Índices futuros e bolsas da Europa operam em baixa. Na Ásia, Nikkei fecha na máxima de 33 anos

Por aqui, com agenda doméstica esvaziada, as atenções dos investidores locais se concentram na reunião do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), com líderes partidários, para discutir a medida provisória da reoneração da folha de pagamentos de setores da economia.
9 de janeiro de 2024

Os índices futuros dos Estados Unidos e as bolsas da Europa estão operando no negativo, nesta manhã de terça-feira (9), enquanto as bolsas asiáticas fecharam mistas, com destaque para o índice Nikkei, do Japão. O indicador fechou em seu nível mais alto desde março de 1990, puxado pelas ações de tecnologia e com a desaceleração da inflação no Japão.

Quanto aos futuros dos Estados Unidos, eles operam no vermelho após os índices à vista fecharem em alta na véspera, com alívio nos juros dos Treasuries.

De modo geral, os investidores voltam a direcionar seu foco à economia chinesa, com expectativa de que a segunda maior economia do mundo está pronta para afrouxar ainda mais sua política monetária.

O banco central da China deve manter a política expansionista, ao reduzir a quantidade de dinheiro que os bancos devem manter em reserva, o que reforça as expectativas de investidores de que haverá mais flexibilização no futuro.

Na Europa, os agentes repercutem a taxa de desemprego anualizada na zona do euro, divulgada nesta manhã, que recuou de 6,5% em outubro para 6,4% em novembro. O dado ficou um pouco abaixo do consenso Refinitiv de analistas, que previa taxa estável em 6,5%.

Além disso, também repercutem os dados fracos da indústria alemã, a economia mais importante do bloco. A produção industrial da Alemanha apontou queda de 0,7% em novembro ante o mês anterior, ante projeção de alta de 0,2%.

Por aqui, com agenda doméstica esvaziada, as atenções dos investidores locais se concentram na reunião do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), com líderes partidários, para discutir a medida provisória da reoneração da folha de pagamentos de setores da economia.

Brasil

Com o dia morno aqui e no exterior, o Ibovespa fechou em alta de 0,31% na segunda-feira (8), aos 132.426 pontos.

A agenda brasileira concentrou-se nos atos que marcaram o aniversário de um ano das ações de vandalismo golpistas que depredaram as sedes dos três poderes, em Brasília.

Desse modo, o principal índice da bolsa brasileira acompanhou o movimento das bolsas de Nova York, mas a forte desvalorização do petróleo pressionou o indicador e limitou os ganhos no dia.

Lá fora, os investidores monitoraram os principais dados de inflação das maiores economias do mundo, o que fez com que os mercados operassem com certa volatilidade ontem.

O dólar terminou a sessão a R$ 4,9702, com queda de 0,04% no mercado à vista.

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam no negativo hoje, com os investidores aguardando os dados da balança comercial do país de novembro, com consenso LSEG prevendo déficit de US$ 65 bilhões.

Além disso, na quinta-feira (11) sai o dado mais importante, o da inflação americana. Em outra frente, começa a temporada de balanços de grandes bancos.

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de dezembro será divulgado na quinta-feira, enquanto o índice de preços ao produtor (PPI) será divulgado na sexta-feira.

Dow Jones Futuro (EUA), -0,28%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,26%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,36%

Europa

As bolsas da Europa operam em baixa, com investidores digerindo dados fracos da indústria alemã e a taxa de desemprego na zona do euro, que caiu de 6,5% para 6,4% de outubro para novembro. Já a produção industrial da Alemanha, com queda de 0,7% em novembro ante o mês anterior.

As ações de tecnologia lideraram as perdas, com queda de 1%, enquanto as de recursos básicos ficaram logo atrás, com queda de 0,8%. As ações de petróleo e gás sobem 0,5%.

FTSE 100 (Reino Unido), 0,00%
DAX (Alemanha), -0,32%
CAC 40 (França), -0,30%
FTSE MIB (Itália), -0,20%
STOXX 600, -0,24%

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam mistos, com destaque para o índice Nikkei, do Japão, que fechou com alta de 1,16%, em seu nível mais alto desde março de 1990, aos 33.763,18 pontos.

O indicador foi puxado pelas ações de tecnologia e com a desaceleração da inflação em Tóquio. A taxa de inflação de Tóquio caiu para 2,4% em dezembro, de 2,6% no mês anterior.

Shanghai SE (China), +0,20%
Nikkei (Japão), +1,16%
Hang Seng Index (Hong Kong), -0,21%
Kospi (Coreia do Sul), -0,26%
ASX 200 (Austrália), +0,93%

Petróleo

Os preços do petróleo operam com alta, depois de terem caído na sessão anterior, com os mercados pesando as tensões no Oriente Médio contra as preocupações com a demanda e o aumento da oferta da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo).

Petróleo WTI, +1,06%, a US$ 71,52 o barril
Petróleo Brent, +1,09%, a US$ 76,95 o barril

Agenda

A agenda desta terça-feira traz a balança comercial dos Estados Unidos de novembro, com consenso LSEG prevendo déficit de US$ 65 bilhões. Também sai o índice de otimismo empresarial NFIB.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), se reúne nesta terça com líderes partidários para discutir a MP (medida provisória) da reoneração da folha de pagamentos de 17 setores da economia. Nem todos os líderes estão em Brasília, mas a ideia é que a discussão sobre a MP já comece nesta semana. Agenda de indicadores esvaziada nesta terça-feira.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias, InfoMoney e Bloomberg

Continue lendo

Assine nossa newsletter
Receba gratuitamente os principais destaques e indicadores da economia e do mercado financeiro.