O primeiro dia de 2024 para os mercados internacionais começam embalados pelo movimento positivo da última semana de 2023. Os índices futuros de Nova York operam no campo positivo, nesta terça-feira (2), assim como as bolsas da Europa.
Se, por um lado, a semana começa com poucas referências macroeconômicas, os investidores estão de olho na crescente tensão no Mar Vermelho, que pressionam os preços do petróleo.
O Irã enviou um navio de guerra para a região em resposta ao afundamento de três barcos do grupo radical Houthi, do Iêmen, pela Marinha dos EUA no fim de semana, em uma tentativa de proteger uma hidrovia crucial, responsável por cerca de 12% do comércio global.
Em outra frente, a holandesa ASML Holding, produtora de equipamentos para a fabricação de semicondutores, teria cancelado as remessas de algumas de suas máquinas para a China a pedido da administração do presidente norte-americano, Joe Biden. A medida antecede a entrada em vigor das proibições de exportação dos equipamentos de fabricação de chips de alta qualidade.
No campo dos dados macroecônomicos, os investidores aguardam importantes divulgações do mercado de trabalho dos Estados Unidos, como o relatório JOLTs, nesta quarta-feira (3), a pesquisa ADP de empregos privados no dia seguinte (4) e os dados do payroll (folha de pagamento), na sexta (5).
Esses dados são importantes indicativos da economia estadunidense e são monitorados de perto pelo Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) para balizar a política monetária.
Além dos indicadores, haverá a divulgação da Ata do FOMC (comitê de política monetária do Fed), que traz mais indicações dos rumos da trajetória de juros no país. A expectativa é que o documento apresente mais direções sobre o início do ciclo de cortes pela instituição.
Por aqui, as divulgações da semana começam com o boletim Focus, seguido os números de PMI e dos dados da balança comercial de dezembro e do acumulado de 2023.
Brasil
Não houve pregão na B3 na sexta-feira passada.
Estados Unidos
Os índices futuros de Nova York operam no campo positivo, acompanhando o movimento da última semana do ano. O S&P 500, que vem de nove semanas consecutivas de alta e subiu 24% no ano passado, avança nesta manhã, assim como o Nasdaq e Dow Jones.
O S&P 500 fechou com queda de 0,28%, aos 4.769 pontos, na sexta-feira passada, mas durante a sessão quase atingiu seu máximo histórico de fechamento de 4.796,56 em 3 de janeiro de 2022. O Nasdaq encerrou a última sessão de 2023 em queda de 0,53% enquanto o Dow Jones caiu 0,03%.
Dow Jones Futuro (EUA), +0,24%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,13%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,01%
Europa
As bolsas da Europa iniciaram o ano em trajetória positiva, com alta de 0,43% no Stoxx 600 logo na abertura da sessão. A alta é puxada pelo setor de petróleo e gás, que acompanha os avanços da commodity hoje.
FTSE 100 (Reino Unido), +0,3%
DAX (Alemanha), +1,25%
CAC 40 (França), +0,84%
FTSE MIB (Itália), +1,67%
STOXX 600, +0,66%
Ásia
As bolsas asiáticas operam mistas hoje, com quedas expressivas na bolsa chinesa, enquanto os mercados japoneses seguem fechados até amanhã devido a um feriado.
Os mercados chineses foram impactados pela divulgação do PMI de manufatura do país, que apresentou contração. O dado, em 49 ante os esperados 49,5 e em queda em relação aos 49,4 apresentados anteriormente, demonstrou a possível necessidade de maiores ações políticas para suportar um avanço da economia.
Já a pesquisa Caixin demostrou avanço na atividade manufatureira em dezembro, em 50,8 ante os 50,7 esperados.
Shanghai SE (China), -0,43%
Nikkei (Japão), fechada devido à feriado
Hang Seng Index (Hong Kong), -1,52%
Kospi (Coreia do Sul), +0,55%
ASX 200 (Austrália), +0,49%
Petróleo
O petróleo sobe hoje no embalo do aumento das tensões no Mar Vermelho. O Irã enviou um navio de guerra para a região, após novos ataques dos Houthis, grupo rebelde do Iêmen.
Petróleo WTI, +1,21%, a US$ 72,86 o barril
Petróleo Brent, +1,42%, a US$ 78,46 o barril
Agenda
Nos Estados Unidos, será divulgado o PMI Industrial, com projeção LSEG de 48,2; e gastos de construção (dados de novembro), com projeção LSEG de avanço de 0,5%.
Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, disse, no domingo (31), que o benefício tributário concedido a montadoras será financiado, em parte, pelo aumento do imposto de importação dos carros elétricos e híbridos. O programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover) foi criado por meio de medida provisória publicada na noite de sábado (30) e custará R$ 3,5 bilhões em 2024. Ao todo, até 2028, serão R$ 19,3 bilhões. Na seara econômica, serão divulgados o Boletim Focus, o PMI Industrial S&P Global e a balança comercial.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias, InfoMoney e Bloomberg