Índices futuros e bolsas da Europa operam mistos, à espera da divulgação da inflação ao consumidor dos EUA amanhã (12)

No Brasil, será divulgado o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) do mês de junho, que deve vir com deflação. O consenso Refinitiv prevê uma variação de -0,10% em relação a maio.
11 de julho de 2023

Os índices futuros dos Estados Unidos e as bolsas da Europa operam sem direção definida nesta terça-feira (11), às vésperas da divulgação do índice de preços ao consumidor dos Estados Unidos (CPI, na sigla em inglês) de junho. Por sua vez, na Ásia, os mercados fecharam em alta, impactados pela decisão da China de apoiar seu mercado imobiliário e sinalizando mais suporte para a economia.

Sobre o índice de preços ao consumidor dos Estados Unidos, o consenso Refinitiv aponta para uma variação mensal de 0,3% do índice cheio entre maio e junho, o que representaria uma aceleração frente à leitura mais recente do CPI.

A inflação ao consumidor americano deve ajudar investidores a calibrarem as apostas para o juro, sinalizando para um ou mais dois aumentos este ano, conforme sinalizaram dirigentes do Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos EUA).

Na Europa, os dados de salários no Reino Unido mostraram crescimento em sua taxa mais rápida já registrada nos últimos três meses até maio, subindo 7,3% em relação ao mesmo período do ano passado, aprofundando as preocupações sobre a alta inflação arraigada.

No Brasil, será divulgado o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) do mês de junho, que deve vir com deflação. O consenso Refinitiv prevê uma variação de -0,10% em relação a maio.

Brasil

O Ibovespa fechou em queda de 0,80% na segunda-feira (10), aos 117.942 pontos, puxado para baixo pelas ações das mineradoras, siderúrgicas e de varejo, e da alta dos juros futuros. Desse modo, a Bolsa brasileira destoou dos mercados internacionais.

Segundo analistas do mercado financeiro, a empresa de maior posição no Ibovespa, a Vale, caiu acompanhando o preço do minério de ferro, impactado pelos dados de inflação da China, que recuou 0,2% em junho, com sinais de que a recuperação da segunda maior economia do mundo será mais lenta que o previsto.

Nas negociações do dia, o dólar ganhou 0,34% frente ao real, a R$ 4,882 na compra e a R$ 4,883 na venda.

Europa

As bolsas da Europa operam mistas, com destaque para a queda do FTSE 100, após os dados de salários no Reino Unido mostrarem crescimento em sua taxa mais rápida já registrada nos últimos três meses até maio. No período, os salários subiram 7,3% em relação à mesma base do ano passado, aprofundando as preocupações sobre os impactos desse dado na inflação.

O Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglẽs) alertou repetidamente que o alto crescimento salarial continua sendo um impedimento significativo aos seus esforços para reduzir a inflação.

FTSE 100 (Reino Unido), -0,33%
DAX (Alemanha), -0,04%
CAC 40 (França), +0,47%
FTSE MIB (Itália), -0,05%
STOXX 600, +0,12%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam sem direção única nesta manhã de terça-feira, após quebrar uma sequência de três perdas na véspera.

Os investidores aguardam a divulgação do CPI de junho amanhã, e do índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) de junho, que será divulgado na quinta-feira. Com esses dois dados, os investidores poderão calibrar o futuro da política monetária do Fed, o banco central dos EUA.

Dow Jones Futuro (EUA), -0,16%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,05%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,05%

Ásia

As bolsas da Ásia fecharam com alta, acompanhando o movimento positivo de Wall Street na sessão anterior, quando os mercados americanos quebraram uma sequência de três dias de perdas.

Os investidores também repercutem a notícia de que o Banco Popular da China estenderá duas políticas financeiras de apoio ao seu mercado imobiliário até o final de 2024.

Shanghai SE (China), +0,55%
Nikkei (Japão), +0,04%
Hang Seng Index (Hong Kong), +0,97%
Kospi (Coreia do Sul), +1,66%
ASX 200 (Austrália), +1,50%

Petróleo

Os preços do petróleo têm leve alta, com investidores focados nos cortes de oferta dos maiores exportadores de petróleo do mundo, Arábia Saudita e Rússia, e aguardando dados que possam ajudar a determinar a demanda.

Ontem, os preços da commodity caíram 1% na segunda-feira com expectativas mais altas de que novos aumentos nas taxas de juros dos EUA estão chegando e com os investidores obtendo lucro após o aumento de 4,5% da semana passada.

Petróleo WTI, +0,30%, a US$ 73,21 o barril
Petróleo Brent, +0,19%, a US$ 77,84 o barril

Agenda

Nos Estados Unidos, é aguardado o discurso do presidente do Fed St. Louis, James Bullard.

Por aqui, no Brasil, no campo político, Eduardo Braga (AM), um dos possíveis relatores da proposta da reforma tributária no Senado, afirmou em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, que existe a possibilidade de “fatiar” a proposta durante o processo de tramitação do texto na Casa. Na seara econômica, será divulgado o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) do mês de junho, que deve apresentar uma deflação mensal. O consenso Refinitiv prevê uma variação de -0,10% em relação a maio.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

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