Os índices futuros dos EUA e as bolsas europeias estão em trajetória negativa, nesta manhã de quinta-feira (3), após leves ganhos na véspera impulsionados, principalmente, pela alta de companhias ligadas ao petróleo. Os mercados de Nova York também foram ajudados pelo setor de tecnologia.
A escalada das tensões no Oriente Médio trouxe volatilidade aos mercados globais. A entrada do Irã no conflito, um dos maiores produtores mundiais de petróleo, trouxe apreensões sobre se isso pode afetar a oferta mundial da commodity.
Na seara de indicadores, é aguardadíssima para amanhã (4) a divulgação do payroll, o terceiro e mais importante relatório do mercado de trabalho estadunidense dos que foram divulgados esta semana (Jolts e ADP). O payroll é usado pelo Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) para balizar a política monetária.
Para hoje, são aguardados dados de pedidos de seguro-desemprego, também nos EUA, com previsão da LSEG de 220 mil.
Por aqui, o Tesouro Nacional divulga hoje, às 9h30, seus resultados referentes a agosto, com entrevista coletiva do secretário da pasta, Rogério Ceron, na sequência. Também saem o antecedente de emprego de setembro e o PMI de serviços também de setembro.
Brasil
O Ibovespa refletiu ontem (2) o sentimento otimista com a elevação da nota de crédito do Brasil pela agência internacional de classificação de risco Moody’s. O principal indicador da Bolsa brasileira subiu 0,77%, aos 133.514,94 pontos, uma alta de 1.019,78 pontos.
Anteontem (1º), a Moody’s elevou a nota de crédito do Brasil de Ba2 para Ba1, com perspectiva positiva, e a um passo do grau de investimento (selo de bom pagador).
Outro aspecto que contribuiu para o segundo dia positivo do Ibovespa foi a alta das commodities, principalmente o petróleo, impulsionado pelo temor de que o conflito do Oriente Médio se transforme numa guerra.
O dólar comercial terminou o dia com baixa de 0,36%, cotado a R$ 5,44.
Europa
Os ativos europeus operam em queda hoje, em especial os setores de mineração e de tecnologia. Na seara de indicadores, sai hoje o índice de preços ao produtor, importante dado que indica a inflação na zona do euro.
FTSE 100 (Reino Unido): -0,03%
DAX (Alemanha): -0,92%
CAC 40 (França): -1,11%
FTSE MIB (Itália): -1,04%
STOXX 600: -0,88%
Estados Unidos
Os futuros de Nova York operam em queda hoje, com o sentimento de investidores mais avesso ao risco pelas incertezas sobre o conflito no Oriente Médio, em especial após Israel iniciar operação terrestre no Líbano.
Dow Jones Futuro: -0,36%
S&P 500 Futuro: -0,35%
Nasdaq Futuro: -0,49%
Ásia
Os mercados asiáticos operam com baixa liquidez devido a feriados locais. Hoje, as bolsas fecharam mistas, com destaque para as ações de Hong Kong, que devolveram ganhos e fecharam em queda.
Shanghai SE (China), fechado devido a feriado
Nikkei (Japão): +1,97%
Hang Seng Index (Hong Kong): -1,47%
Kospi (Coreia do Sul), fechado devido a feriado
ASX 200 (Austrália): 0,09%
Petróleo
O petróleo sobe pelo quinto dia consecutivo, com a escalada das tensões no Oriente Médio. Ontem, após disparada no início da sessão, os preços dos contratos desaceleraram e encerraram o dia com alta moderada. A perspectiva de oferta global limita a alta da commodity nesta manhã.
Petróleo WTI, +1,31%, a US$ 71,02 o barril
Petróleo Brent, +1,20%, a US$ 74,78 o barril
Agenda
Nos Estados Unidos, saem os dados do auxílio-desemprego semanal (projeção: +220 mil); PMI final de serviços de setembro; encomendas à indústria de agosto; e ISM de serviços de setembro.
Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, a vice-presidente para risco soberano na Moody’s, Samar Maziad, disse à Folha de S.Paulo que o governo atual poderia chegar ao grau de investimento com limite de gastos. Maziad afirmou que o gatilho para novo aumento da nota poderia ser a implementação de medidas que ajustem os gastos e, por consequência, melhorem as contas públicas. Na seara de indicadores, o Tesouro Nacional divulga hoje, às 9h30, seus resultados referentes a agosto, com entrevista coletiva do secretário da pasta, Rogério Ceron, na sequência. Também saem o antecedente de emprego de setembro e o PMI de serviços também de setembro.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias