Os índices futuros dos Estados Unidos e a maioria das bolsas mundiais operam em trajetória negativa, nesta manhã de terça-feira (15), com investidores repercutindo uma série de dados econômicos, mas principalmente os da China, que vieram abaixo das expectativas, mostrando que tem sido tortuosa a retomada econômica da segunda maior economia do mundo, após o fim da política de Covid Zero.
O Banco Popular da China surpreendeu o mercado e cortou a taxa de seus empréstimos de um ano para 2,5% hoje, a fim de tentar fortalecer a economia. O anúncio foi feito pouco antes de o país apresentar novos dados decepcionantes da atividade econômica em julho, com desaceleração da produção industrial (2,5%) e do investimento (3,4%) e aumento da taxa de desemprego (5,3%).
Por outro lado, os mercados ainda repercutem hoje dados da economia do Japão, que expandiu a um ritmo anualizado de +6% no segundo trimestre, representando a maior expansão desde o último trimestre de 2020 e consideravelmente acima da previsão média (+2,9%).
O bom resultado da economia japonesa foi impulsionado pelo aumento das exportações em +1,8%, que compensaram o baixo investimento e consumo interno.
Também está no radar dos investidores a divulgação da ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), realizada em 25 e 26 de julho, amanhã (16). O documento poderá emitir sinais dos próximos passos da autoridade monetária na condução da política de juros.
Nos Estados Unidos, investidores também aguardam a divulgação das vendas do varejo hoje. O consenso Refinitiv prevê uma variação de 0,3% do indicador em relação a junho.
No Brasil, é aguardada para hoje a divulgação da taxa de desemprego medida pela Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua do segundo trimestre.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de segunda-feira (14) em queda, emendando o 10º pregão consecutivo de perdas. O principal índice da Bolsa brasileira recuou 1,06%, aos 116.810 pontos, no menor patamar desde o final de junho.
Segundo analistas do mercado financeiro, os investidores repercutiram a divulgação do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado a “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB), que subiu 0,43% no segundo trimestre deste ano, o que representa uma forte desaceleração em relação ao primeiro trimestre (2,21%). Os dados ainda apontam para um avanço de 0,63% em junho em relação a maio e de 2,10% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Nas negociações do dia do Ibovespa, o dólar ganhou alta de 1,25% frente ao real, subindo para R$ 4,965 na compra e a R$ 4,966 na venda.
Europa
As bolsas da Europa operam sem direção única, com investidores avaliando o crescimento dos salários no Reino Unido, que aumentara, 7,8% em julho em relação ao mesmo período do ano passado. O percentual representa a maior taxa de crescimento anual desde 2001.
Os investidores também repercutem a decisão do banco central da Rússia, que elevou as taxas de juros em 350 pontos-base, para 12%, em uma reunião de emergência, enquanto Moscou procura estabilizar a rápida queda do rublo, moeda do país.
FTSE 100 (Reino Unido), -1,09%
DAX (Alemanha), -0,57%
CAC 40 (França), -0,73%
FTSE MIB (Itália), +0,57%
STOXX 600, -0,65%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA registram perdas na manhã desta terça-feira (15), véspera da ata do Fomc, com agentes do mercado à espera das vendas do varejo americano, que serão divulgadas hoje.
Dow Jones Futuro (EUA), -0,41%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,34%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,27%
Ásia
Os mercados asiáticos fecharam mistos, com os investidores repercutindo os dados econômicos da China e do Japão.
Na China, o Banco Popular surpreendeu o mercado e cortou a taxa de seus empréstimos de um ano para 2,5% nesta terça-feira, para buscar fortalecer a economia. Na sequência, o país apresentou novos dados decepcionantes da atividade econômica em julho, com desaceleração da produção industrial (2,5%) e do investimento (3,4%), e aumento da taxa de desemprego (5,3%).
Já a economia japonesa expandiu a um ritmo anualizado de +6% no segundo trimestre, representando a maior expansão desde o último trimestre de 2020 e consideravelmente acima da previsão média (+2,9%), impulsionada pelo aumento das exportações em +1,8%, que compensaram o baixo investimento e consumo interno.
Shanghai SE (China), -0,07%
Nikkei (Japão), +0,56%
Hang Seng Index (Hong Kong), -1,03%
Kospi (Coreia do Sul), -0,79%
ASX 200 (Austrália), +0,38%
Petróleo
Os preços do petróleo operam com leve baixa, devido às preocupações com a recuperação econômica hesitante da China.
Petróleo WTI, -0,18%, a US$ 82,36 o barril
Petróleo Brent, -0,09%, a US$ 86,13 o barril
Agenda
Nos Estados Unidos, a agenda desta terça-feira traz as vendas do varejo. O consenso Refinitiv prevê uma variação de 0,3% do indicador em relação a junho. Também é esperado os dados da confiança do construtor de agosto.
Por aqui, no Brasil, na seara política, a Câmara dos Deputados quer que o governo faça um ajuste no novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), divulgado na sexta-feira passada (11), para incluir na lista de projetos as obras que são de interesse dos parlamentares. Essa é a contrapartida para que parte dos recursos das emendas seja direcionada ao programa de infraestrutura, que é uma das bandeiras da gestão do presidente Lula. Com Orçamento apertado, o governo cobiça as emendas parlamentares para conseguir viabilizar o PAC. No âmbito econômico, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga hoje a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua trimestral.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias