Os índices futuros dos EUA operam sem direção única nesta quinta-feira (4), dia de baixa liquidez nos mercados devido ao feriado do Dia da Independência nos Estados Unidos. O S&P 500 e o Nasdaq fecharam com novos recordes ontem (3) na sessão mais curta devido ao feriado de hoje.
Na véspera, dados mostraram que o setor de serviços americano contraiu no ritmo mais rápido em quatro anos, e a pesquisa ADP mostrou mais sinais de enfraquecimento do mercado de trabalho, reavivando a possibilidade de cortes de taxas de juros em setembro.
Para amanhã, os agentes aguarda pela divulgação do payroll (folha de pagamentos), que dará dados mais concretos sobre o mercado de trabalho estadunidense.
Ainda nos Estados Unidos, o acalorado debate em Washington sobre se o presidente Joe Biden desistirá de sua candidatura à reeleição está se espalhando para Wall Street, com traders recalibrando portfólios para ativos que seriam impactados pelo retorno de Donald Trump ao cargo.
Na Europa, as ações avançam com eleições no radar e em meio ao otimismo sobre a possibilidade de cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve.
Além disso, por lá, está no radar dos investidores as eleições do Reino Unido e ata de política monetária do BCE (Banco Central Europeu) em foco. As urnas estarão abertas das 7h às 22h, horário local. Pesquisas eleitorais apontaram para uma vitória significativa do Partido Trabalhista de centro-esquerda.
No Brasil, o Rio de Janeiro será sede da nova bolsa de valores no Brasil, operada pela ATG, que visa ampliar a competição e baratear o mercado financeiro do país. A expectativa é de que a futura bolsa entre em operação no fim de 2025.
O grupo de trabalho da regulamentação da reforma tributária apresentará nesta quinta-feira (4) o primeiro parecer preliminar. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, pretende votar o texto na próxima semana.
Na frente de dados, saem os dados da balança comercial a partir das 15h.
Brasil
O Ibovespa teve mais um dia de recuperação ampla ontem (3), fechando com alta de 0,70%, aos 125.661,89 pontos.
Sem indicadores relevantes na agenda, o mercado repercutiu notícias externas e por aqui.
Falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ajudaram a acalmar o mercado e a baixar o dólar, na esteira de um movimento global.
“Aqui nesse governo a gente aplica dinheiro necessário, gasto com educação e saúde quando é necessário, mas a gente não joga dinheiro fora. Responsabilidade fiscal não é palavra, é compromisso desse governo desde 2003 e a gente manterá ele à risca”, disse Lula, em discurso no lançamento do Plano Safra Agricultura Familiar, no Palácio do Planalto.
Por sua vez, Haddad que “a diretoria tem autonomia para atuar quando entender que for conveniente, não existe outra orientação. A minha análise é que o câmbio vai acomodar, diante de tudo que estamos fazendo e entregando”.
O dólar registrou queda de 1,72% e voltou aos R$ 5,568.
Europa
As bolsas europeias operam no campo positivo, com as eleições do Reino Unido e ata de política monetária do BCE (Banco Central Europeu) em foco. As urnas estarão abertas das 7h às 22h, horário local. Pesquisas eleitorais apontaram para uma vitória significativa do Partido Trabalhista de centro-esquerda.
FTSE 100 (Reino Unido): +0,70%
DAX (Alemanha): +0,36%
CAC 40 (França): +0,79%
FTSE MIB (Itália): +0,69%
STOXX 600: +0,59%
Estados Unidos
Em dia de liquidez mais baixa, os índices futuros operam mistos, com o relatório de empregos (payroll) dos EUA, que será divulgado nesta sexta-feira (5), no radar dos investidores.
Economistas antecipam uma geração de 190 mil empregos em junho — menos do que no mês anterior — com a taxa de desemprego se mantendo em 4%.
Dow Jones Futuro: +0,20%
S&P 500 Futuro: +0,07%
Nasdaq Futuro: -0,05%
Ásia
As bolsas asiáticas fecharam sem direção única, à medida que os índices acionários do Japão e de Taiwan renovaram máximas históricas e as chinesas estenderam perdas recentes.
Shanghai SE (China), -0,83%
Nikkei (Japão): +0,82%
Hang Seng Index (Hong Kong): +0,28%
Kospi (Coreia do Sul): +1,11%
ASX 200 (Austrália): +1,19%
Petróleo
Os preços do petróleo operam com baixa, depois que dados de emprego e atividade empresarial dos EUA foram mais fracos do que o esperado, em sinais de que a economia pode estar esfriando no maior consumidor de petróleo do mundo.
Petróleo WTI, -0,54%, a US$ 83,43 o barril
Petróleo Brent, -0,46%, a US$ 86,94 o barril
Agenda
Agenda internacional esvaziada hoje.
Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que o primeiro projeto de regulamentação da reforma tributária deve ir para votação no plenário na semana que vem. De acordo com Lira, o grupo de trabalho sobre a regulamentação da lei geral da reforma apresentará o relatório na manhã desta quinta-feira (4). Lira afirmou que a coletiva de apresentação será “longa” e que, nos dias seguintes, os deputados poderão discutir alterações. “Nós vamos deixar quinta, sexta, sábado e domingo, segunda, terça, para, provavelmente, na quarta ou quinta que vem, nós fazermos a votação no plenário da Casa”, disse. Na seara de indicadores, saem hoje os dados da balança comercial.
Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg