Índices futuros e bolsas da Europa em alta, com investidores à espera do Livro Bege e fala de Powell no Congresso

Por aqui, sai a produção industrial de janeiro, com consenso LSEG prevendo queda de 1,3% na base mensal, mas alta anual de 2,8%. 
6 de março de 2024

Os índices futuros dos EUA e as bolsas da Europa estão em trajetória de alta, nesta manhã de quarta-feira (6), com destaque para três temas dividindo a atenção dos investidores: a divulga da pesquisa ADP, do mercado de trabalho privado; do Livro Bege, documento do Fed (Federal Reserve) sobre as atuais condições econômicas dos EUA; e os depoimentos do presidente da autoridade monetária norte-americana, Jerome Powell, na Câmara hoje e no Senado amanhã (7).

Esses três temas poderão dar os sinais que os agentes procuram a respeito do encaminhamento da política monetária dos EUA.

O que vem sendo divulgado até o momento ainda não trouxe clareza sobre quando o Fed iniciará o ciclo de cortes das taxas de juros.

Na Europa, as bolsas operam em alta com os agentes à espera da divulgação do orçamento de 2024 do Reino Unido ao parlamento britânico. A expectativa é de que o Ministro das Finanças, Jeremy Hunt, anuncie um corte no imposto da Segurança Social.

Na Ásia, os mercados fecharam mistos, com os investidores atentos a desdobramentos da principal reunião anual de líderes chineses na chamada “Two Sessions”, enquanto aguardam as falas de Jerome Powell no Congresso.

Na abertura do evento chinês, o governo de Pequim estipulou meta de crescimento econômico de 5% para 2024, a mesma de 2023, ampliou o orçamento de defesa, revelou planos de emitir títulos especiais e disse que irá buscar déficit fiscal de 3% este ano.

A meta de crescimento do PIB mexeu com os mercados ontem, pois os agentes têm dúvidas de que o governo chinês conseguirá cumpri-la.

Por aqui, sai a produção industrial de janeiro, com consenso LSEG prevendo queda de 1,3% na base mensal, mas alta anual de 2,8%.

Brasil

Com a agenda esvaziada por aqui, o Ibovespa repercutiu a cautela do mercado internacional. O principal indicador da bolsa brasileira fechou com queda de 0,19% na terça-feira (5), aos 128.098 pontos.

Os agentes do mercado financeiro repercutiram principalmente as notícias vindas da China, mesmo movimento sentido desde o início da manhã.

A notícia de que a segunda maior economia do mundo manteve a meta de crescimento econômico em 5% em 2024 – praticamente o mesmo percentual registrado em 2023 – não convenceu os agentes, diante dos recentes dados macroeconômicos do gigante asiático e a persistente crise do setor imobiliário.

A atenção também teve como foco os Estados Unidos, onde os investidores reagiram a dados da atividade econômica, enquanto aguardam as falas do presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano), Jerome Powell, hoje (6) e amanhã (7) no Congresso.

Já o dólar avançou 0,16%, a R$ 4,9557 no mercado à vista.

Europa

As bolsas da Europa operam em alta, enquanto os investidores no Reino Unido aguardam a divulgação do orçamento deste ano pelo Ministro das Finanças, Jeremy Hunt, ao parlamento britânico. O documento descreve os planos do governo em matéria de impostos e despesas.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,31%

DAX (Alemanha): +0,22%

CAC 40 (França): +0,27%

FTSE MIB (Itália): +0,57%

STOXX 600: +0,35%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam no azul, após os três principais índices fecharem em baixa pelo segundo dia consecutivo na véspera. Hoje, os investidores acompanham a divulgação do Livro Bege, a fala de Powell na Câmara e a pesquisa ADP de empregos privados.

Dow Jones Futuro: +0,24%

S&P 500 Futuro: +0,38%

Nasdaq Futuro: +0,72%

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam mistos, enquanto investidores seguem atentos a desdobramentos da principal reunião anual de líderes chineses, a “Two Sessions”, e aguardam comentários do presidente do Fed.

Na China continental, o desempenho dos mercados foi misto, à espera de mais novidades da reunião legislativa anual que começou ontem e se estende até dia 10.

Shanghai SE (China), -0,26%

Nikkei (Japão): -0,02%

Hang Seng Index (Hong Kong): +1,70%

Kospi (Coreia do Sul): -0,30%

ASX 200 (Austrália): +0,12%

Petróleo

As cotações do petróleo operam em alta após abertura negativa, com preocupações de que a demanda da China, principal importador mundial da commodity, deve reduzir. A alta dos preços foi apoiada por um dólar americano mais fraco, o que ajuda a procura por compradores que pagam em outras moedas.

Petróleo WTI, +0,82%, a US$ 78,79 o barril

Petróleo Brent, +0,62%, a US$ 82,55 o barril

Agenda

Na agenda dos EUA, saem a pesquisa ADP de emprego privado de fevereiro, com o consenso LSEG estimando 150 mil solicitações; a fala de Jerome Powell, presidente do Fed, na Câmara dos Representantes; e o Livro Bege do Fed.

Por aqui, no Brasil, no campo político, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, voltou a mencionar que haverá uma reunião com integrantes da Comissão Mista de Orçamento em 7 de março para discutir vetos do governo à LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias). Ele também voltou a dizer que é necessário esperar o relatório de receitas e despesas do governo, que será divulgado no dia 22, para discutir vetos e eventuais alterações no Orçamento deste ano. Hoje, saem os dados da produção industrial de janeiro; consenso LSEG projeta queda de 1,3% na base mensal e alta anual de 2,8%; e a balança comercial de fevereiro; consenso LSEG prevê superávit de US$ 5,79 bilhões.

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg

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