pontos-base na taxa de juros do bloco econômico.

Por aqui, no Brasil, no campo político, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa nesta quinta-feira, às 9h, de reunião com líderes do Senado, na presidência da Casa. A ministra do Planejamento, Simone Tebet, também participa do encontro. Os ministros devem debater sobre a proposta do arcabouço fiscal, que ainda tem que ser votada pelos senadores. Na seara de indicadores, sai hoje a pesquisa mensal de serviços de abril, com o consenso Refinitiv projetando baixa de 0,5% na base mensal e alta de 4,3% na base anual.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias e do InfoMoney

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