Índices futuros de Nova York operam no negativo, com investidores à espera da inflação ao consumidor dos EUA

Por aqui, o destaque da agenda de indicadores de hoje é a Pesquisa Mensal de Serviços, que será divulgada pelo IBGE.
11 de setembro de 2024

Os mercados mundiais operam em direções distintas, nesta manhã de quarta-feira (11). Enquanto os índices futuros estão no negativo, as bolsas europeias operam majoritariamente em alta. Já os mercados asiáticos fecharam em baixa. Nos Estados Unidos, os investidores aguardam, para hoje, a divulgação do índice preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês).

Enquanto isso, digerem o debate entre a vice-presidente Kamala Harris e o ex-presidente Donald Trump. O site PredictIt mostrou que a probabilidade de vitória de Harris subiu após o debate, de 53% para 56%.

Já a inflação ao consumidor pode oferecer pistas sobre o caminho que será escolhido pelo Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) na reunião da próxima semana. O mercado precifica uma chance de 69% de um corte de taxa de 25 pontos-base e uma probabilidade de 31% de uma redução de 50 pontos-base, de acordo com a ferramenta FedWatch da CME.

O fato é que os agentes estão apreensivos sobre a possibilidade de o Fed ter esperado demais para aliviar a política monetária.

Na Ásia, pela primeira vez em mais de 40 anos, o governo e o legislativo da China devem elevar as idades de aposentadoria no país para trabalhadores urbanos, atualmente em 60 anos para homens e entre 50 e 55 anos para mulheres, diante da redução da força de trabalho.

Por aqui, o destaque da agenda de indicadores de hoje é a Pesquisa Mensal de Serviços, que será divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Brasil

Depois da leve alta na antevéspera, o Ibovespa voltou a fechar no negativo ontem (10), com perda de 0,31%, aos 134.319,58 pontos (-417,63 pontos).

Vale e Petrobras puxaram o principal indicador da Bolsa brasileira para baixo. A mineradora (VALE3) perdeu 1,20%, com o minério de ferro caindo na China diante da perspectiva de demanda fraca. A Petrobras (PETR4), por sua vez, perdeu 1,66%, com o petróleo indo ao menor valor no mercado internacional desde dezembro de 2021, após a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) cortar mais uma vez as projeções de crescimento da demanda.

O dólar comercial, por sua vez, acelerou 1,31%, a R$ 5,65.

Europa

As bolsas europeias operam no campo positivo, com investidores à espera dos dados de inflação nos EUA para balizarem as apostas sobre a decisão sobre os juros pelo Fed, o banco central dos EUA, na semana que vem.

Amanhã (12), o BCE (Banco Central Europeu) divulga a decisão sobre os juros.

FTSE 100 (Reino Unido): -0,14%
DAX (Alemanha): +0,28%
CAC 40 (França): +0,15%
FTSE MIB (Itália): +0,16%
STOXX 600: +0,18%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA caem hoje, enquanto analistas ouvidos ​​pela Dow Jones esperam que o CPI tenha subido 0,2% em relação ao mês anterior e 2,6% em relação ao ano anterior. Amanhã será divulgada a inflação ao produtor (PPI, na sigla em inglês).

Dow Jones Futuro: -0,39%
S&P 500 Futuro: -0,35%
Nasdaq Futuro: -0,43%

Ásia

As bolsas asiáticas fecharam em queda generalizada, com o Nikkei, do Japão, liderando as perdas. A pesquisa Reuters Tankan, que mede todos os meses o sentimento empresarial no Japão, mostrou que a confiança empresarial em grandes fabricantes caiu em setembro.

Em outra frente, Junko Nakagawa, membro do conselho do Banco do Japão, disse ontem que a autoridade monetária japonesa continuaria a aumentar as taxas de juros se a economia e a inflação se alinhassem com as previsões do banco.

Shanghai SE (China), -0,82%
Nikkei (Japão): -1,49%
Hang Seng Index (Hong Kong): -0,73%
Kospi (Coreia do Sul): -0,40%
ASX 200 (Austrália): -0,30%

Petróleo

Os preços do petróleo operam em alta com o aumento das preocupações com a tempestade tropical Francine, que chegou aos Estados Unidos ontem e pode interromper o fornecimento de petróleo, na avaliação de analistas.

Petróleo WTI, +1,10%, a US$ 66,85 o barril
Petróleo Brent, +1,52%, a US$ 70,24 o barril

Agenda

Nos EUA, sai hoje o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês).

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou ontem que vai encaminhar ao Congresso Nacional uma medida provisória que cria o estatuto jurídico da Emergência Climática e afirmou que pretende implementar a Autoridade Climática anunciada no início de seu governo. “Encaminharei ao Congresso uma medida provisória criando o estatuto jurídico da Emergência Climática, para acelerar políticas públicas de enfrentamento aos extremos climáticos. Estabeleceremos uma Autoridade Climática e um comitê técnico científico que dê suporte as ações do governo federal”, disse o presidente em uma publicação na rede social Bluesky. Na seara de indicadores, sai hoje a Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

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