Os índices futuros dos Estados Unidos voltam a operar, nesta manhã de terça-feira (20), no campo negativo, após o feriado do Dia do Presidente nos EUA ontem (19), que manteve as bolsas de Nova York fechadas.
Na Ásia, os mercados fecharam sem direção única, com ganhos modestos nas bolsas de Xangai e Hong Kong após o banco central da China, PBoC, cortar a taxa de juros de 5 anos, com o objetivo de fortalecer o setor imobiliário.
Os bancos chineses reduziram a principal taxa de referência para hipotecas em 25 pontos-base, para 3,95%. A redução da taxa básica de juros para empréstimos de cinco anos é a maior já registrada.
O minério de ferro despencou para o valor mais baixo em três meses, com os futuros recuando mais de 5% em Singapura, mesmo a ajuda ao setor imobiliário chinês. Em 2024, o minério de ferro figura entre as commodities de pior desempenho, impactado pela crise imobiliária. Em resposta, mineradoras como Anglo American e Rio Tinto estão hoje entre as maiores baixas no setor.
Por aqui, o destaque fica para reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para tratar da MP (medida provisória) da reoneração da folha para 17 setores da indústria.
Lula também se reunirá com ministros e líderes do Congresso. Depois do fechamento do mercado, saem os resultados trimestrais de Gerdau, Telefônica Brasil e Iguatemi.
Brasil
Com os mercados norte-americanos fechados devido a um feriado nos Estados Unidos (Dia do Presidente), o Ibovespa fechou o pregão de segunda-feira (19) em alta de 0,24%, aos 129.035,74 pontos.
O principal indicador da bolsa brasileira avançou apoiado nas altas de Itaú (ITUB4, +1,10%) e Bradesco (BBDC4, +1,26%), que contrabalançaram a queda da Vale (VALE3).
Os papéis da mineradora brasileira, que é o peso-pesado do Ibovespa, perderam 0,28% na sessão de hoje devido à queda do minério de ferro em Dalian, na China.
Nas negociações do dia, o dólar encerrou em queda de 0,11%, negociado a R$ 4,9618 no mercado à vista.
Europa
As bolsas da Europa operam mistas, com os investidores digerindo um corte maior que o esperado na taxa básica de juros da China em meio a preocupações persistentes de desaceleração do crescimento.
FTSE 100 (Reino Unido): -0,10%
DAX (Alemanha): -0,27%
CAC 40 (França): +0,25%
FTSE MIB (Itália): -0,02%
STOXX 600: -0,16%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam no campo negativo na volta do feriado e em dia de agenda esvaziada.
Dow Jones Futuro: -0,17%
S&P 500 Futuro: -0,30%
Nasdaq Futuro: -0,44%
Ásia
Os mercados asiáticos fecharam mistos, com os investidores repercutindo a decisão de juros do banco central da China (PBoC).
Ontem (19), o PBoC decidiu reduzir sua taxa de juros de referência para empréstimos (LPR, na sigla em inglês) de 5 anos em 25 pontos-base, a 3,95%. O corte, recorde e maior do que o esperado, tem o claro objetivo de impulsionar o combalido mercado imobiliário chinês, segundo analistas da Capital Economics. Por outro lado, a LPR de 1 ano ficou inalterada em 3,45% pelo sexto mês seguido.
O anúncio do PBoC foi recebido com certa frieza pelos mercados chineses, que tiveram ganhos apenas modestos, revertendo baixas de mais cedo no pregão.
Shanghai SE (China), +0,42%
Nikkei (Japão): -0,28%
Hang Seng Index (Hong Kong): +0,57%
Kospi (Coreia do Sul): -0,84%
ASX 200 (Austrália): -0,08%
Petróleo
Os preços do petróleo operam com leves perdas, mas próximo das máximas de três semanas, com os traders de olho no aumento das tensões no Oriente Médio e na recuperação da demanda da China.
Petróleo WTI, -0,33%, a US$ 78,93 o barril
Petróleo Brent, -0,81%, a US$ 82,88 o barril
Agenda
No cenário macroeconômico, destacam-se o índice de antecedentes e a atividade não manufatureira dos EUA.
Por aqui, no Brasil, no campo político, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), vai se reunir nesta terça-feira (20) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os ministros da Casa Civil, Rui Costa, e de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e lideranças do Congresso para definir a pauta prioritária do governo no Congresso. Entre os assuntos, segundo Haddad, está a Medida Provisória que prevê a reoneração da folha de pagamentos (MPV 1202/2023) para 17 setores da economia. Não há divulgação prevista de indicadores hoje.
Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg