Índices futuros mistos e bolsas europeias no vermelho; no Brasil, mercado aguarda a ata do Copom

Além da ata do Copom, também saem os dados da arrecadação federal de maio, com o consenso LSEG projetando R$ 200 bilhões.
25 de junho de 2024

Os índices futuros dos Estados Unidos operam mistos, nesta manhã de terça-feira (25), dia em que será divulgado o índice de confiança do consumidor de junho, o Índice do Fed de Richmond e os dados de preços de imóveis nos Estados Unidos.

Os investidores também acompanharão de perto as falas das integrantes do Fed (Federal Reserve), Lisa Cook e Michelle Bowman.

Na véspera, a presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, comentou que a trajetória da inflação dos EUA não oferece confiança para o banco central sobre uma tendência “sustentável” de queda dos preços.

Na Europa, as ações operam no vermelho hoje, acompanhando as quedas lideradas por empresas de tecnologia em Wall Street e em meio à derrocada das ações da Airbus, que enfrenta escassez de milhões de peças que compõem suas aeronaves comerciais.

Segundo a fabricante, faltam motores, estruturas aeronáuticas e interiores de cabine, o que afeta os planos de entrega da empresa.

Na seara de indicadores, os destaques de hoje no Brasil são a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central e a arrecadação federal de maio; consenso LSEG projeta R$ 200 bilhões.

Brasil

O Ibovespa começou a semana com o pé direito. Com o noticiário econômico mais calmo, o principal indicador da Bolsa brasileira fechou o dia com alta de 1,07%, aos 122.636 pontos.

É a quinta sessão consecutiva de ganhos, mas a primeira desde 6 de junho (1,23%) que o Ibovespa não registrava alta consistente assim.

De acordo com analistas do mercado financeiro, a Bolsa está sendo impulsionada pelo fluxo de estrangeiros, uma vez que está barata.

O empurrão foi dado por algumas das ações queridinhas (blue chips) da Bolsa. A Vale (VALE3) subiu 0,12%, mesmo com o minério de ferro atingindo a mínima de dois meses e meio, enquanto a Petrobras (PETR4) avançou 0,93% com ajuda do petróleo internacional, que registrou alta diante das preocupações sobre o abastecimento durante o versão no Hemisfério Norte.

O dólar comercial recuou 0,92% ontem (24), a R$ 5,39, embora ainda bem longe da mínima (de fechamento) do ano, que é de R$ 4,85, justamente no primeiro dia de 2024.

Europa

As ações da Europa operam no vermelho, após a deterioração do sentimento do mercado americano no início da semana. Os dados do PIB (Produto Interno Bruto) da Espanha são a principal divulgação por lá nesta terça-feira.

FTSE 100 (Reino Unido): -0,14%

DAX (Alemanha): -1,16%

CAC 40 (França): -0,79%

FTSE MIB (Itália): -0,42%

STOXX 600: -0,25%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam novamente sem direção única, depois que uma liquidação em nomes de tecnologia levou o Nasdaq ao seu pior dia desde abril na véspera.

Dow Jones Futuro: -0,04%

S&P 500 Futuro: +0,18%

Nasdaq Futuro: +0,43%

Ásia

As bolsas da Ásia fecharam majoritariamente em alta, com a do Japão favorecida pelo enfraquecimento do iene, mas as chinesas estenderam perdas recentes.

Na China continental, os mercados fecharam em baixa pelo quinto pregão consecutivo, pressionados por ações de semicondutores e hardware.

Shanghai SE (China), -0,44%

Nikkei (Japão): +0,95%

Hang Seng Index (Hong Kong): +0,25%

Kospi (Coreia do Sul): +0,35%

ASX 200 (Austrália): +1,36%

Petróleo

Os preços do petróleo operam em baixa, devido às preocupações com as perspectivas de recuperação econômica da China.

Petróleo WTI, -0,43%, a US$ 81,28 o barril

Petróleo Brent, -0,45%, a US$ 85,62 o barril

Agenda

Nos EUA, saem o Índice do Fed de Richmond e os dados de preços de imóveis nos Estados Unidos. Também são aguardadas falas de membros do Fed (Federal Reserve, o BC dos EUA).

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o relator do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025, senador Confúcio Moura (MDB-RO), disse ontem (24) que o Tesouro Nacional poderá mudar as metas para a dívida pública no texto. Apesar disso, o compromisso com a meta de déficit primário zero no próximo ano está mantido. Ele reuniu-se ontem com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para discutir possíveis alterações no projeto, enviado em abril ao Congresso Nacional. Na seara de indicadores, os destaques de hoje são a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central e a arrecadação federal de maio; consenso LSEG projeta R$ 200 bilhões.

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg

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