Índices futuros e bolsas da Europa em trajetória de queda, em semana com dados de inflação nos EUA e no Brasil

O destaque desta segunda-feira (11) por aqui é a reunião do presidente Lula com Jean Prates, CEO da Petrobras. O assunto da pauta deve ser a não distribuição de dividendos extraordinários, que levou a uma forte baixa das ações da petroleira na sexta.
11 de março de 2024

Os índices futuros dos Estados Unidos e as bolsas da Europa estão operando em trajetória de queda, enquanto os mercados asiáticos fecharam mistos, nesta manhã de segunda-feira (11). Esta semana, a atenção dos investidores está repleta de dados econômicos que testarão a convicção do mercado de que a autoridade monetária norte-americana está se aproximando de um recuo na luta contra a inflação.

Os dados de inflação dos EUA a serem divulgados nesta terça-feira (12) serão uma peça-chave para descobrir os próximos passos do Federal Reserve em sua política monetária. Apesar de comentários dovish de membros do Fed na semana passada, contribuindo para apostas de um primeiro corte em junho, um aumento mais forte do que o esperado nos preços ao consumidor poderia alterar essa precificação e prejudicar ainda mais o rali das ações.

O bitcoin voltou a bater recordes. A moeda virtual ultrapassou os US$ 71 mil pela primeira vez, avançando pelo sexto dia consecutivo e levando a alta deste ano para quase 70%. Os investidores despejaram quase US$ 10 bilhões líquidos em um conjunto de novos ETFs de bitcoin desde o lançamento deles nos EUA há dois meses, desencadeando uma ampla alta nos mercados de criptomoedas.

Na Ásia, as ações japonesas registraram a maior queda desde 4 de outubro, com ambos os índices caindo mais de 2%, em meio à crescente especulação de que o Banco do Japão aumentará as taxas de juros, impulsionando o iene e prejudicando os exportadores. Dados divulgados nesta segunda, que mostraram que a economia evitou entrar em recessão no final do ano passado, também fortaleceram o argumento para o BOJ aumentar as taxas pela primeira vez desde 2007.

Ainda por lá, houve ganhos nas bolsas da China após novos dados de inflação e perdas em Tóquio após revisão do PIB (Produto Interno Bruto) japonês.

Por aqui, a B3 volta a operar em seu horário normal, encerrando o pregão regular às 17h (horário de Brasília), a partir do pregão desta segunda-feira (11). O retorno ocorre devido ao início do horário de verão nos Estados Unidos.

Brasil

Depois do alvoroço causado no mercado pelo balanço da Petrobras, mas, principalmente, pela decisão da companhia sobre o pagamento de dividendos, o Ibovespa fechou o pregão de sexta-feira (8) com baixa de 0,99%, aos 127.070,79 pontos. Na semana, o principal indicador da bolsa brasileira acumula baixa de 1,63%.

Em seu balanço divulgado no dia 7 de março após o fechamento do mercado financeiro, a petroleira apresentou queda de 33,8% no lucro líquido de 2022 para 2023, e não vai pagar dividendos extraordinários referentes ao quarto trimestre de 2023

Apesar da redução, o valor do ano passado é o segundo recorde histórico da companhia. Ainda assim, as ações abriram as negociações com queda acima de 11%. Lembrando que as ações da companhia compõem cerca de 13% da carteira do Ibovespa

Já o dólar fechou a R$ 4,9811, com alta de 0,96% no mercado à vista. Em cinco sessões, a moeda norte-americana avançou 0,52%.

Europa

As bolsas europeias iniciaram a semana em baixa, acompanhando o fraco desempenho em parte da Ásia, enquanto investidores cautelosamente ficam às margens dos negócios antes de novos dados de inflação dos EUA.

FTSE 100 (Reino Unido): -0,28%

DAX (Alemanha): -0,56

CAC 40 (França): -0,30%

FTSE MIB (Itália): -0,50%

STOXX 600: -0,43%

Estados Unidos

Os índices futuros operam no negativo nesta manhã, com os investidores à espera de dados econômicos importantes ao logo desta semana.

Dow Jones Futuro: -0,20%

S&P 500 Futuro: -0,10%

Nasdaq Futuro: -0,20%

Ásia

Na Ásia, os mercados fecharam mistos, com destaque para as ações japonesas, que registraram a maior queda desde 4 de outubro.

O índice Nikkei teve expressiva queda de 2,19%, a 38.820,49 pontos, após revisão para cima do PIB do Japão reforçar expectativas de que o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) irá começar a apertar sua política monetária ultra-acomodatícia. Entre outubro e dezembro, o PIB japonês cresceu 0,1% ante os três meses anteriores, evitando uma recessão técnica. Originalmente, havia sido estimada queda de 0,1% no período.

Shanghai SE (China), +0,74%

Nikkei (Japão): -2,19%

Hang Seng Index (Hong Kong): +1,43%

Kospi (Coreia do Sul): -0,77%

ASX 200 (Austrália): -1,82%

Petróleo

Os preços do petróleo operam em alta após abertura negativa, em meio a preocupações com a lenta procura na China, embora o risco geopolítico persistente em torno do Médio Oriente e da Rússia tenha limitado o declínio.

Petróleo WTI, +0,32%, a US$ 78,26 o barril

Petróleo Brent, +0,35%, a US$ 82,37 o barril

Agenda

Os dados de inflação dos EUA a serem divulgados na terça (12).

Por aqui, no Brasil, no campo político, o presidente Lula se reúne hoje com Jean Prates, CEO da Petrobras, às 15h (horário de Brasília). Este será o primeiro encontro dos dois após a companhia informar na quinta não distribuir dividendos extraordinários, levando a uma forte baixa das ações na sexta. O destaque da agenda da semana são os dados de inflação e atividade no Brasil, em especial o IPCA de fevereiro, que será divulgado nesta terça-feira (12), e pesquisas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) sobre indústria, comércio e serviços durante a semana.

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg

Continue lendo

Assine nossa newsletter
Receba gratuitamente os principais destaques e indicadores da economia e do mercado financeiro.