Os índices futuros e as bolsas da Europa operam mistas, nesta manhã de quinta-feira (28), enquanto os mercados asiáticos fecharam majoritariamente no azul. Com o ano praticamente encerrado, os investidores estão com foco em 2024.
As menores pressões inflacionárias, o vislumbre de uma etapa de cortes dos juros por parte dos bancos centrais das principais economias e a melhoria gradual dos resultados corporativos criam uma perspectiva animadora para os mercados de títulos e ações no ano que chega.
No entanto, há também uma preocupação com a geopolítica e como esse tema deve impactar a economia em 2024. O presidente Joe Biden disse que ataques militares recentes no Iraque visaram evitar novos atentados contra norte-americanos no Oriente Médio. Esta foi a mais ampla justificativa oficial até agora para a maior ação militar dos EUA, em meio à guerra entre Israel e Hamas.
Nos Estados Unidos, o S&P 500 fechou em 4.781,58 ontem (27), pouco abaixo de sua máxima histórica de fechamento, de 4.796,56 em 3 de janeiro de 2022.
Para esta quinta-feira, os investidores aguardam os números dos pedidos de auxílio-desemprego e de vendas pendentes de casas nos EUA.
Por aqui, hoje é o último dia de pregão da B3 no ano. Na agenda político-econômica, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concederá entrevista coletiva às 10h. A expectativa é que ele fale sobre o conjunto de medidas para compensar a prorrogação da desoneração da folha de pagamentos.
Do lado dos indicadores, saem os números do IPCA-15, com expectativa de avanço de 0,27% na comparação mensal e de 4,59% na base anual.
Brasil
O Ibovespa fechou em alta de 0,49% na quarta-feira (27), aos 134.193 pontos, no penúltimo pregão de 2023. Até aqui, o índice acumula ganhos de mais de 22%.
O dia na B3 foi marcado por volatilidade e menor volume de negócios, o que é relativamente normal nessa época do ano. Mas o principal indicador da B3, que começou o pregão em marcha lenta, renovou recordes ao longo do dia até alcançar a inédita faixa dos 134 mil pontos.
Sem grandes anúncios na pauta do dia, os investidores acompanharam a divulgação do resultado primário do governo central e do Relatório Mensal da Dívida Pública Federal (DPF) pelo Tesouro Nacional.
O dólar à vista subiu 0,22% hoje, cotado em R$ 4,8326. Porém, no acumulado do ano, a moeda americana está com queda de 8,4%.
Europa
As bolsas da Europa operam mistas, oscilando em torno do seu nível mais alto desde janeiro de 2022, após uma forte recuperação no final do ano. Por lá, o otimismo é alimentado pela expectativa de redução dos juros por parte dos bancos centrais a partir de 2024.
FTSE 100 (Reino Unido), -0,04%
DAX (Alemanha), -0,11%
CAC 40 (França), -0,15%
FTSE MIB (Itália), +0,02%
STOXX 600, 0,00%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA também operam sem direção única, com as atenções voltadas para a possibilidade do S&P 500 atingir um recorde e para a divulgação dos dados semanais de pedidos de seguro-desemprego nos EUA.
Dow Jones Futuro (EUA), -0,15%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,01%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,23%
Ásia-Pacífico
Os mercados da Ásia-Pacífico fecharam majoritariamente em alta nesta quinta-feira. Por lá, o destaque é o índice Hang Seng (Hong Kong), que avançou 2,52%, a 17.043,53 pontos, graças a uma forte demanda por ações de tecnologia e do setor imobiliário.
No ano, porém, o indicador mostra o pior desempenho na região da Ásia e do Pacífico, com perdas de cerca de 14%.
Shanghai SE (China), +1,38%
Nikkei (Japão), -0,42%
Hang Seng Index (Hong Kong), +2,52%
Kospi (Coreia do Sul), +1,60%
ASX 200 (Austrália), +0,70%
Petróleo
Os preços do petróleo operam com baixa, em meio a temores sobre a escalada das tensões no Oriente Médio.
Petróleo WTI, -0,92%, a US$ 74,43 o barril
Petróleo Brent, -0,88%, a US$ 78,95 o barril
Agenda
Nos Estados Unidos, saem hoje os pedidos de seguro-desemprego semanal, com o consenso LSEG espera 210 mil solicitações no período, e o número das moradias pendentes de novembro.
Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concederá entrevista coletiva nesta quinta-feira (28), às 10h. A expectativa é que Haddad fale sobre o conjunto de medidas para compensar a prorrogação da desoneração da folha de pagamentos, que beneficia 17 setores da economia e cuja validade foi estendida pelo Congresso até 2027. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a vetar integralmente o texto, mas o veto foi derrubado pelos parlamentares por ampla maioria. A estimativa é que a renúncia de receita seja da ordem de R$ 25 bilhões no próximo ano. Na seara de indicadores, saem o IGP-M de dezembro; consenso LSEG prevê alta de 0,66% na comparação com novembro; e o IPCA-15 de dezembro; consenso LSEG projeta alta de 0,27% na base mensal e de 4,59% na base anual.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias, InfoMoney e Bloomberg