Os índices futuros dos Estados Unidos e as bolsas mundiais estão em trajetória negativa nesta manhã de quarta-feira (31), com os investidores repercutindo os dados econômicos da China e na expectativa para o desenrolar das negociações em torno do teto da dívida dos EUA.
Ontem (30), a legislação equivalente à Lei de Responsabilidade Fiscal do Brasil passou por importante votação processual no Comitê de Regras da Câmara e, nesta noite, está provisoriamente agendada para votação na Câmara de maioria republicana.
Depois da Câmara, o texto com o acordo sobre o teto da dívida ainda precisará passar pelo Senado controlado pelos democratas antes da próxima segunda-feira (5), quando o Tesouro dos EUA prevê que não terá dinheiro suficiente para cumprir suas obrigações de dívida.
Além disso, os investidores também aguardam para hoje falas de membros do Fed (Federal Reserve) e pela divulgação do Livro Bege, que podem reforçar a aposta de novo aumento da taxa de juros dos Estados Unidos.
As bolsas da Ásia fecharam no negativo, assim como as bolsas da Europa estão operando no vermelho, sentindo o impacto dos dados econômicos chineses. O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de manufatura do gigante asiático caiu pelo segundo mês consecutivo, atingindo 48,8 em maio.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de terça-feira (30) em baixa, puxado pela queda nas ações da Vale e da Petrobras, empresas com maior peso no índice. O principal índice da Bolsa brasileira recuou 1,24%, aos 108.967 pontos.
Segundo analistas do mercado financeiro, os investidores estão atentos à discussão sobre o acordo para elevação do teto da dívida dos Estados Unidos, que ainda terá de ser aprovado no Congresso, além da expectativa em relação aos rumos das taxas de juros norte-americana e brasileira.
Nas negociações do dia do Ibovespa, o dólar comercial fechou em alta de 0,60%, a R$ 5,042 na compra e na venda.
Europa
As bolsas da Europa estão em trajetória negativa, com agentes dos mercados europeus à espera da votação da Câmara sobre o teto da dívida dos EUA.
Das notícias da região, a inflação na França desacelerou para 6% em maio, ante 6,9% em abril, abaixo da expectativa do mercado de 6,4%. Para o governador do Banco da França, François Villeroy de Galhau, a inflação do país pode ter atingido o pico.
FTSE 100 (Reino Unido), -0,33%
DAX (Alemanha), -0,34%
CAC 40 (França), -0,56%
FTSE MIB (Itália), -0,25%
STOXX 600, -0,30%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA recuam nesta manhã de quarta-feira (31), com os investidores à espera de dados econômicos e se preparando para a votação sobre o projeto de lei do teto da dívida americana.
Em indicadores, saem dados do mercado de trabalho (JOLTs) e de atividade econômica (PMI) de Chicago.
Dow Jones Futuro (EUA), -0,22%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,26%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,28%
Ásia
As bolsas da Ásia fecharam em baixa generalizada, após o índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) recuar pelo segundo mês seguido na China.
Shanghai SE (China), -0,61%
Nikkei (Japão), -1,41%
Hang Seng Index (Hong Kong), -1,94%
Kospi (Coreia do Sul), -0,32%
ASX 200 (Austrália), -1,64%
Petróleo
As cotações do petróleo operam com baixa, ampliando as perdas da véspera, enquanto investidores aguardam pela votação sobre um acordo bipartidário para elevar o teto da dívida de US$ 31,4 trilhões dos EUA.
Petróleo WTI, -0,94%, a US$ 68,81 o barril
Petróleo Brent, -0,82%, a US$ 72,94 o barril
Agenda
Nos Estados Unidos, saem os dados de oferta de emprego (JOLTS), além do Índice de Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) de Chicago.
Investidores também aguardam pela divulgação do Livro Bege do Fed e discursos de membros da autoridade monetária.
Por aqui, no Brasil, no campo político, a Câmara dos Deputados aprovou ontem (30) o projeto do marco temporal de demarcação das terras indígenas, um verdadeiro retrocesso para o país. Já a MP dos Ministérios tem uma sessão marcada para as 11h de hoje. Na seara econômica, destaque para os dados do mercado de trabalho. Saem nesta quarta-feira os dados do Caged (Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados) e da Pnad Contínua. A projeção do consenso Refinitiv é que a taxa de desemprego tenha caído de 8,8% para 8,7%.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias
