Índices futuros e bolsas mundiais operam em alta, em semana marcada por decisões sobre os juros nos EUA, Brasil, Inglaterra e Japão

Na Super Quarta (1º), serão anunciadas decisões sobre os juros nos EUA e no Brasil. Por lá, a maioria dos agentes do mercado espera pela manutenção da taxa de juros em 5,5% ao ano, enquanto por aqui a expectativa é de corte de 0,50 p.p. na taxa Selic.
30 de outubro de 2023

Os índices futuros dos Estados Unidos e a maioria das bolsas mundiais operam no campo positivo, nesta manhã de segunda-feira (30), em semana marcada por decisões sobre os juros nos Estados Unidos, Brasil, Japão e Inglaterra.

Nos EUA, a maioria dos agentes do mercado espera pela manutenção da taxa de juros em 5,5% ao ano, na decisão que será anunciada na próxima quarta-feira (1º). No mesmo dia, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central deve anunciar mais um corte de 0,50 ponto percentual na taxa Selic, conforme expectativa do mercado, de 12,75% para 12,25% ao ano.

Além da política monetária, o destaque da semana é o relatório de emprego (payroll) de outubro, com os investidores esperando por alguma desaceleração no mercado de trabalho nos EUA, que permitirá o Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) se sentir confortável em manter a pausa dos juros pelo resto do ano.

Na Ásia, os mercados fecharam mistos, antes da divulgação de importantes dados econômicos da região. As decisões de política monetária do Japão e da Malásia, dados de inflação da Coreia do Sul e PIB (Produto Interno Bruto) de Taiwan e Hong Kong são os destaques da semana.

Diante de tantos dados econômicos importantes, a guerra entre Israel e o Hamas continua no radar dos investidores, mas em segundo plano. Bastante influenciados pelo conflito no Oriente Médio, os preços do petróleo operam com baixa mesmo depois de Israel ter enviado forças terrestres para a Faixa de Gaza.

Brasil

Ibovespa encerrou a sexta-feira (27) em queda de 1,29%, no patamar de 113.301 pontos, acompanhando a aversão ao risco que tomou conta do mercado externo, após a divulgação da inflação ao consumidor dos Estados Unidos. Na semana, o principal índice de ações da B3 acumulou alta de 0,14%.

Nos Estados Unidos, os gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) de setembro subiram 0,3% em relação a agosto e 3,4% na base anual, em linha com as projeções do mercado.

Esse indicador é o mais utilizado pelo Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano) para determinar a política de juros dos Estados Unidos.

O dólar terminou em alta de 0,46%, negociado a R$ 5,0131. A moeda norte-americana teve baixa acumulada de 0,36% na semana.

Europa

As bolsas da Europa operam no azul, com os investidores à espera dos dados de inflação de Espanha e Alemanha.

No campo corporativo, apesar de o HSBC ter reportado um aumento de 235% no lucro após impostos, para US$ 6,26 bilhões no terceiro trimestre, o resultado do maior banco da Europa ficou abaixo do que esperavam analistas.

FTSE 100 (Reino Unido), +0,64%
DAX (Alemanha), +0,32%
CAC 40 (França), +0,23%
FTSE MIB (Itália), +0,37%
STOXX 600, +0,44%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam em alta hoje, com os investidores aguardando a Super Quarta, com decisões sobre os juros nos EUA. A maioria das apostas indica manutenção da taxa no patamar atual, de 5,25% a 5,50% ao ano.

No campo corporativo, são aguardados para esta semana os balanços do terceiro trimestre de Apple, Airbnb, McDonald’s, Moderna, Eli Lilly e outros.

Dow Jones Futuro (EUA), +0,40%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,53%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,68%

Ásia-Pacífico

As bolsas da Ásia fecharam sem direção definida, enquanto investidores aguardam pelas decisões de política monetária do Japão e da Malásia, dados de inflação da Coreia do Sul e números do PIB (Produto Interno Bruto) de Taiwan e Hong Kong.

Shanghai SE (China), +0,12%
Nikkei (Japão), -0,95%
Hang Seng Index (Hong Kong), +0,04%
Kospi (Coreia do Sul), +0,34%
ASX 200 (Austrália), -0,79%

Petróleo

Os preços do petróleo recuam hoje, mesmo depois de Israel ter enviado forças terrestres para a Faixa de Gaza, aumentando as tensões no Oriente Médio, enquanto investidores monitoram de perto a reunião de política monetária dos EUA na quarta-feira (1º).

Petróleo WTI, -1,75%, a US$ 84,04 o barril
Petróleo Brent, -1,54%, a US$ 89,09 o barril

Agenda

Não há dados econômicos relevantes na agenda internacional desta segunda-feira (30).

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, na última sexta-feira, que a meta fiscal de 2024 não precisa ser zero e que o objetivo dificilmente será alcançado, já que o governo não pretende cortar investimentos para atingi-lo. Lula disse ainda que o mercado muitas vezes cobra o cumprimento de algo que sabe que não será cumprido. Em entrevista a jornalistas no Palácio do Planalto, o presidente afirmou que entende a disposição do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), de tentar zerar o déficit fiscal no próximo ano, mas fez uma série de ponderações em relação à meta. “Nós dificilmente chegaremos à meta zero, até porque não quero fazer cortes em investimentos de obras”, disse Lula. Na seara econômica, saem hoje o IGP-M de outubro e o Boletim Focus do Banco Central, com previsões do mercado financeiro.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias, InfoMoney e Bloomberg

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