Índices futuros majoritariamente em alta com inflação ao produtor no radar

Por aqui, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga hoje a Pesquisa Mensal de Serviços.
12 de julho de 2024

Os índices futuros dos EUA operam majoritariamente em alta, nesta sexta-feira (12), um dia depois de dados de inflação ao consumidor americano abaixo do esperado e antes da divulgação do índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) de junho.

Os futuros do S&P 500 operam com estabilidade hoje depois de um selloff na véspera liderado por ações de tecnologia. Investidores começam a migrar para ações cíclicas, incluindo as de bancos.

Ainda nos Estados Unidos, JPMorgan, Wells Fargo e Citigroup devem divulgar seus resultados nesta manhã, seguidos pelo Goldman Sachs na segunda-feira. Morgan Stanley e Bank of America divulgam seus resultados na terça-feira.

Depois de uma reunião ontem (11), líderes partidários defenderam retirar a urgência do projeto que regulamenta a reforma tributária, para que a matéria tenha mais tempo de discussão e análise no Senado. A Câmara dos Deputados concluiu a votação da proposta (PLP 68/2024) na quarta-feira (10).

Na seara de indicadores, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga hoje a Pesquisa Mensal de Serviços.

Brasil

Com os bons ventos que sopraram aqui e lá fora, o Ibovespa fechou a quinta-feira (11) com alta de 0,85%, aos 128.293 pontos, na nona alta seguida no mês de julho. Essa sucessão de altas não acontecia desde 2018.

Houve boas notícias no Brasil e nos Estados Unidos. Por lá, a inflação desacelerou. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) recuou 0,1% em junho, enquanto o consenso do mercado apostava numa alta de 0,1%. Com isso, no acumulado de 12 meses, a inflação ficou em 3%, abaixo do consenso de 3,1% para o período.

Era a cereja do bolo que faltava para o mercado renovar as esperanças de que o Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano) deve iniciar a trajetória de queda dos juros na reunião de setembro. A meta de inflação perseguida pela autoridade monetária estadunidense é de 2% e os juros estão no maior patamar (5,25% a 5,50% ao ano) desde 2001.

O dólar comercial não acompanhou o bom humor e nem mesmo o movimento da moeda lá fora: subiu 0,55%, a R$ 5,44.

Europa

As bolsas europeias operam com alta, com inflação nos EUA, Alemanha, França e Itália no radar dos investidores. No campo corporativo, a temporada de lucros do segundo trimestre está começando.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,17%

DAX (Alemanha): +0,14%

CAC 40 (França): +0,51%

FTSE MIB (Itália): +0,24%

STOXX 600: +0,17%

Estados Unidos

Os índices futuros dos Estados Unidos operam majoritariamente no campo positivo, depois que um movimento de investidores trocando ações de megacapitalização de tecnologia para cíclicas derrubaram o Nasdaq em 2,2% ontem.

Esse movimento ocorreu na esteira dos dados de inflação ao consumidor, que veio abaixo do esperado e apoiaram a esperança de que cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve, o banco central dos EUA, pode ocorrer em setembro.

Dow Jones Futuro: +0,07%

S&P 500 Futuro: +0,04%

Nasdaq Futuro: -0,07%

Ásia

As bolsas da Ásia fecharam sem direção única, com o índice de Tóquio interrompendo uma sequência de máximas históricas após forte avanço do iene. Já os mercados chineses pouco se alteraram após dados locais mistos de comércio externo.

Shanghai SE (China), +0,03%

Nikkei (Japão): -2,45%

Hang Seng Index (Hong Kong): +2,59%

Kospi (Coreia do Sul): -1,19%

ASX 200 (Austrália): +0,88%

Petróleo

Os preços do petróleo operam em alta, com sinais de redução da inflação no maior consumidor de petróleo do mundo, os Estados Unidos.

Petróleo WTI, +1,05%, a US$ 83,49 o barril

Petróleo Brent, +0,83%, a US$ 86,11 o barril

Agenda

Nos Estados Unidos, será divulgado hoje o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) de junho.

Por aqui, no Brasil, no campo político, o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), disse na quinta-feira (11), que o governo pode concordar com a retirada da urgência da regulamentação da reforma tributária desde que haja um compromisso de votação do texto ainda neste ano pelo Senado. A retirada do regime de urgência foi debatida ontem na reunião de líderes partidários do Senado, que defenderam que a matéria tenha mais tempo de discussão e análise. A tramitação em regime de urgência estabelece a cada uma das casas do Congresso Nacional um prazo de 45 dias para a deliberação do texto, sob pena de trancamento da pauta. Na seara de indicadores, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulga hoje a Pesquisa Mensal de Serviços.

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg

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