Os índices futuros de Nova York operam no campo negativo, nesta manhã de terça-feira (02). Com a agenda de indicadores esvaziada hoje, os investidores estão à espera do relatório Jolts (folha de pagamentos), que dará um panorama mais preciso a respeito do mercado de trabalho nos Estados Unidos.
Economistas consultados pela LSEG projetam que o número de vagas de emprego em maio será de 7,9 milhões, abaixo dos 8,1 milhões em abril.
Um mercado de trabalho menos aquecido significa menos pressões inflacionários. Esse cenário ajuda o Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano) a balizar a política monetária, ou seja, se inicia a trajetória de corte dos juros ou não.
O discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, no fórum do BCE (Banco Central Europeu), em Portugal, pode fornecer mais pistas sobre a perspectiva para a política monetária. Christine Lagarde, presidente do BCE, também deve falar.
Na Europa, as ações recuam hoje, assim como os futuros de ações dos Estados Unidos. Investidores monitoram dados de inflação e emprego em busca de pistas sobre o rumo da política monetária.
O Banco Central Europeu ainda não tem provas suficientes de que as ameaças de inflação tenham passado, disse a presidente Christine Lagarde, alimentando expectativas de que os dirigentes farão uma pausa na redução das taxas de juros este mês.
Por aqui, com a agenda de indicadores esvaziada, as atenções se voltam a nova entrevista do presidente Lula, desta vez a Silvana Oliveira, da Rádio Sociedade, da Bahia.
Brasil
O Ibovespa começou a semana e o segundo semestre do ano com o pé direito. O principal índice da Bolsa brasileira subiu 0,65%, na segunda-feira (01), aos 124.718 pontos. No ano, contudo, a queda acumulada é de 7%.
Os negócios ontem foram impulsionados por dois dos pesos-pesados da B3: a Vale e a Petrobras. As duas foram beneficiadas pela desvalorização do real e aumento nos preços de suas matérias-primas de exportação, minério de ferro e petróleo, respectivamente.
A forte alta de ambas foi o bastante para garantir ganhos, a despeito da queda de outros papéis, como os das varejistas, que sofreram com a perspectiva da manutenção de juros altos e aumento da inflação.
O dólar comercial fechou em alta de 1,15%, a R$ 5,652 na compra e R$ 5,653 na venda.
Europa
As bolsas da Europa operam em baixa, refletindo sinais de que o BCE precisa de mais evidências de que as pressões sobre os preços estão diminuindo antes de considerar outro corte nas taxas de juros.
A inflação na zona do euro caiu para 2,5% em junho, em linha com as expectativas dos economistas pesquisados pela Reuters. Em maio, o número da inflação havia subido dois pontos percentuais, para 2,6%.
FTSE 100 (Reino Unido): -0,23%
DAX (Alemanha): -0,96%
CAC 40 (França): -0,73%
FTSE MIB (Itália): -1,04%
STOXX 600: -0,59%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA reverteram a trajetória para o campo negativo hoje, depois de os mercados fecharem em alta ontem (01), com apoio das ações de tecnologia.
O Nasdaq (tecnologia) avançou 0,83% para fechar em um recorde; o S&P 500 subiu 0,27%; e o Dow Jones, aumentou 0,13%.
Dow Jones Futuro: -0,32%
S&P 500 Futuro: -0,42%
Nasdaq Futuro: -0,52%
Ásia
As bolsas da Ásia fecharam com alta em sua maioria, lideradas por ganhos no Japão e em Hong Kong. O índice de ações do Japão se aproximou de uma alta recorde, apoiado por ganhos de ações de empresas do setor financeiro em meio à perspectivas de taxas de empréstimo mais altas. Os rendimentos domésticos de 10 anos continuaram sua alta acima de 1% em apostas de que o banco central aumentará as taxas de juros.
Shanghai SE (China), +0,08%
Nikkei (Japão): +1,12%
Hang Seng Index (Hong Kong): +0,29%
Kospi (Coreia do Sul): -0,84%
ASX 200 (Austrália): -0,42%
Petróleo
Os preços do petróleo operam com alta, com os traders repercutindo o aumento da demanda por combustível como consequência da temporada de viagens de verão e possíveis cortes nas taxas de juros dos EUA.
Petróleo WTI, +0,83%, a US$ 84,07 o barril
Petróleo Brent, +0,76%, a US$ 87,26 o barril
Agenda
Em Portugal, acontece o fórum do BCE (Banco Central Europeu), com as presenças de Jerome Powell, do Fed (Federal Reserve), e Christine Lagarde, BCE.
Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), vai receber governadores em Brasília, na tarde de hoje, para discutir a renegociação da dívida de R$ 740 bilhões dos estados com a União. Após o encontro, Pacheco deve divulgar um projeto de lei complementar com alternativas para regularizar os débitos dos estados com o governo federal. Com a agenda de indicadores esvaziada, as atenções se voltam a nova entrevista do presidente Lula, desta vez a Silvana Oliveira, da Rádio Sociedade.
Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg