Índices futuros e bolsas da Europa em baixa, enquanto lideranças globais discutem o futuro da economia mundial no Fórum de Davos

Por sua vez, os mercados asiáticos fecharam com alta em sua maioria, com investidores digerindo uma série de indicadores da economia chinesa
17 de janeiro de 2023

Pelo segundo dia consecutivo, os índices futuros de Nova York operam no negativo nesta manhã de terça-feira (17), com os investidores à espera de mais resultados corporativos nos EUA. Na mesma direção, estão as bolsas europeias. O Goldman Sachs e o Morgan Stanley divulgarão seus números antes da abertura dos mercados, seguidos pela United Airlines, que os divulgará após o fechamento.

As bolsas europeias também operam com baixa generalizada na sessão de hoje, devido às preocupações com a economia global, assunto o qual, aliás, está no topo da agenda do Fórum Econômico Mundial, em Davos, nesta semana.

As grandes economias do mundo enfrentam problemas domésticos que podem respingar na economia global, provocando uma recessão. O custo de vida, principalmente às populações de menor poder aquisitivo, continua pesando e, consequentemente, a inflação, que permanece em patamares elevados, forçando os bancos centrais a adotarem aumento de juros. Para piorar o cenário, a guerra da Rússia contra a Ucrânia, que continua, deve seguir pressionando os custos de energia e mexendo com as cadeias globais de fornecimento de insumos.

Por sua vez, os mercados asiáticos fecharam com alta em sua maioria, com investidores digerindo uma série de indicadores da economia chinesa. As vendas no varejo da China, em dezembro, superaram as estimativas, caindo apenas 1,8% na base anual, significativamente melhor do que o declínio de 8,6% projetado por analistas.

Brasil

O Ibovespa fechou o pregão de quinta-feira (16) em baixa, marcando o 3º dia consecutivo de queda em uma sessão de baixa liquidez por conta do feriado nos Estados Unidos. O principal índice da Bolsa brasileira caiu 1,54%, aos 109.212 pontos. O mercado também repercutiu, por mais um dia, o caso das inconsistências contábeis da Lojas Americanas (AMER3).

Segundo analistas do mercado financeiro, a queda do Ibovespa de hoje foi puxada principalmente pelos preços do petróleo e do minério de ferro no exterior. A semana começou com poucos indicadores econômicos no radar dos investidores. No Brasil, o único destaque do dia é o Boletim Focus, relatório do Banco Central do Brasil que reúne as médias das projeções de economistas para os principais indicadores do país.

Nas negociações do dia do Ibovespa, o dólar fechou em alta de 0,83% frente ao real, cotado a R$ 5,148 na venda e a R$ 5,149 na compra.

Europa

As bolsas da Europa operam com baixa generalizada na sessão de hoje, com as preocupações sobre a economia global no topo da agenda do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. No âmbito regional, a inflação ao consumidor na Alemanha ficou negativa em 0,8% na passagem de novembro para dezembro, subindo 8,6% na base anual, em linha com o que previa o consenso Refinitiv, ou seja, um recuo mensal de 0,8%, mas alta na base anual de 8,6%.

FTSE 100 (Reino Unido), -0,15%
DAX (Alemanha), -0,16%
CAC 40 (França), -0,20%
FTSE MIB (Itália), -0,24%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam em baixa nesta manhã desta terça, na volta do feriado de Martin Luther King ontem (16), com investidores aguardando por mais resultados corporativos. Por outro lado, todos os três principais índices à vista acumulam alta neste início de ano. O Nasdaq Composite está liderando os ganhos, com alta de 5,9%, com os investidores comprando ações de tecnologia em meio a esperanças crescentes de um cenário melhor para ações de crescimento. O S&P 500 e o Dow avançaram 4,2% e 3,5%, respectivamente, desde o início do ano.

Dow Jones Futuro (EUA), -0,15%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,24%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,38%

Ásia

As bolsas da Ásia fecharam com alta em sua maioria. Por lá, pesaram no fechamento dos mercados os dados da economia chinesa. As vendas no varejo da China em dezembro superaram as estimativas, caindo apenas 1,8% na base anual, significativamente melhor do que o declínio de 8,6% projetado por analistas. No quarto trimestre, a economia chinesa cresceu 2,9% na base anual, acima do crescimento esperado de 1,8%. A produção industrial também cresceu 1,3% em dezembro, acima das expectativas de alta de 0,2%.

No Japão, as ações contrariaram a tendência, com o Nikkei 225 fechando com valorização de 1,28%, liderando os ganhos na região. O Banco do Japão iniciou sua reunião de política monetária de dois dias. O rendimento do tesouro japonês de 10 anos continuou a testar o teto superior da faixa de tolerância do banco central.

Shanghai SE (China), -0,10%
Nikkei (Japão), +1,25%
Hang Seng Index (Hong Kong), -0,78%
Kospi (Coreia do Sul), -0,85%

Petróleo

As cotações do petróleo operam sem direção definida nesta terça-feira, depois da divulgação dos dados da economia chinesa.

Petróleo WTI, -0,49%, a US$ 79,47 o barril
Petróleo Brent, +0,46%, a US$ 84,85 o barril

Agenda

Agenda econômica global esvaziada de divulgação de indicadores muito importantes. Nos Estados Unidos, sai o índice de manufatura Empire State e discurso do diretor do Fed (Federal Reserve), John Williams.

Por aqui, no Brasil, Investidores acompanharão de perto o desempenho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no Fórum Econômico Mundial, em Davos. No campo econômico, sai a inflação medida pelo IGP-10 de janeiro, com consenso Refinitiv prevendo alta de 0,30% na comparação com dezembro do ano passado.

Redação ICL Economia
Com informações das agências

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