Os índices futuros de Nova York estão operando em alta na manhã desta terça-feira (23), diante das expectativas de que o Fed (Federal Reserve) manterá sua política agressiva de aumento de juros para controlar a inflação alta. Por sua vez, as bolsas europeias operam mistas em consequência das notícias de reajuste em 13% para cima do preço do gás na União Europeia.
Do outro lado do mundo, as bolsas asiáticas fecharam em baixa, também preocupadas com a política monetária do Fed, em semana de expectativa com a reunião de dirigentes do banco central americano no Wyoming, a partir de quinta-feira (25).
A Rússia disse que interromperá o fornecimento de gás para a Europa por três dias no final do mês para realizar uma manutenção não programada em seu principal gasoduto, o Nord Stream 1. Além disso, mexeram com as bolsas europeias as leituras do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de agosto da zona do euro, que mostraram que a atividade comercial se contraiu pelo segundo mês consecutivo.
O euro caiu abaixo da paridade com o dólar para atingir uma baixa de duas décadas e estava sendo negociado a cerca de US$ 0,9915 pouco antes da abertura dos mercados na Europa.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de segunda-feira (22) em nova queda, em meio a preocupações com a crise do gás na Europa, que derrubou o euro de novo abaixo da paridade ante a divisa dos Estados Unidos. O principal índice da Bolsa brasileira caiu 0,89%, a 110.501 pontos.
Segundo analistas do mercado financeiro, a economia do continente europeu sofre com o aumento dos preços da energia. Ontem, na abertura do mercado de lá, o euro voltou a ser negociado abaixo de US$ 1 por alguns minutos. Os investidores vivem também, no mercado externo, a expectativa de um novo aumento pelo Fed (Federal Reserve, banco central americano) da taxa de juros dos Estados Unidos para conter a inflação. Por fim, no exterior, o mercado também está de olho na China, que voltou a cortar taxas de juros.
O dólar fechou estável frente ao real, a R$ 5,166 na compra e a R$ 5,167 na venda, com uma leve variação negativa de 0,03%.
Europa
As bolsas europeias operam mistas nesta manhã, com investidores digerindo um aumento nos preços do petróleo e do gás, além de novos dados econômicos da zona do euro.
Os investidores estão digerindo as leituras do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de agosto da zona do euro, que mostrou que a atividade comercial se contraiu pelo segundo mês consecutivo: de 49,9 em julho para 49,2 em agosto.
FTSE 100 (Reino Unido), -0,43%
DAX (Alemanha), +0,25%
CAC 40 (França), +0,17%
FTSE MIB (Itália), +0,75%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam em alta, depois de um dia de baixas dos índices à vista, diante das preocupações crescentes com aumento da taxa de juros dos EUA para controlar a inflação americana.
Os investidores esperam pela fala de Jerome Powell, presidente do Fed, em Jackson Hole (Wyoming) no fim desta semana, que pode dar as indicações dos caminhos que o Fed seguirá para conduzir a política monetária norte-americana.
Dow Jones Futuro (EUA), +0,18%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,19%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,25%
Ásia
Os mercados asiáticos encerraram a sessão em baixa, um dia depois que as bolsas americanas tiveram seu pior dia desde junho, em meio a temores com a elevação de juros.
Entre os indicadores, o índice de preços ao consumidor de Cingapura subiu para 7% em relação ao ano anterior, o nível mais alto em 14 anos, com o aumento dos preços de alimentos, eletricidade e gás.
Shanghai SE (China), -0,05%
Nikkei (Japão), -1,19%
Hang Seng Index (Hong Kong), -0,78%
Kospi (Coreia do Sul), -1,10%
Petróleo
As cotações do petróleo avançam na sessão de hoje, depois que a Arábia Saudita alertou que a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) poderia cortar a produção da commodity para corrigir uma queda recente nos futuros de petróleo.
Petróleo WTI, +1,54%, a US$ 91,75 o barril
Petróleo Brent, +1,24%, a US$ 97,68 o barril
Agenda
Nos EUA, está prevista a divulgação dos índices de gerentes de compras (PMIs) e números de vendas de imóveis novos, indicador que tem se deteriorado nos últimos meses.
Por aqui, no Brasil, dia de agenda esvaziada no âmbito econômico, o foco dos investidores deve se voltar para as eleições, repercutindo a entrevista do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Jornal Nacional na noite de ontem (22).
Redação ICL Economia
Com informações das agências