Índices futuros e bolsas mundiais em alta em semana marcada por dados do mercado de trabalho nos EUA e decisão sobre os juros na Inglaterra

No Brasil, o Copom vai decidir os rumos da política na próxima quarta-feira (2). A expectativa dos analistas e do governo é de que a autoridade monitária inicie a trajetória de queda da Selic, atualmente em 13,75% ao ano. 
31 de julho de 2023

Os índices futuros dos Estados Unidos e as bolsas mundiais começam esta segunda-feira (31) em trajetória positiva, com os investidores se preparando para uma série de dados econômicos importantes do mercado de trabalho norte-americano, o PIB (Produto Interno Bruto) da zona do euro e decisões sobre juros no Brasil e na Inglaterra.

O principal indicador econômico da semana é o payroll do mês de julho, que vai ser divulgado pelo Departamento de Trabalho dos EUA na sexta-feira (4). O consenso Refinitiv prevê a criação de 200 mil empregos formais no mês passado e que a taxa de desemprego, mais uma vez, tenha se mantido em 3,6%. Esse indicador é importante para balizar a próxima decisão sobre os juros nos Estados Unidos.

Na Europa, a maioria das bolsas opera em alta com os investidores digerindo os dados da semana passada e à espera da prévia do PIB da zona do euro ainda hoje.

Na quinta-feira (3), o Banco da Inglaterra vai anunciar aumento nas taxas de juros em pelo menos 25 pontos-base, no 14º aumento consecutivo promovido pela instituição, uma vez que a inflação do Reino Unido continua resiliente.

Na Ásia, os mercados fecharam no campo positivo, mesmo com os investidores ainda avaliando a decisão surpresa do Banco do Japão na última sexta-feira (28), de permitir maior flexibilidade nos rendimentos dos títulos.

No Brasil, o Copom (Comitê de Política Monetária) vai decidir os rumos da política na próxima quarta-feira (2). A expectativa dos analistas e do governo é de que a autoridade monitária inicie a trajetória de queda da Selic, atualmente em 13,75% ao ano.

Uma parcela dos agentes espera uma redução da taxa Selic de pelo menos 0,25 ponto percentual, mas há quem aposte em um corte maior, de 0,50 p.p.

Por aqui, a semana também é marcada pela volta do recesso parlamentar, com pautas importantes, como a reforma tributária e o novo arcabouço fiscal.

Brasil

O Ibovespa fechou o pregão de sexta-feira (28) em alta, após passar boa parte do pregão oscilando entre altas e baixas na medida em que investidores avaliavam balanços corporativos e monitoravam o noticiário internacional. O principal índice da Bolsa brasileira subiu 0,16%, aos 120.187 pontos.

Segundo analistas do mercado financeiro, na agenda de indicadores doméstica, as atenções estiveram voltadas para os novos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada na última sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Nas negociações do dia do Ibovespa, o dólar fechou em queda de 0,58% frente ao real, cotado em R$ 4,73.

Europa

A maioria das bolsas da Europa opera no campo positivo, com investidores digerindo os resultados corporativos ao longo da semana passada e à espera dos dados de inflação da zona do euro e pela decisão de política monetária do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês).

A expectativa é de que o Banco da Inglaterra eleve as taxas de juros em pelo menos 25 pontos-base na próxima quinta-feira (3), no 14º aumento consecutivo, já que a inflação no Reino Unido continua alta.

FTSE 100 (Reino Unido), -0,09%
DAX (Alemanha), +0,20%
CAC 40 (França), +0,33%
FTSE MIB (Itália), +0,55%
STOXX 600, +0,06%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam em ligeira alta, com investidores se preparando para dados do mercado de trabalho norte-americano, um dos principais geradores de inflação do país.

Além disso, a temporada de balanços segue com a divulgação dos balanços das grandes empresas de tecnologia. Na quinta-feira (3), saem os resultados da Apple (AAPL34) e da Amazon (AMZO34), após o fechamento do mercado.

Dow Jones Futuro (EUA), +0,05%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,09%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,07%

Ásia

As bolsas da Ásia fecharam em alta, com os investidores ainda avaliando as consequências da decisão do Banco do Japão, na última sexta-feira (28), de permitir a flexibilizar dos rendimentos dos títulos, o que sinaliza mudanças em sua política monetária.

Os investidores também repercutem a quarta contração consecutiva da atividade industrial da China. O índice oficial de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de manufatura atingiu 49,3 em julho, acima do valor de junho de 49,0, de acordo com o departamento nacional de estatísticas.

Shanghai SE (China), +0,46%
Nikkei (Japão), +1,26%
Hang Seng Index (Hong Kong), +0,82%
Kospi (Coreia do Sul), +0,93%
ASX 200 (Austrália), +0,09%

Petróleo

Os preços do petróleo operam sem direção definida, em meio à expectativas de que a Arábia Saudita estenderá os cortes voluntários na produção até setembro e restringirá a oferta global.

Petróleo WTI, +0,15%, a US$ 80,70 o barril
Petróleo Brent, -0,22%, a US$ 84,80 o barril

Agenda

Para esta segunda-feira (31), os investidores aguardam a divulgação do PIB preliminar da zona do euro do segundo trimestre. A previsão é de desaceleração.

Nos EUA, a agenda desta segunda-feira esta esvaziada, mas, para esta terça-feira (1º), é aguardada a divugação do relatório JOLTS, de vagas em aberto. O consenso Refinitiv prevê 9,620 milhões em junho, número levemente inferior ao registrado em maio (9,824 milhões).

Por aqui, no Brasil, no campo político, o Congresso Nacional retoma suas atividades nesta terça-feira, após recesso de julho. Os parlamentares darão prosseguimento à tramitação da reforma tributária no Senado, comissões de investigação (CPMIs e CPIs) e são aguardados também os desdobramentos da minirreforma ministerial. Além disso, o advogado Cristiano Zanin toma posse como ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) na próxima quinta-feira (3). Na seara econômica, nesta segunda-feira sai o Boletim Focus semanal, com previsões do mercado financeiro para a economia.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

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