Índices futuros e bolsas europeias operam no positivo, com dados de inflação dos EUA no radar

Por aqui, nesta segunda-feira (9) as atenções se voltam para o Relatório Focus do Banco Central, que pode trazer alterações sobre as expectativas para indicadores no Brasil.
9 de setembro de 2024

Os índices futuros e as bolsas europeias começam a semana em trajetória positiva, enquanto investidores aguardam dados de inflação dos Estados Unidos que poderão dar sinais sobre a magnitude da redução dos juros pelo Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA). A autoridade monetária estadunidense se reúne na próxima semana.

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) será divulgado na quarta-feira (11), enquanto o índice de preço ao produtor (PPI) terá seus números conhecidos na quinta (12).

Na próxima semana, também acontecerá a reunião do Copom (Comitê de Política Econômica) do Banco Central do Brasil.

Porém, a diferença é que, enquanto se espera um corte nas taxas de juros dos EUA, por aqui, a expectativa é de manutenção ou até mesmo de uma possível alta na taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 10,50% ao ano.

Na Europa, os mercados se movimentam no campo positivo, reduzindo parte da perda de 3,5% da semana passada, enquanto os investidores aguardam a decisão sobre juros do BCE (Banco Central Europeu) na quinta-feira.

Por aqui, nesta segunda-feira (9) as atenções se voltam para o Relatório Focus do Banco Central, que pode trazer alterações sobre as expectativas para indicadores no Brasil, principalmente o da inflação, após o último levantamento apontar novo ajuste para cima nas projeções para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).

Brasil

As notícias vindas dos Estados Unidos impactaram os mercados mundiais na sexta-feira (6). Depois do relatório de empregos mais importante do país (payroll) mostrar a criação de número de vagas menor que o esperado por analistas, o Ibovespa fechou a sexta com forte queda de 1,41%, aos 134.572 pontos. Na semana, o principal indicador da Bolsa brasileira também terminou com baixa de 1,05%, após quatro semanas no azul.

A desvalorização de hoje é a maior em um só dia desde 7 de junho, quando o índice recuou 1,73%.

Os Estados Unidos criaram 142 mil vagas de trabalho no setor não agrícola no mês de agosto, número abaixo do esperado pelo consenso LSEG (160 mil), mas bem acima das 89 mil vagas criadas em julho (número revisado para baixo).

A taxa de desemprego ficou em 4,2%, menos que os 4,3% do mês anterior. A taxa esperada pelos analistas era exatamente de 4,2%.

O dólar comercial avançou 0,35%, cotado a R$ 5,59.

Europa

As bolsas europeias se movimentam no campo positivo, reduzindo parte da perda de 3,5% da semana passada. Nesta semana, mais precisamente na quinta-feira (12), tem decisão sobre juros do Banco Central Europeu (BCE).

FTSE 100 (Reino Unido): +0,47%
DAX (Alemanha): +0,44%
CAC 40 (França): +0,37%
FTSE MIB (Itália): +0,58%
STOXX 600: +0,50%

Estados Unidos

Os índices futuros de Nova York operam no campo positivo hoje, após baixa generalizada na sexta-feira passada. Após os dados do mercado de trabalho mostrarem criação de número de vagas menor que o esperado por analistas, agentes precificam uma chance de 71% de que o Fed (Federal Reserve) poderia cortar as taxas de juros em 25 pontos-base neste mês, enquanto 29% apostam em um corte de 50 pontos-base, de acordo com a CME Group FedWatch Tool.

Dow Jones Futuro: +0,41%
S&P 500 Futuro: +0,55%
Nasdaq Futuro: +0,75%

Ásia

As bolsas asiáticas fecharam com perdas em sua maioria, com repercussão de dados do mercado de trabalho americano e inflação na China abaixo do previsto. A inflação chinesa cresceu 0,6% na base anual, abaixo dos 0,7% esperados por analistas. Na base mensal, a inflação subiu 0,4%, abaixo dos 0,5% esperados.

Já o PIB (Produto Interno Bruto) do Japão no segundo trimestre chegou a 2,9% em uma base anualizada, menos do que os 3,2% esperados por analistas. Um número de crescimento mais fraco do PIB restringirá as opções do Banco do Japão para aumentar as taxas.

Shanghai SE (China), -1,06%
Nikkei (Japão): -0,48%
Hang Seng Index (Hong Kong): -1,42%
Kospi (Coreia do Sul): -0,33%
ASX 200 (Austrália): -0,32%

Petróleo

Os preços do petróleo sobem mais de US$ 1 na sessão de hoje, com um furacão se aproximando da Costa do Golfo dos EUA enquanto os mercados se recuperaram de uma liquidação após dados de empregos nos EUA mais fracos do que o esperado na sexta-feira.

Petróleo WTI, +1,43%, a US$ 68,64 o barril
Petróleo Brent, +1,37%, a US$ 72,03 o barril

Agenda

Saem hoje nos Estados Unidos os dados do crédito ao consumidor de julho, que funcionarão como uma prévia para os dados mais aguardados do mês: os de inflação ao consumidor (CPI) e ao produtor (PPI), que serão divulgados na quarta e na quinta, respectivamente.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o Ministério da Fazenda avalia elevar tributos que não exigem aval do Congresso Nacional para que sejam ajustados e permitam entrada em vigor de maneira imediata se constatar necessidade de ampliar a arrecadação para fechar as contas deste ano, disseram à Reuters duas fontes da pasta. A medida adicional, segundo as fontes, pode ser apresentada com o relatório bimestral de receitas e despesas, que apontará neste mês se o governo precisa ampliar a arrecadação para cumprir a meta de déficit primário zero em 2024, que tem banda de tolerância de 0,25 ponto percentual do PIB. Na agenda do dia, saem hoje os dados do Boletim Focus do Banco Central.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

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