As bolsas da Europa e os índices futuros de Nova York estão operando no negativo neste início de semana, enquanto os mercados asiáticos fecharam no positivo na medida em que as as regras para controle da Covid-19 na China começam a ser flexibilizadas.
O movimento dos mercados no Ocidente é reflexo do relatório de empregos (payroll) de novembro dos EUA, que foi divulgado na última sexta-feira (2). Os dados mostram que, a despeito do aperto monetário que vem sendo feito pelo Fed (Federal Reserve) para desacelerar a atividade econômica e conter a inflação, o mercado de trabalho se manteve sólido no período, com criação de 263 mil postos de trabalho, ante 200 mil previstos por analistas.
O resultado pesou sobre as ações, mas, por outro lado, os investidores ainda acreditam na diminuição do aperto monetário diante das sinalizações que têm sido dadas até mesmo por dirigentes do Fed. A aposta é de aumentos menores dos juros, de 0,5 ponto percentual na reunião de 13 e 14 de dezembro. Para esta segunda-feira (5), são aguardados os dados do setor industrial e de serviços.
Na Europa, a maioria dos mercados opera em baixa hoje enquanto investidores avaliam o abrandamento das restrições da Covid na China e os movimentos do petróleo.
Brasil
O Ibovespa fechou em alta na sexta-feira passada (2), apesar de um cenário externo desfavorável, com dados de emprego nos Estados Unidos indicando uma possível continuidade no aperto monetário pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central do país). O principal índice da Bolsa brasileira subiu 0,90%, a 111.924 pontos.
Segundo analistas do mercado financeiro, o dia foi marcado por expectativas sobre a PEC da Transição. Os investidores têm a expectativa de que a proposta seja moderada durante tramitação no Congresso. Hoje, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva não quis responder a perguntas sobre quem será seu ministro da Fazenda.
O dólar fechou em alta de 0,34%, cotado a R$ 5,215 na compra e na venda. Na semana, a queda foi de 3,59%.
Europa
A maioria das bolsas da Europa opera no negativo nesta manhã de segunda-feira (5). Os investidores repercutem a decisão dos países membros da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), que concordaram em manter o curso da política de produção antes de uma proibição pendente da União Europeia ao petróleo russo.
Além disso, a diminuição das restrições para controlar o avanço da Covid-19 na China e as vendas do varejo da zona do euro de outubro, que registrou queda mensal de 1,8% e anual de 2,7%, também influenciam o ânimo dos consumidores.
FTSE 100 (Reino Unido), +0,20%
DAX (Alemanha), -0,29%
CAC 40 (França), -0,22%
FTSE MIB (Itália), -0,06%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam em baixa nesta manhã, enquanto agentes do mercado aguardam mais dados econômicos antes da reunião de política monetária de dezembro do Fed (Federal Reserve).
Dow Jones Futuro (EUA), -0,30%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,33%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,24%
Ásia
As bolsas asiáticas fecharam com alta em sua maioria, repercutindo o afrouxamento das regras da política Covid Zero algumas cidades da China.
A exceção foi o índice Kospi, da Coreia do Sul, que fechou em queda de 0,62%, aos 2.419 pontos.
Shanghai SE (China), +1,76%
Nikkei (Japão), +0,15%
Hang Seng Index (Hong Kong), +4,51%
Kospi (Coreia do Sul), -0,62%
Petróleo
As cotações do petróleo operam em alta nesta segunda, depois que os países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) mantiveram sua política de reduzir a produção da commodity e notícias de relaxamento das restrições ao Covid na China.
Petróleo WTI, +1,23%, a US$ 80,96 o barril
Petróleo Brent, +1,30%, a US$ 81,01 o barril
Agenda
Na agenda de indicadores nos EUA, está a performance do setor industrial e de serviços, que serão divulgados nesta segunda-feira e, também, os índices de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês).
Por aqui, no Brasil, no campo político, a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Transição está prevista para entrar na pauta de votação do Senado na quarta-feira (7), mas isso não é garantia de que a proposta será mesmo votada. O acordo ainda está sendo negociado e é preciso passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa. Já na agenda econômica brasileira, o boletim Focus desta segunda vai ser o primeiro após a divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) do terceiro trimestre de 2022, que desacelerou em relação ao segundo trimestre e cresceu menos do que o esperado pelo mercado.
Redação ICL Economia
Com informações das agências