Os índices futuros de Nova York estão operando em alta nesta manhã de quinta-feira (29), enquanto as bolsas europeias caminham no negativo. Os mercados asitáticos também fecharam em baixa hoje, pois os investidores seguem cautelosos prevendo uma possível recessão na economia mundial e, no caso da Ásia, estão de olho na flexibilização das regras para controle do avanço da Covid-19 na China.
Wall Street começou o pregão no positivo, recuperando as perdas da véspera, mas à medida que saem os novos indicadores econômicos, o humor dos investidores muda, pois estes dados mostram uma desaceleração econômica. Vale destacar que 2022 foi marcado por grandes perdas no acumulado do período no mercado acionário americano.
Para hoje, os investidores esperam os dados mais recentes sobre pedidos semanais de auxílio-desemprego, um dos indicadores mais observados pelo Fed (Federal Reserve) em suas decisões sobre a política monetária dos EUA.
Brasil
Os sinais de austeridade fiscal vindos do governo eleito trouxeram otimismo ao mercado brasileiro. O Ibovespa fechou o penúltimo pregão do ano, na quarta-feira (28), com alta de 1,53%, chegando aos 110.236 pontos. Contudo, o giro financeiro do dia foi de apenas R$ 18,6 bilhões, comum para esta época do ano. A máxima do dia ficou nos 110.535 pontos e a mínima, 108.578.
O principal destaque do índice de referência da Bolsa brasileira foram as ações de varejistas, impulsionadas pela queda nos juros futuros.
Mas pesou mesmo para o dia de bom humor no mercado o sinal de que o governo eleito manterá a sobriedade nas decisões econômicas. O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pediu à equipe econômica de Jair Bolsonaro que não prorrogue a desoneração de impostos federais cobrados sobre combustíveis, que valem até 31 de dezembro.
Nas negociações do dia, o dólar comercial fechou em queda de 0,6%, a R$ 5,254 na compra e R$ 5,255 na venda.
Europa
As bolsas da Europa abriram em queda, com os investidores cautelosos nessa virada de ano com os últimos dados econômicos. Os agentes continuam com a perspectiva de inflação persistentemente alta, aperto da política monetária dos bancos centrais e já prenunciam um período prolongado de crescimento econômico lento.
FTSE 100 (Reino Unido), -0,28%;
DAX (Alemanha), +0,21%;
CAC 40 (França), +0,06%;
FTSE MIB (Itália), +0,29%;
Stoxx600, +0,01%.
Estados Unidos
Após começarem o pregão em baixa, os índices futuros de Nova York viraram e passaram a operar com ganhos no início desta manhã, recuperando as perdas da véspera. Para esta quinta-feira, os agentes esperam os dados mais recentes sobre pedidos semanais de auxílio-desemprego, um dos indicadores mais observados pelo Fed (Federal Reserve) em suas decisões sobre a taxa de juros.
Analistas estão prevendo pedidos iniciais de auxílio-desemprego na faixa de 223.000 na semana encerrada em 24 de dezembro, ante 216.000 no período anterior.
Dow Jones Futuro (EUA), +0,12%;
S&P 500 Futuro (EUA), +0,30%;
Nasdaq Futuro (EUA), -0,57%.
Ásia
Por sua vez, as bolsas da Ásia fecharam em baixa, seguindo a tendência de Wall Street do pregão de ontem, também com os investidores olhando para o próximo ano. O índice Hang Seng, de Hong Kong, caiu forte em sua última hora de negociação, mesmo com a maior flexibilização das restrições da Covid-19 começando a vigorar hoje.
Shanghai SE (China), -0,44%;
Nikkei (Japão), -0,94%;
Hang Seng Index (Hong Kong), -0,79%;
Kospi (Coreia do Sul), -1,93%.
Petróleo
Os preços do petróleo estão em queda por conta das preocupações com um aumento nos casos de Covid-19 na China, que é o maior importador mundial da commodity.
Petróleo WTI, -2,14%, a US$ 77,27 o barril;
Petróleo Brent, -1,81%, a US$ 81,75 o barril;
Agenda
Para hoje, o principal indicador econômico aguardado é referente aos dados de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos na semana, um importante termômetro do mercado de trabalho e que é observado com atenção pelo banco central americano para sua decisão sobre juros.
Por aqui, no Brasil, no campo político, é aguardado para as 11h a divulgação dos últimos nomes que vão compor o ministério do futuro governo Lula. O presidente eleito passou os últimos dias em negociações para encaixar os partidos do Centrão, como MDB, PSD e União Brasil no primeiro escalão e garantir uma base sólida no Congresso Nacional. Na seara econômica, será divulgado o IGP-M de dezembro, o índice de confiança do setor de serviços do mesmo mês e os dados fiscais do setor público referentes a novembro.
Redação ICL Economia
Com informações das agências