Em dia de agenda fraca de indicadores, índices futuros dos EUA e bolsas mundiais operam no negativo

Na quinta-feira (11), serão divulgados os dados de inflação oficial nos Estados Unidos e no Brasil.
8 de janeiro de 2024

Os índices futuros dos Estados Unidos e as bolsas mundiais operam em trajetória negativa, nesta manhã de segunda-feira (8), em semana marcada por dados de inflação nos Estados Unidos e no Brasil.

Em dia de agenda de indicadores fraca, tanto aqui como no exterior, os investidores estão na expectativa de divulgação do principal indicador econômico da semana, o índice de preços ao consumidor, que será divulgado nos EUA na quinta-feira (11) e deve mostrar se os esforços do Fed (Federal Reserve) na condução da política monetária para conter a inflação estão funcionando.

Dados divulgados recentemente, como os do mercado de trabalho, ainda mostram uma economia resiliente, o que joga dúvidas sobre quando e em qual ritmo a autoridade monetária começará a cortar os juros.

No campo político, ontem (7), líderes do Congresso norte-americano anunciaram um acordo que estabelece US$ 1,59 trilhão em despesas orçamentárias, a fim de evitar uma potencial paralisação do governo.

No âmbito corporativo, começa na sexta-feira (12) a temporada de resultados corporativos, com a divulgação de resultados de bancões, como Bank of America , Citigroup , JPMorgan e Wells Fargo.

Na Europa, as principais bolsas operam em baixa nesta manhã, dando sequência ao sentimento negativo dos últimos dias.

Na Ásia, a bolsa de Hong Kong liderou as perdas na região, seguido pelas ações da China, que caíram depois que o conglomerado bancário Zhongzhi Enterprise Group entrou com pedido de falência na sexta-feira.

Por aqui, com a agenda do dia esvaziada de indicadores, todas as atenções estão voltadas para os atos que marcam o 1 ano da tentativa de golpe no país, em 8 de janeiro de 2023.

Na quinta-feira, será divulgado o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de dezembro, com expectativa de alta de 0,50% em relação a novembro, chegando a 4,6% na base anual.

Brasil

Ibovespa fechou a sessão de sexta-feira (5) com alta de 0,61%, aos 132.022 pontos. Mas, no fechamento da semana, o principal indicador da bolsa brasileira acumula baixa de 1,61%.

No Brasil, os investidores acompanharam basicamente o ritmo das bolsas de Nova York. Por lá, foram divulgados importantes indicadores macroeconômicos que ditaram os negócios.

O relatório de emprego mais importante do país, o payroll, reportou abertura de postos de trabalho maior do que o esperado para dezembro. Foram criadas 216 mil vagas, enquanto os analistas estimavam a criação de 170 mil. Já a taxa de desemprego ficou em estável em 3,7%.

Já o dólar encerrou o dia a R$ 4,8722, com queda de 0,73% no mercado à vista. Na semana, porém, a moeda norte-americana avançou 1,02%.

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam em baixa, nesta manhã de segunda-feira, depois que os principais índices iniciaram 2024 no vermelho.

Nesta semana, os investidores estão atentos aos dados de inflação e aos lucros dos grandes bancos que serão divulgados ao longo da semana, que poderão ser balizadores do futuro da condução da política monetária pelo Fed (Federal Reserve).

Dow Jones Futuro (EUA), -0,34%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,11%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,21%

Europa

As bolsas da Europa operam em baixa hoje, dando continuidade ao sentimento negativo na primeira semana do ano. O Stoxx 600 caiu 0,1% nos primeiros negócios, com a maioria dos setores negociando em território negativo.

As ações de petróleo e gás foram as que mais ficaram para trás, caindo 1,3%, depois que a Arábia Saudita anunciou cortes de preços para clientes na Ásia. Enquanto isso, as ações de mídia subiram 0,2%.

FTSE 100 (Reino Unido), -0,21%
DAX (Alemanha), +0,10%
CAC 40 (França), -0,04%
FTSE MIB (Itália), -0,10%
STOXX 600, -0,12%

Ásia

As bolsas da Ásia fecharam majoritariamente em baixa nesta segunda-feira, com a piora do sentimento após um grande conglomerado financeiro chinês pedir falência.

Na semana passada, o Zhongzhi Enterprise Group, um “shadow bank” (banco paralelo) que fornecia empréstimos ao setor imobiliário chinês, teve pedido de falência e liquidação aceito por um tribunal de Pequim.

Além disso, um grande executivo da subsidiária de veículos elétricos da problemática incorporadora China Evergrande foi preso sob suspeita de “crimes” não especificados. Em Tóquio, a bolsa não operou hoje devido a um feriado no Japão.

Shanghai SE (China), -1,42%
Nikkei (Japão), fechado por feriado
Hang Seng Index (Hong Kong), -1,88%
Kospi (Coreia do Sul), -0,40%
ASX 200 (Austrália), -0,50%

Petróleo

Os preços do petróleo voltaram a cair depois que a Arábia Saudita reduziu os preços para mínimos de 27 meses, e um aumento na produção da OPEP (Organização de Países Exportadores de Petróleo), compensando o risco de interrupções no fornecimento no Mar Vermelho.

Petróleo WTI, -0,93%, a US$ 73,12 o barril
Petróleo Brent, -0,89%, a US$ 78,06 o barril

Agenda

Nos EUA, saem hoje a expectativa mensal de inflação ao consumidor. É aguardado também o discurso do presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, um ano após os atos golpistas, dos mais de 2 mil detidos durante a invasão, 66 investigados continuam presos pela incitação, financiamento e execução dos atos. Os dados foram levantados pelo gabinete do ministro Alexandre de Moraes, relator das investigações. Os demais investigados foram soltos e tiveram a prisão substituída por medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica, proibição de sair do país, suspensão de autorizações de porte de arma e de certificados de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC), entrega do passaporte e apresentação semanal à Justiça. Haverá um ato em Brasília para marcar a data. Na seara econômica, sai o Boletim Focus do Banco Central.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias, InfoMoney e Bloomberg
 

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