Índices futuros dos EUA e bolsas da Europa operam no negativo, com investidores repercutindo dados fracos da China

Por aqui, sai a inflação de maio medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). O consenso Refinitiv prevê alta de 0,33% na base mensal e de 4,04% na base anual
7 de junho de 2023

Os índices futuros dos Estados Unidos e as bolsas da Europa operam no negativo nesta manhã de quarta-feira (7), enquanto os mercados asiáticos fecharam mistos, com os investidores contabilizando dados mais fracos da China e o esforço diplomático de reaproximação entre Washington e Pequim.

A expectativa por mais estímulos econômicos na China ganhou força após o país anunciar queda das exportações (-7,5%) em maio mais intensa do que o previsto (-1,8%), em relação ao mesmo período do ano anterior. Já o recuo das importações foi mais suave (-4,5%) do que o estimado (-8%), resultando em um saldo de US$ 66 bilhões.

Nos EUA, ainda nesta manhã serão divulgados os dados da balança comercial antes da abertura dos mercados, com consenso Refinitiv projetando um déficit US$ 75,2 bilhões.

No âmbito geopolítico, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, visitará a China nas próximas semanas e poderá encontrar o presidente Xi Jinping para retomar a comunicação de alto nível com Pequim, num cenário de aumento contínuo de tensões entre os dois países.

Do lado corporativo, Jane Fraser, CEO do Citigroup, chega a Pequim nesta semana, poucos dias após a visita feita pelo CEO do JPMorgan, Jamie Dimon.

No Brasil, nesta véspera de feriado prolongado de Corpus Christi, sai a inflação de maio medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). O consenso Refinitiv prevê alta de 0,33% na base mensal e de 4,04% na base anual.

Brasil

O Ibovespa fechou o pregão de terça-feira (6) em alta, com investidores na expectativa pela apresentação do relatório preliminar da reforma tributária e com o exterior mais ameno. O cenário de juros no Brasil e nos Estados Unidos também ficou no radar. O principal índice da Bolsa brasileira avançou 1,70%, aos 114.610 pontos.

Segundo analistas do mercado financeiro, as atenções no Brasil estão voltadas ao cenário político e econômico. Economistas destacam que, no caso da reforma tributária, é esperado que o principal ponto do texto seja a criação do Imposto sobre Valor Agregado (IVA).

Nas negociações do dia no Ibovespa, o dólar caiu 0,37% frente ao real, cotado a R$ 4,912 na compra e na venda.

Europa

As bolsas da Europa operam no campo negativo, repercutindo os dados da China e, também, desempenhos corporativos. O destaque dos mercados é o grupo imobiliário sueco SBB, que sobe 9% em meio à turbulência no preço de suas ações continuando depois que seu CEO afirmou que estava deixando o cargo.

No ano passado, a empresa despencou mais de 70% e, recentemente, confirmou que está explorando opções, incluindo uma venda.

Já a companhia de telecomunicações Vodafone deve confirmar os detalhes finais da fusão de suas operações britânicas com a CK Hutchison Holdings, de Hong Kong, nesta semana ou no início da próxima.

FTSE 100 (Reino Unido), -0,01%
DAX (Alemanha), -0,40%
CAC 40 (França), -0,35%
FTSE MIB (Itália), -0,77%
STOXX 600, -0,18%

Estados Unidos

Os índices futuros de Nova York e rendimentos do Tesouro dos EUA caem nesta manhã de quarta-feira, com investidores avaliando se o Fed (Federal Reserve) fará uma pausa ou continuará sua campanha de aumento de juros.

A próxima decisão de política monetária do banco central está prevista para a próxima quarta-feira (14).

Dow Jones Futuro (EUA), -0,12%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,09%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,20%

Ásia-Pacífico

Os mercados asiáticos fecharam sem direção definida, com investidores da região olhando para os dados comerciais da China em maio e um discurso do governador do Reserve Bank of Australia, Philip Lowe, um dia depois que o banco central australiano elevou a taxa de juros de referência para o nível mais alto em 11 anos.

Os dados comerciais da China decepcionaram as previsões, com exportações menores em maio que o projetado por analistas. O superávit comercial do país no mês passado foi de US$ 65,81 bilhões, queda de 16,1%.

O PIB (Produto Interno Bruto) da Austrália no primeiro trimestre cresceu 2,3% em relação ao ano anterior, um pouco abaixo das expectativas dos analistas. Esta foi a taxa de crescimento mais lenta em 18 meses desde que o país emergiu de um bloqueio do Covid-19 em setembro de 2021.

Shanghai SE (China), +0,08%
Nikkei (Japão), -1,82%
Hang Seng Index (Hong Kong), +0,80%
Kospi (Coreia do Sul), +0,01%
ASX 200 (Austrália), -0,16%

Petróleo

As cotações do petróleo operam perto da estabilidade, em meio a preocupações com a demanda pela commodity devido ao lento crescimento econômico global compensadas. Há temores de uma oferta global mais restrita após a promessa da Arábia Saudita de aprofundar os cortes na produção.

Petróleo WTI, +0,06%, a US$ 71,77 o barril
Petróleo Brent, +0,03%, a US$ 76,31 o barril

Agenda

Nos Estados Unidos, será divulgada a balança comercial de abril. O consenso Refinitiv projeta um déficit US$ 75,2 bilhões.

Por aqui, no Brasil, no campo político, a Câmara dos Deputados pretende votar a reforma tributária antes de entrar em recesso, disse ontem (6) o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), relator da proposta na Casa. Segundo ele, a ideia é votar em plenário a primeira fase da reforma, que pretende simplificar a tributação sobre o consumo, na primeira semana de julho. Na seara econômica, sai a inflação de maio medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). O consenso Refinitiv prevê alta de 0,33% na base mensal e de 4,04% na base anual.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

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