Índices futuros e bolsas mundiais em movimento de baixa com perspectivas de aumentos de juros nos EUA

No Brasil, a Câmara dos Deputados aprovou em sessão que varou a madrugada, em dois turnos, o texto-base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que trata da reforma tributária dos impostos sobre o consumo.
7 de julho de 2023

A maioria dos mercados mundiais acompanha o movimento da véspera e segue em movimento negativo hoje (7), diante da perspectiva de novos aumentos de juros nos Estados Unidos com a divulgação de dados do mercado de trabalho mais fortes do que o esperado. Os índices futuros e as bolsas seguem nesse movimento com os investidores à espera de mais dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos nesta sexta-feira.

Ontem (6), o S&P 500 caiu 0,79%, o Nasdaq teve baixa de 0,82% e o Dow Jones encerrou com queda de 1,07%.

O setor privado americano adicionou quase meio milhão de novos empregos em junho, a maior quantidade em um ano, segundo o relatório ADP. O número foi mais que o dobro das projeções de economistas, gerando preocupações sobre os próximos passos do Fed  (Federal Reserve, o Banco Central dos EUA) na condução da política monetária.

Para hoje, é aguardado o relatório payroll do mês de junho. O consenso Refinitiv prevê que o numero de postos de trabalho fique em 225 mil, uma queda em relação ao ganho de 339 mil postos de trabalho em maio.

No Brasil, a Câmara dos Deputados aprovou, em dois turnos, o texto-base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que trata da reforma tributária dos impostos sobre o consumo.

Brasil

O Ibovespa fechou o pregão de quinta-feira (6) em queda com investidores acompanhando de perto os desdobramentos da reforma tributária. Os sinais sobre juros dadas pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) na véspera também continuaram no radar. O principal índice da Bolsa brasileira recuou 1,78%, aos 117.426 pontos.

Segundo analistas do mercado financeiro, as atenções no Brasil continuam voltadas para o andamento de pautas como votação do texto do arcabouço fiscal (que voltou do Senado) na Câmara e as definições sobre a reforma tributária.

Nas negociações do dia do Ibovespa, o dólar subiu de 1,64% frente ao real, cotado a R$ 4,929 na compra e a R$ 4,93 na venda.

Europa

As bolsas da Europa operam sem direção única na sessão de hoje, após quedas acentuadas na sessão anterior. As ações de utilidade pública registraram as maiores perdas, com queda de 1,5%, enquanto as ações de mineração subiram 0,7%.

FTSE 100 (Reino Unido), -0,23%
DAX (Alemanha), +0,08%
CAC 40 (França), +0,19%
FTSE MIB (Itália), +0,23%
STOXX 600, -0,06%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA têm leve queda nesta manhã, dando continuidade ao movimento de perda registrado ontem, quando a abertura de vagas de empregos privados ADP subiu bem acima do esperado por analistas.

Agora, os agentes do mercado prospectam como esses dados devem impactar as próximas decisões do Fed, o banco central dos Estados Unidos. Os traders agora preveem 91% de chance de a autoridade monetária elevar os juros em sua reunião de julho, de acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group.

Dow Jones Futuro (EUA), -0,06%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,06%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,12%

Ásia

As bolsas da Ásia fecharam em baixa generalizada pelo segundo dia consecutivo, após a divulgação de dados de emprego mais fortes do que o esperado nos Estados Unidos, o que mostra uma economia aquecida, a possibilidade de pressões inflacionárias e, consequentemente, deixando espaço para mais aumentos de juros pelo Fed.

Das notícias da região, a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, está em Pequim para uma viagem de quatro dias para se encontrar com autoridades chinesas, em mais uma tentativa de aproximação entre as duas maiores economias do mundo.

No Japão, os salários médios nominais do Japão subiram 2,5% em relação ao ano anterior no mês de maio, acima do aumento revisado de 0,8% visto no mês anterior e marcando o terceiro mês consecutivo de aceleração nos aumentos.

Enquanto os ganhos mensais médios totais do Japão em todos os setores subiram, os gastos das famílias caíram 4% em relação ao ano anterior, marcando o terceiro mês consecutivo de contração.

Shanghai SE (China), -0,28%
Nikkei (Japão), -1,17%
Hang Seng Index (Hong Kong), -0,90%
Kospi (Coreia do Sul), -0,90%
ASX 200 (Austrália), -1,69%

Petróleo

Os preços do petróleo operam com leves ganhos e caminham para registrar altas semanais, já que os temores de taxas de juros mais altas nos EUA que poderiam diminuir a demanda por energia foram compensados ​​por sinais de oferta mais restrita após uma queda maior do que o esperado nos estoques de petróleo dos EUA.

Petróleo WTI, +0,14%, a US$ 71,90 o barril
Petróleo Brent, +0,13%, a US$ 76,62 o barril

Agenda

Nos Estados Unidos, a semana termina com a divulgação do payroll do mês de junho. A previsão é que o número de postos de trabalho fique em 225 mil, desacelerando em relação aos 339 mil de maio. A taxa de desemprego deve permanecer em 3,6%.

Por aqui, no Brasil, no campo político, a Câmara dos Deputados aprovou, em dois turnos, o texto-base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que trata da reforma tributária dos impostos sobre o consumo. Os parlamentares se debruçam hoje na análise de destaques apresentados pelas bancadas partidárias, com sugestões para modificação da versão do texto aprovado. Na seara econômica, será divulgado o índice IGP-DI de junho.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

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