Índices futuros mistos e bolsas europeias no positivo com temporada de balanços no radar dos investidores

Por aqui, agentes do mercado aguardam dados de serviços de fevereiro, que podem influenciar no ritmo de cortes da taxa de juros pelo Banco Central.
12 de abril de 2024

Os índices futuros dos Estados Unidos estão operando, nesta manhã de sexta-feira (12), sem direção única, enquanto as bolsas da Europa se movimentam no campo positivo. Hoje, a atenção dos investidores está voltada para a divulgação dos resultados corporativos dos principais bancos americanos: JPMorgan, Citigroup e Well Fragos.

Ontem (11), os indicadores de Nova York iniciaram o dia em queda, mas, ao longo da sessão, o tom positivo foi recuperado com o forte avanço das ações das companhias de tecnologia. A Nasdaq renovou a máxima histórica de fechamento por isso.

No campo macroeconômico, sai hoje nos EUA a confiança do consumidor.

Na Europa, as ações registram o maior avanço em mais de dois meses hoje (12), impulsionadas pelas crescentes tensões no Oriente Médio, que elevaram os preços das commodities, e pela perspectiva de cortes nos juros na zona do euro, que beneficiou setores mais sensíveis às taxas.

Na Ásia, as exportações da China despencaram 7,5% em dólares em março na base anual, frustrando as esperanças de que as vendas em alta no exterior compensariam a fraca demanda interna e impulsionariam o crescimento na segunda maior economia do mundo.

O ouro voltou a bater novo recorde, impulsionado pelas tensões crescentes no Oriente Médio. O metal precioso subiu até 1,2%, para US$ 2.400,67, enquanto a prata era negociada no nível mais alto desde fevereiro de 2021.

Por aqui, a Petrobras segue no radar dos investidores após o presidente do Conselho de Administração da estatal, Pietro Mendes, ser afastado do cargo por uma liminar expedida pela Justiça Federal de São Paulo, alegando conflito de interesses.

Na frente de indicadores, agentes do mercado aguardam dados de serviços de fevereiro, que podem influenciar no ritmo de cortes da taxa de juros pelo Banco Central.

Brasil

Ibovespa fechou mais um dia em baixa ontem (11), no efeito dominó produzido pelos índices inflacionários dos Estados Unidos. O principal indicador da bolsa brasileira caiu 0,51%, aos 127.396 pontos.

Por aqui, as vendas do varejo subiram 1% em fevereiro ante janeiro, acima do esperado, reforçando a chance de redução do ritmo de cortes da taxa Selic em junho, na avaliação de analistas.

Nos Estados Unidos, depois dos dados de inflação ao consumidor acima do esperado, a inflação ao produtor e declarações de dirigentes do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) trouxeram mais incertezas sobre a trajetória dos juros por lá.

Por sua vez, o dólar se fortaleceu e terminou a R$ 5,0906, com alta de 0,24% no mercado à vista — o maior nível desde 4 de abril de 2023.

Europa

As bolsas da Europa estão no campo positivo hoje, com os agentes econômicos digerindo os dados econômicos do Reino Unido e a perspectiva de corte de juros nos Estados Unidos.

Na frente de dados da região, o PIB (Produto Interno Bruto) do Reino Unido aumentou 0,1% em termos mensais em fevereiro, em linha com as expectativas. Foi mais um sinal de regresso ao lento crescimento econômico este ano.

Já o BCE (Banco Central Europeu) manteve ontem (11) as taxas de juros estáveis ​​pela quinta reunião consecutiva e deu o sinal mais claro até agora de um próximo corte nas taxas.

FTSE 100 (Reino Unido): +1,24%

DAX (Alemanha): +0,86%

CAC 40 (França): +0,83%

FTSE MIB (Itália): +1,06%

STOXX 600: +1,01%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam sem direção única hoje, após o Nasdaq ter ganhado 1,68% ontem, fechando em recorde, impulsionado pelas ações de tecnologia.

Dow Jones Futuro: +0,11%

S&P 500 Futuro: -0,11%

Nasdaq Futuro: -0,29%

Ásia

Por sua vez, as bolsas da Ásia-Pacífico fecharam em baixa, em sua maioria. O Hang Seng fechou com queda de 2,18% em Hong Kong, a 16,721,69 pontos, repercutindo dados da economia da China.

Na comparação anual de março, as exportações chinesas sofreram uma inesperada queda de 7,5%, o que contrariou a previsão de alta de 0,1%, enquanto as importações do gigante asiático também decepcionaram.

Shanghai SE (China), -0,49%

Nikkei (Japão): +0,21%

Hang Seng Index (Hong Kong): -2,18%

Kospi (Coreia do Sul): -0,93%

ASX 200 (Austrália): -0,33%

Petróleo

Os preços do petróleo sobem nesta sexta-feira por conta do aumento das tensões no Oriente Médio, após o Irã ter prometido retaliar um suposto ataque aéreo israelita à sua embaixada na Síria, o que poderia causar interrupções no fornecimento da região produtora de petróleo.

Petróleo WTI, +1,12%, a US$ 85,97 o barril

Petróleo Brent, +0,92%, a US$ 90,57 o barril

Agenda

Nos Estados Unidos, saem hoje os dados da confiança do consumidor.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, a Justiça Federal de São Paulo suspendeu o presidente do Conselho de Administração da Petrobras, Pietro Mendes, do cargo. Um dos pontos apresentados é o conflito de interesses, por Pietro também ser secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia. São citadas ainda a não observância da Lei das Estatais, ausência de elaboração de lista tríplice para o cargo e a não utilização de empresa especializada para a seleção. Na frente de dados, será divulgado hoje o índice de serviços de fevereiro, com o consenso LSEG prevendo alta mensal de 0,2% e de 4,5% no ano.

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg

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