Os índices futuros dos EUA estão operando em alta na manhã de quinta-feira (11), um dia após a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de julho, que veio abaixo do esperado. A expectativa do mercado era de que a inflação ao consumidor ficasse em 8,7%, mas os dados confirmaram um indicador em 8,5% no acumulado de 12 meses encerrados em julho. Em junho, a inflação acumulada em 12 meses havia ficado em 9,1%. Enquanto isso, na Europa, os mercados operam sem direção definida.
Agora, analistas ficarão observando se o Fed (Federal Reserve) manterá o ciclo de alta agressiva da taxa de juros da economia americana na reunião de setembro, com o objetivo de poder controlar a inflação.
Nesta quinta também será divulgado outro dado importante nos EUA: o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês).
Do outro lado do mundo, a maioria dos mercados asiáticos também fecharam em alta, seguindo o movimento das bolsas norte-americanas.
Brasil
Seguindo o movimento das bolsas norte-americanas, o Ibovespa fechou o pregão de quarta-feira (10) em alta, com investidores avaliando os dados sobre a inflação nos EUA em julho, que vieram abaixo do esperado. O principal índice da Bolsa brasileira subiu 1,46%, aos 110.236 pontos.
Além disso, mexeu com algumas ações negociadas na bolsa brasileira os dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) ontem, dando conta de que a atividade do comércio brasileiro recuou 1,4% em junho.
Apesar disso, o foco dos investidores permaneceu voltado à inflação ao consumidor norte-americano, que veio abaixo (8,5%) do que esperava o mercado (8,7%).
O dólar comercial fechou em queda de 0,87% frente ao real, cotado a R$ 5,084 na compra e a R$ 5,085 na venda.
Europa
Os mercados europeus operam sem direção definida nesta quinta-feira. Os investidores monitoram os dados da economia norte-americana além de uma série de resultados corporativos da Europa.
FTSE 100 (Reino Unido), -0,10%
DAX (Alemanha), -0,14%
CAC 40 (França), -0,02%
FTSE MIB (Itália), +0,39%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam em trajetória ascendente nesta manhã, após forte alta da véspera, quando a inflação para o consumidor subiu 8,5% no acumulado em 12 meses, ante 9,1% em junho. Os dados vieram melhor do que o esperado o consenso Refinitiv, que esperava aumento de 8,7% na anual.
Apesar da queda, durante a sessão da véspera, autoridades do banco central (Fed) norte-americano não deixaram dúvida de que continuarão apertando a política monetária até que as pressões sobre os preços sejam totalmente afastadas do horizonte.
Analistas avaliam que, apesar do resultado melhor do que o esperado, a expectativa é de que o Fed mantenha o ciclo de alta da taxa básica de juros norte-americana para 3,9% até o final do ano, e para 4,4% até o encerramento de 2023. A taxa está atualmente na faixa de 2,25% a 2,5%.
Os dados do índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) de julho estão programados para esta quinta-feira.
Dow Jones Futuro (EUA), +0,32%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,22%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,15%
Ásia
A maioria dos mercados asiáticos fechou com resultado positivo, seguindo o movimento das bolsas norte-americanas. Além disso, relatório do Banco Popular da China divulgado ontem (10) destacou que o risco de inflação está por vir.
Shanghai SE (China), +1,60%
Nikkei (Japão), -0,65%
Hang Seng Index (Hong Kong), +2,40%
Kospi (Coreia do Sul), +1,73%
Petróleo
Após começarem no vermelho, as cotações do petróleo operam agora em alta. A queda de mais cedo ocorreu com investidores antecipando mais oferta de petróleo entrando no mercado, juntamente com uma demanda mais fraca.
Nos EUA, os estoques de petróleo bruto subiram 5,5 milhões de barris na semana mais recente, mais do que o aumento esperado de 73 mil barris.
Petróleo WTI, +0,72%, a US$ 92,59 o barril
Petróleo Brent, +0,70%, a US$ 98,08 o barril
Agenda
Será divulgado hoje nos EUA o índice de preços ao produtor (PPI). A média das projeções do mercado aponta para uma alta mensal de 0,3% em julho na comparação com o mês anterior.
Por aqui, no Brasil, acontece o ato do movimento em prol da democracia na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, da Universidade de São Paulo (USP), na capital paulista. Já no âmbito econômico, o setor de serviços divulgará seus dados. A expectativa do mercado é de crescimento mensal de 0,5%, com o componente de serviços para o lar crescendo 1% na margem.
Redação ICL Economia
Com informações das agências