Índices futuros caem com investidores à espera de mais dados de inflação; China fecha em queda

Por aqui, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga a Pesquisa Mensal de Serviços.
11 de outubro de 2024

Os índices futuros dos Estados Unidos operam no campo negativo, nesta manhã de sexta-feira (11), com os investidores digerindo os dados da inflação ao consumidor e à espera do indicador de inflação ao produtor (PPI, na sigla em inglês).

Ontem, a inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) veio acima do esperado por analistas. Caso o resultado do PPI também venha acima do esperado, isso pode indicar mais parcimônia por parte do Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense) no corte dos juros nas duas próximas reuniões do ano.

Ontem (10), Raphael Bostic, presidente do Fed de Atlanta, disse ao The Wall Street Journal que estava confortável em manter a taxa inalterada na reunião de novembro, em vez de cortar como o mercado espera. “Essa instabilidade, para mim, é um sinal de que talvez devêssemos fazer uma pausa em novembro. Estou definitivamente aberto a isso,” disse.

Na Ásia, as bolsas chinesas fecharam em queda, refletindo ainda o sentimento negativo do mercado que se instalou desde o retorno da Semana Dourada e a falta de detalhes nas medidas anunciadas com mais estímulos à economia. No sábado, novas divulgações sobre estímulos à economia serão realizadas.

Por aqui, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga a Pesquisa Mensal de Serviços.

Brasil

Ibovespa conseguiu ontem (10) se descolar do clima externo e avançou 0,30%, aos 130.351,36 pontos, alta de 389,30 pontos. Assim, o principal indicador da Bolsa brasileira recuperou parte das perdas após o tombo de -1,18% anteontem (9).

Importante salientar que a maré não estava mesmo boa. Além do furacão Milton que provocou estragos na Flórida, deixando o mundo todo apreensivo, o BCE (Banco Central Europeu) divulgou a ata da última reunião, mostrando postura cautelosa em relação a maior afrouxamento monetário.

Ainda nos Estados Unidos, saiu a inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), que apontou alta de 0,2% em setembro ante agosto, mantendo a variação do mês anterior. O núcleo da inflação, que desconsidera as variações de preços de alimentos e energia, teve alta mensal de 0,3% em setembro, a mesma de agosto. Ambas leituras ficaram acima do esperado por analistas.

O dólar comercial também deu um alívio, mesmo que pequeno, ao cair 0,02%, a R$ 5,58.

Europa

Os mercados asiáticos abriram mistos, mais próximos de estabilidade, com os investidores reagindo à divulgação da ata da última reunião do BCE (Banco Central Europeu), que mostra postura cautelosa em relação a maior afrouxamento monetário.

FTSE 100 (Reino Unido): -0,08%
DAX (Alemanha): +0,02%
CAC 40 (França): +0,03%
FTSE MIB (Itália): -0,02%
STOXX 600: +0,01%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA estão no negativo, mantendo o movimento da véspera quando fecharam em queda após um CPI (índice de preços ao consumidor) ligeiramente mais forte que o esperado.

Dow Jones Futuro: -0,05%
S&P 500 Futuro: -0,12%
Nasdaq Futuro: -0,24%

Ásia

Os mercados asiáticos encerraram o dia majoritariamente em baixa, replicando o movimento visto em Wall Street após os dados do CPI. A bolsa de Shanghai caiu 2,55%, fechando a semana com recuo de 3,25%.

No sábado, há coletiva do Ministério das Finanças da China marcada, que deve trazer mais informações sobre um novo pacote de estímulos fiscais.

Shanghai SE (China), -2,55%
Nikkei (Japão): +0,57%
Hang Seng Index (Hong Kong): fechado devido a feriado
Kospi (Coreia do Sul), -0,59%
ASX 200 (Austrália): -0,1%

Petróleo

Os preços do petróleo caem nesta sexta, mas devem fechar a semana com ganhos. Os preços do petróleo subiram cerca de 4% ontem devido a três temas: aumento no uso de combustível nos Estados Unidos antes do furacão Milton passar pela Flórida, riscos na oferta do Oriente Médio e sinais de que a demanda por energia pode crescer nos Estados Unidos e na China.

Petróleo WTI, -0,75%, a US$ 75,31 o barril
Petróleo Brent, -0,73%, a US$ 78,82 o barril

Agenda

Nos EUA, saem hoje o índice de preços ao produtor e o índice de confiança da Universidade de Michigan.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou ontem à noite à Reuters que o mercado de bets no Brasil tem “excessos” e que o governo está atento aos exageros, em especial à publicidade das casas de apostas on-line. Mais cedo, Haddad havia afirmado a repórteres em Brasília que a partir desta sexta-feira cerca de 2.040 sites de apostas não autorizados a funcionar serão retirados do ar. Ele também fez um apelo para que os apostadores que tenham dinheiro nessas plataformas façam o resgate o quanto antes. Na seara de indicadores, sai hoje a Pesquisa Mensal de Serviços, do IBGE.

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e Bloomberg

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