Índices futuros no negativo e bolsas mistas em semana marcada por dados de inflação e PIB nos EUA e no Brasil

O PIB de 2023 dos EUA será divulgado na quarta-feira (28), enquanto, no Brasil, o IBGE divulgará o indicador na sexta-feira (1º).
26 de fevereiro de 2024

Enquanto os índices futuros operam em baixa, nesta manhã de segunda-feira (26), as bolsas dos principais mercados mundiais estão em movimento misto, com os investidores aguardando uma série de dados macroeconômicos importantes ao longo da semana. Tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil serão divulgados dados de inflação e o PIB (Produto Interno Bruto) de 2023.

O principal indicador econômico da semana, a inflação ao consumidor dos EUA (PCE, na sigla em inglês) será divulgado na quinta-feira (29). O indicador é visto como importante para definir os próximos passos do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano) em sua próxima reunião de política monetária.

Um dia antes, na quarta-feira (28), sai o PIB do quarto trimestre dos Estados Unidos, enquanto os traders deverão acompanhar comentários de uma série de autoridades do banco central americano em busca de pistas sobre a trajetória dos juros.

O PIB brasileiro do quarto trimestre será apresentado na sexta-feira (1º). Já o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) será divulgado nesta terça-feira (27).

A estimativa dos economistas para o IPCA-15 é de aceleração para 0,81% na comparação mensal e 4,51% em termos anuais. Já para o PIB do quarto trimestre e fechado de 2023, a estimativa é de expansão de 3% no acumulado do ano.

Outro tema que está no radar dos investidores é a reunião, nesta semana, de ministros das finanças e chefes de bancos centrais do G-20, em São Paulo. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, representarão o Brasil.

Brasil

Na contramão do exterior, o Ibovespa terminou a sessão da sexta-feira (23) com queda de 0,63%, aos 129.418 pontos, após uma sequência de seis dias de alta.

Na semana, o principal indicador da bolsa brasileira acumula ganho de 0,54%, na terceira semana seguida no campo positivo.

Na sexta, contribuíram para puxar o índice para baixo o recuo em bloco de ações das petroleiras, que acompanharam a forte desvalorização da commodity no exterior. A Petrobras (PETR4), por exemplo, fechou o dia com queda de 0,69%, seguindo as perdas do petróleo no mercado externo.

Já o dólar acelerou os ganhos e encerrou o dia em alta de 0,81%, negociado a R$ 4,9930 no mercado à vista.

Europa

As bolsas da Ásia operam no campo negativo, enquanto investidores globais aguardam mais dados de inflação durante esta semana.

Na seara de dados econômicos da região, o Índice Preços ao Consumidor (CPI) de fevereiro da zona do euro também sai na sexta-feira (1º), mesmo dia da leitura final do mês do PMI/S&P Global industrial no bloco europeu, na Alemanha e Reino Unido.

FTSE 100 (Reino Unido): -0,34%

DAX (Alemanha): +0,05%

CAC 40 (França): -0,46%

FTSE MIB (Itália): -0,28%

STOXX 600: -0,35%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam em baixa, com investidores aguardando uma série de dados macroeconômicos importantes, além de falas de membros do Fed, o banco central dos EUA.

Também estará no radar dos agentes uma série de resultados corporativos. Salesforce é o grande nome da tecnologia esta semana; o relatório deve ser divulgado na quarta-feira.

Veja o desempenho dos mercados futuros:

Dow Jones Futuro: -0,19%

S&P 500 Futuro: -0,11%

Nasdaq Futuro: -0,07%

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam sem direção única nesta segunda-feira, com Tóquio renovando máxima histórica e a de Xangai interrompendo uma longa sequência de ganhos.

Na volta de um feriado no Japão, o índice Nikkei subiu 0,35% em Tóquio hoje, a 39.233,71 pontos, sustentado por ações de varejistas e atingindo pico histórico pelo segundo pregão seguido.

Já na China continental, o Xangai Composto recuou 0,93%, a 2.977,02 pontos, em um provável movimento de realização de lucros, depois de avançar por oito sessões consecutivas em meio a medidas de estímulos e iniciativas do governo chinês para estabilizar os preços das ações.

Shanghai SE (China), -0,93%

Nikkei (Japão): +0,35%

Hang Seng Index (Hong Kong): -0,54%

Kospi (Coreia do Sul): -0,77%

ASX 200 (Austrália): +0,12%

Petróleo

Os preços do petróleo recuam nesta segunda-feira, ampliando as perdas da sessão anterior, depois que o petróleo terminou a semana em queda entre 2% e 3%, com os traders à espera da divulgação de uma série de dados macroeconômicos importantes nos EUA.

Petróleo WTI, -0,60%, a US$ 76,03 o barril

Petróleo Brent, -0,59%, a US$ 81,14 o barril

Agenda

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Por aqui, no Brasil, no campo político, a primeira reunião ministerial da Trilha de Finanças do G20, composta pelas 20 maiores economias globais, está agendado para ocorrer nesta semana no Pavilhão da Bienal, localizado no Parque do Ibirapuera em São Paulo, e contará com a participação do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, em representação do Brasil. Nesta segunda e terça-feira (27), representantes e secretários dos ministros de Finanças e dos presidentes de BCs farão um encontro preparatório no mesmo local. Nessas datas, a embaixadora Tatiana Rosito, secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda e coordenadora da Trilha de Finanças do G20, representará a pasta. Já na quarta-feira (28), Haddad e Campos Neto participarão das sessões temáticas da reunião ministerial. Não há indicadores relevantes a serem divulgados nesta segunda-feira.

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg

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