Índices futuros e bolsas europeias em alta após falas de Powell; na agenda do dia, Livro Bege nos EUA e IBC-Br no Brasil

Por aqui, a expectativa é de que o índice de atividade econômica do Banco Central de fevereiro venha com alta de 0,9% na comparação mensal. 
17 de abril de 2024

Os índices futuros dos Estados Unidos e as bolsas europeias operam no campo positivo, nesta manhã de quarta-feira (17), com os agentes ainda digerindo as falas do presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), Jerome Powell, ontem (16) e o cenário geopolítico.

Ontem, Powell reforçou a falta de confiança no processo de desinflação, o que deve levar a um processo mais demorado de queda dos juros.

Hoje, a autoridade monetária divulgará seu Livro Bege, documento que apresenta o panorama econômico dos 12 distritos do Federal Reserve. O documento dará pistas sobre os próximos passos da política monetária.

Na Europa, as ações sobem hoje com os resultados positivos de algumas das maiores empresas da região.

Enquanto isso, o mundo continua monitorando os desdobramentos do conflito no Oriente Médio, após o revide do Irã ao ataque de Israel à embaixada iraniana na Síria, com saldo de mortos da guarda do país.

Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos pediram máxima “autocontenção” para poupar a região “dos perigos da guerra e suas graves consequências”, em uma declaração conjunta nesta quarta.

No Brasil, é aguardada para hoje a divulgação do IBC-BR, índice de atividade econômica do Banco Central do mês de fevereiro. A expectativa é de alta de 0,9% na comparação mensal.

Brasil

O Ibovespa terminou a terça-feira (16) com baixa de 0,75%, aos 124.388 pontos. Mais cedo, o Ibovespa voltou para a casa dos 123 mil pontos, no menor nível em cinco meses.

As bolsas de Nova York sentiram os efeitos das primeiras declarações do presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), Jerome Powell, após o dado de inflação de março vir mais forte do que o esperado. Ele afirmou que os juros poderão permanecer elevados por mais tempo, caso a inflação persista acima da meta de 2%.

No Brasil, os investidores seguiram repercutindo a mudança da meta fiscal do governo federal de superávit de 0,5% do PIB para zero em 2025.

Por sua vez, o dólar alcançou o maior patamar desde março de 2023 ao encostar nos R$ 5,28. A moeda norte-americana terminou o dia a R$ 5,2688, alta de 1,61% no mercado à vista.

Europa

As bolsas da Europa operam em alta, apesar das falas de Jerome Powell e com o potencial de escalada dos conflitos no Oriente Médio.

A maioria dos setores operava no positivo hoje, com destaque para os papéis de mineração, que subiam 2,2% nesta manhã.

No campo de dados da região, a inflação no Reino Unido apresentou queda de 3,2% em março. O número ficou abaixo do esperado por economistas e pode ser uma indicação do início de cortes de juros pelo Banco da Inglaterra.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,50%

DAX (Alemanha): +0,70%

CAC 40 (França): +1,29%

FTSE MIB (Itália): +1,14%

STOXX 600: +0,52%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam em trajetória de alta, após o Dow Jones registrar sua sexta sessão consecutiva com perda ontem.

Em uma semana com a agenda de indicadores esvaziada, o destaque desta quarta-feira nos EUA será a divulgação do Livro Bege, que pode trazer mais elementos que se relacionem às falas atuais do presidente do Fed, Jerome Powell.

Dow Jones Futuro: +0,40%

S&P 500 Futuro: +0,36%

Nasdaq Futuro: +0,21%

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam mistos hoje, após forte queda ontem, com os investidores acomodando os acontecimentos geopolíticos.

As exportações não petrolíferas de Cingapura apresentaram dados mais decepcionantes que o esperado, com queda de 20,7% ante 7% projetados por analistas.

Além disso, no avanço do dólar, que tem batido recordes, a moeda japonesa (iene) tem sido a mais atingida.

Shanghai SE (China), +2,14%

Nikkei (Japão): -1,32%

Hang Seng Index (Hong Kong): +0,02%

Kospi (Coreia do Sul): -0,98%

ASX 200 (Austrália): -0,09%

Petróleo

Os preços do petróleo operam no vermelho, após encerrar a sessão de ontem com estabilidade. A escalada do dólar, o aumento de demanda na China e as tensões no Oriente Médio seguem no radar em relação ao preço da commodity.

Petróleo WTI, -0,62%, a US$ 84,81 o barril

Petróleo Brent, -0,57%, a US$ 89,45 o barril

Agenda

Na agenda de hoje nos EUA, será divulgado o Livro Bege.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse ontem (16) que o cenário externo explica dois terços do que está acontecendo no Brasil, ao ser questionado sobre a valorização do dólar frente ao real. “Tem muita coisa que está fazendo com que o mundo esteja atento ao que está acontecendo nos Estados Unidos, e o dólar está se valorizando frente às demais moedas”, disse ele, em conversa com jornalistas, em Washington. Na agenda de indicadores, será divulgado hoje o IBC-Br, considerado um termômetro do PIB (Produto Interno Bruto).

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg

Continue lendo

Assine nossa newsletter
Receba gratuitamente os principais destaques e indicadores da economia e do mercado financeiro.