À espera da divulgação do PCE, indicador favorito do Fed, maioria dos índices futuros e bolsas da Europa operam no azul

Por aqui, a agenda de hoje tem como destaque a taxa de desemprego (Pnad), com o consenso Refinitiv prevendo que o indicador cairá de 8,0% para 7,9% (de 7,9% para 7,8%, com ajuste sazonal).
31 de agosto de 2023

A maioria dos índices futuros de Nova York e as bolsas da Europa operam com alta nesta manhã de quinta-feira (31), enquanto os mercados asiáticos fecharam mistos com os investidores aguardando a divulgação da inflação de consumo norte-americana (PCE, na sigla em inglês), o indicador usado como parâmetro pelo Fed (Federal Reserve) para definir sua política de juros.

A expectativa de analistas é de que ocorra um aumento anual para 4,2% no mês passado, ligeiramente acima do aumento de 4,1% no mês anterior. Os dados semanais de pedidos de seguro-desemprego nos EUA, que ajuda a balizar o quão aquecido está o mercado de trabalho nos Estados Unidos, também serão divulgados nesta manhã. Nesta sexta-feira (1º) será divulgado o relatório de emprego (payroll).

Os mercados asiáticos, por sua vez, refletiram os dados da atividade industrial da China, que contraíram pelo quinto mês consecutivo em agosto, mas ficou acima do esperado.

A atividade manufatureira chinesa, medida pelo Departamento Nacional de Estatísticas, caiu pelo quinto mês consecutivo em agosto, situando-se em 49,7, ficando acima do esperado. A recuperação de novos pedidos e da produção trouxe esperanças de uma recuperação.

Enquanto isso, o Japão viu sua produção industrial cair -2% em julho, além do previsto (-1,4%), devido à fraqueza na China e ao aperto monetário nos EUA e Europa.

De modo geral, mesmo com ganhos recentes, os mercados caminham para o fechamento de um dos piores meses do ano, considerando a desaceleração dos Estados Unidos apontada em dados recentes e a expectativa crescente pelo fim do aperto monetário.

Por aqui, a agenda de hoje tem como destaque a taxa de desemprego (Pnad), com o consenso Refinitiv prevendo que o indicador cairá de 8,0% para 7,9% (de 7,9% para 7,8%, com ajuste sazonal).

No que diz respeito às contas fiscais, destaque para o resultado primário do governo central referente ao mês passado, que deve registrar déficit de R$ 34,7 bilhões, segundo projeção do banco Itaú.

Brasil

O Ibovespa fechou o pregão de quarta-feira (30) em queda, com investidores repercutindo dados econômicos do Brasil e dos Estados Unidos e atentos ao quadro fiscal brasileiro, com a expectativa pelo texto do Orçamento de 2024 no radar. O principal índice da Bolsa brasileira caiu 0,73%, aos 117.535 pontos.

Segundo analistas do mercado financeiro, o dia foi de volatilidade nos mercados globais, com investidores repercutindo dados recentes divulgados nos Estados Unidos. Ontem (30), o governo dos EUA informou que o crescimento econômico da maior economia do mundo no segundo trimestre foi revisado para baixo, a uma taxa anualizada de 2,1%, ante os 2,4% vistos anteriormente.

Nas negociações do dia do Ibovespa, o dólar teve alta de 0,30% frente ao real, cotado a R$ 4,869 na compra e na venda.

Europa

As bolsas da Europa operam com alta, depois que o UBS divulgou seu primeiro conjunto de resultados desde que o banco concluiu a aquisição do Credit Suisse.

O UBS registrou lucro de US$ 28,88 bilhões no segundo trimestre, superando as projeções de US$ 12,8 bilhões feitas por analistas consultados pela agência Reuters. As ações subiram 6,3% com a abertura dos mercados.

Na frente de dados, a inflação na zona euro foi superior ao esperado para agosto, igualando o valor de julho de 5,3% e continuando bem acima da meta de 2% definida pelo BCE (Banco Central Europeu), de acordo com dados preliminares.

Isso significa que o aperto monetário deve continuar.

FTSE 100 (Reino Unido), +0,01%
DAX (Alemanha), +0,65%
CAC 40 (França), +0,15%
FTSE MIB (Itália), +0,21%
STOXX 600, +0,28%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA sobem, exceto o Nasdaq Futuro, com os investidores aguardando a divulgação do PCE, índice de preços de despesas de consumo pessoal, o favorito do Fed para definir sua política de juros.

Por sua vez, os rendimentos do Tesouro dos EUA operam no vermelho nesta quinta-feira.

Dow Jones Futuro (EUA), +0,30%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,07%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,07%

Ásia

As bolsas da Ásia fecharam sem direção definida, à medida que investidores digeriam dados econômicos vindos da China.

Shanghai SE (China), -0,55%
Nikkei (Japão), +0,88%
Hang Seng Index (Hong Kong), -0,55%
Kospi (Coreia do Sul), -0,19%
ASX 200 (Austrália), +0,10%

Petróleo

Os preços do petróleo operam no azul, depois que dados do governo dos EUA mostraram reservas de petróleo mais restritas do que o esperado, enquanto as preocupações com a economia chinesa limitaram os ganhos.

Petróleo WTI, +0,34%, a US$ 81,91 o barril
Petróleo Brent, +0,28%, a US$ 86,10 o barril

Agenda

Nos Estados Unidos, são aguardados para hoje os pedidos de seguro-desemprego semanal e o índice de preços PCE.

Por aqui, no Brasil, no noticiário político, a Câmara dos Deputados aprovou ontem (30) projeto de lei que prorroga a desoneração da folha de pagamentos para 17 setores da economia até 31 de dezembro de 2027. Os deputados aprovaram o texto da relatora, deputada Any Ortiz (Cidadania-RS). A proposta volta ao Senado para ser analisada novamente por causa de mudanças aprovadas pelos deputados. Na seara econômica, o destaque de hoje é a taxa de desemprego (Pnad), com o consenso Refinitiv prevendo que o indicador cairá de 8,0% para 7,9%.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias, do InfoMoney e da Bloomberg

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