Os índices futuros dos Estados Unidos e as bolsas europeias operam no campo positivo, nesta manhã de quarta-feira (17), com os agentes ainda digerindo as falas do presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), Jerome Powell, ontem (16) e o cenário geopolítico.
Ontem, Powell reforçou a falta de confiança no processo de desinflação, o que deve levar a um processo mais demorado de queda dos juros.
Hoje, a autoridade monetária divulgará seu Livro Bege, documento que apresenta o panorama econômico dos 12 distritos do Federal Reserve. O documento dará pistas sobre os próximos passos da política monetária.
Na Europa, as ações sobem hoje com os resultados positivos de algumas das maiores empresas da região.
Enquanto isso, o mundo continua monitorando os desdobramentos do conflito no Oriente Médio, após o revide do Irã ao ataque de Israel à embaixada iraniana na Síria, com saldo de mortos da guarda do país.
Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos pediram máxima “autocontenção” para poupar a região “dos perigos da guerra e suas graves consequências”, em uma declaração conjunta nesta quarta.
No Brasil, é aguardada para hoje a divulgação do IBC-BR, índice de atividade econômica do Banco Central do mês de fevereiro. A expectativa é de alta de 0,9% na comparação mensal.
Brasil
O Ibovespa terminou a terça-feira (16) com baixa de 0,75%, aos 124.388 pontos. Mais cedo, o Ibovespa voltou para a casa dos 123 mil pontos, no menor nível em cinco meses.
As bolsas de Nova York sentiram os efeitos das primeiras declarações do presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), Jerome Powell, após o dado de inflação de março vir mais forte do que o esperado. Ele afirmou que os juros poderão permanecer elevados por mais tempo, caso a inflação persista acima da meta de 2%.
No Brasil, os investidores seguiram repercutindo a mudança da meta fiscal do governo federal de superávit de 0,5% do PIB para zero em 2025.
Por sua vez, o dólar alcançou o maior patamar desde março de 2023 ao encostar nos R$ 5,28. A moeda norte-americana terminou o dia a R$ 5,2688, alta de 1,61% no mercado à vista.
Europa
As bolsas da Europa operam em alta, apesar das falas de Jerome Powell e com o potencial de escalada dos conflitos no Oriente Médio.
A maioria dos setores operava no positivo hoje, com destaque para os papéis de mineração, que subiam 2,2% nesta manhã.
No campo de dados da região, a inflação no Reino Unido apresentou queda de 3,2% em março. O número ficou abaixo do esperado por economistas e pode ser uma indicação do início de cortes de juros pelo Banco da Inglaterra.
FTSE 100 (Reino Unido): +0,50%
DAX (Alemanha): +0,70%
CAC 40 (França): +1,29%
FTSE MIB (Itália): +1,14%
STOXX 600: +0,52%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam em trajetória de alta, após o Dow Jones registrar sua sexta sessão consecutiva com perda ontem.
Em uma semana com a agenda de indicadores esvaziada, o destaque desta quarta-feira nos EUA será a divulgação do Livro Bege, que pode trazer mais elementos que se relacionem às falas atuais do presidente do Fed, Jerome Powell.
Dow Jones Futuro: +0,40%
S&P 500 Futuro: +0,36%
Nasdaq Futuro: +0,21%
Ásia
Os mercados asiáticos fecharam mistos hoje, após forte queda ontem, com os investidores acomodando os acontecimentos geopolíticos.
As exportações não petrolíferas de Cingapura apresentaram dados mais decepcionantes que o esperado, com queda de 20,7% ante 7% projetados por analistas.
Além disso, no avanço do dólar, que tem batido recordes, a moeda japonesa (iene) tem sido a mais atingida.
Shanghai SE (China), +2,14%
Nikkei (Japão): -1,32%
Hang Seng Index (Hong Kong): +0,02%
Kospi (Coreia do Sul): -0,98%
ASX 200 (Austrália): -0,09%
Petróleo
Os preços do petróleo operam no vermelho, após encerrar a sessão de ontem com estabilidade. A escalada do dólar, o aumento de demanda na China e as tensões no Oriente Médio seguem no radar em relação ao preço da commodity.
Petróleo WTI, -0,62%, a US$ 84,81 o barril
Petróleo Brent, -0,57%, a US$ 89,45 o barril
Agenda
Na agenda de hoje nos EUA, será divulgado o Livro Bege.
Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse ontem (16) que o cenário externo explica dois terços do que está acontecendo no Brasil, ao ser questionado sobre a valorização do dólar frente ao real. “Tem muita coisa que está fazendo com que o mundo esteja atento ao que está acontecendo nos Estados Unidos, e o dólar está se valorizando frente às demais moedas”, disse ele, em conversa com jornalistas, em Washington. Na agenda de indicadores, será divulgado hoje o IBC-Br, considerado um termômetro do PIB (Produto Interno Bruto).
Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg