Índices futuros dos EUA operam no negativo, com discurso de Powell em destaque

Por aqui, serão divulgados hoje o Relatório Focus do Banco Central e a nota sobre política fiscal. Além disso, a entrevista do ministro Fernando Haddad (Fazenda) à Rádio CBN deve movimentar o dia.
30 de setembro de 2024

Os índices futuros dos EUA começam esta segunda-feira (30) em trajetória negativa, com os investidores à espera dos discursos do presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos), Jerome Powell, e de Michelle Bowman, governadora do Conselho do Fed. Os dois participam de evento da National Association for Business Economics em Nashville.

O destaque desta semana, no entanto, será a divulgação do relatório de folha de pagamentos payroll, na sexta-feira (4), um dos balizadores da política monetária estadunidense.

Antes do payroll, serão divulgados os outros dois relatórios do mercado de trabalho: o JOLTs sai nesta terça-feira (1º), e o ADP, que traz os números do mercado privado, na quarta (2).

Na Ásia, o futuro primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, anunciou hoje que planeja convocar eleições gerais antecipadas para 27 de outubro após ser eleito líder da legenda que governa o país, o Partido Liberal Democrático (PLD), na semana passada.

Por aqui, os destaques de hoje são o Boletim Focus do Banco Central, a nota à imprensa sobre política fiscal e a entrevista do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, à rádio CBN, às 8h30.

Brasil

O Ibovespa terminou a sexta-feira (27) com queda de 0,21%, aos 132.730,36 pontos, uma perda de 279,42 pontos, mas fechou a semana com ganhos confortáveis no acumulado: mais 1,27%, na melhor semana das últimas cinco (entre 12 e 16 de agosto, o IBOV acumulou alta de 2,56%).

O indicador mais esperado no dia foi o índice de preços de consumo pessoal, o PCE (na sigla em inglês), que não deve alterar significativamente o plano de voo do Fomc para a continuidade do ciclo de afrouxamento monetário iniciado em setembro nos EUA .

No Brasil, além de observar o PCE, os investidores tinham outros dados econômicos para analisar. E novas surpresas positivas foram apresentadas, agora no mercado de trabalho. A taxa de desemprego caiu para 6,6% no trimestre de junho a agosto de 2024.

O dólar comercial terminou o dia com menos 0,12%, a R$ 5,43. É a segunda queda consecutiva.

Europa

As bolsas europeias operam no campo negativo, com investidores à espera dos dados alemães de inflação e vendas no varejo, juntamente com a última taxa de inflação italiana e os dados finais do PIB do Reino Unido.

Além disso, a presidente do BCE (Banco Central Europeu), Christine Lagarde, discursa no Parlamento Europeu, enquanto a membro do Comitê de Política Monetária do Banco da Inglaterra, Megan Greene, junta-se ao painel da NABE para discutir a política monetária global nesta segunda.

FTSE 100 (Reino Unido): -0,35%
DAX (Alemanha): -0,42%
CAC 40 (França): -1,15%
FTSE MIB (Itália): -1,40%
STOXX 600: -0,56%

Estados Unidos

Os índices futuros de Nova York começam a semana no negativo, mas, no acumulado do mês, o Dow e o S&P subiram 1,8% e 1,6%, respectivamente. O Nasdaq, com mais peso em tecnologia, avançou 2,3% em setembro.

Dow Jones Futuro: -0,10%
S&P 500 Futuro: -0,09%
Nasdaq Futuro: -0,21%

Ásia

As bolsas asiáticas fecharam mistas, com as ações na China continental subindo mais de 8% em seu melhor dia em 16 anos, enquanto as do Japão caíram 4,8%, com investidores avaliando os principais dados econômicos dos dois países.

O CSI 300, da China continental, subiu 8,48%, impulsionado por ações de saúde e tecnologia e fechando em 4.017,85 pontos, marcando uma sequência de nove dias de altas. Foi seu melhor dia desde setembro de 2008 e seu ponto mais alto desde agosto de 2023.

O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da China para setembro ficou em 49,8, melhor do que os 49,5 esperados por analistas. No entanto, isso marcou o quinto mês consecutivo de contração para o setor manufatureiro na China.

No Japão, por sua vez, o Nikkei fechou em 37.919,55 pontos, com mercados precificando o risco de taxas de juros mais altas sob o novo primeiro-ministro, Shigeru Ishiba.

Shanghai SE (China), +8,06%
Nikkei (Japão): -4,80%
Hang Seng Index (Hong Kong): +2,43%
Kospi (Coreia do Sul): -2,13%
ASX 200 (Austrália): +0,70%

Petróleo

Os preços do petróleo sobem com riscos de interrupções na produção do Oriente Médio à medida em que Israel intensifica ataques na região.

Petróleo WTI, +0,87%, a US$ 68,77 o barril
Petróleo Brent, +0,99%, a US$ 72,69 o barril

Agenda

O destaque da agenda internacional de hoje é o discurso de Jerome Powell, presidente do Fed.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, afirmou na sexta-feira que o cumprimento da meta contínua de inflação pela autarquia é “plenamente factível” e evitou comparar o cenário atual com o passado, quando o objetivo era diferente. Durante evento em São Paulo, Guillen foi questionado sobre o fato de o IPCA, que mede a inflação oficial do país, ter ficado em 3% ou abaixo disso em poucos momentos da história, o que em tese demonstraria uma dificuldade para o atingimento da atual meta contínua. Em resposta, ele pontuou que as condições no passado eram diferentes. Na agenda de hoje, saem o Boletim Focus do Banco Central e a nota à imprensa sobre política fiscal. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concede entrevista à rádio CBN, às 8h30.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

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