Com o relatório payroll no radar dos investidores, índices futuros operam em baixa nos EUA

Projeção do consenso LSEG aponta para a criação de 180 mil vagas formais no mês passado e taxa de desemprego de 3,8%.
3 de novembro de 2023

Enquanto as bolsas europeias estão em movimento de alta, os índices futuros dos EUA operam no campo negativo, nesta manhã de sexta-feira (3), com os investidores repercutindo os dados da Apple e com o relatório de empregos dos Estados Unidos, o payroll, que será divulgado hoje, no radar.

De acordo com o consenso LSEG, a expectativa é de que tenham sido criadas 180 mil vagas formais no mês passado e que a taxa de desemprego seja de 3,8%.

No campo corporativo, Wall Street também acompanha o recuo de 3% das ações da Apple no after market ontem (2), depois que a fabricante do Iphone desapontou com perspectivas de receita mais fraca. Se, por um lado, a empresa tenha reportado lucro acima do esperado no quarto trimestre fiscal, por outro, as vendas gerais caíram pelo quarto trimestre consecutivo.

Assim como as bolsas europeias, os mercados asiáticos fecharam em alta generalizada, com investidores repercutindo dados de atividade econômica da região.

Brasil

Ibovespa encerrou o primeiro pregão do mês com alta de 1,69%, aos 115.052 pontos, depois que o Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed (Federal Reserve) decidiu manter os juros no mesmo patamar pela segunda vez consecutiva.

O principal indicador da Bolsa brasileira também encerrou o pregão à espera da decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, que deve anunciar logo após o fechamento dos mercados redução de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros (Selic) pela terceira vez consecutiva.

O Fed manteve os juros na faixa de 5,25% a 5,50% ao ano. Em coletiva de imprensa após a decisão, o presidente do BC dos EUA, Jerome Powell, não cravou o que pode acontecer em dezembro, mas deu sinais de que o aperto monetário está próximo do fim.

Nas negociações do dia, o dólar à vista terminou a sessão a R$ 4,9730, com queda de 1,36%.

Europa

As bolsas europeias abriram em alta nesta sexta-feira, embaladas pelos bons resultados na seara corporativa.

O Stoxx 600 opera no azul, liderada pelas ações do setor automotivo, com alta de 1,1%. O índice ganhou 1,6% na quinta-feira e caminha para o seu melhor desempenho semanal desde o final de março, de acordo com dados do LSEG.

Por lá, os investidores também repercutiram a decisão do Banco de Inglaterra (BOE) que, ontem, manteve as taxas de juros no mesmo patamar pela segunda reunião consecutiva.

FTSE 100 (Reino Unido), +0,43%
DAX (Alemanha), +0,46%
CAC 40 (França), +0,37%
FTSE MIB (Itália), +0,62%
STOXX 600, +0,48%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam em baixa, com os investidores repercutindo os resultados da Apple, que, apesar do lucro acima do esperado, desapontou pela queda da receita.

Ontem, porém, as Bolsas subiram, com o S&P 500 tendo o seu melhor desempenho desde abril, após falas do presidente do Fed (Federal Reserve), Jerome Powell, na quarta-feira (1º), indicarem que o ciclo de aperto monetário esteja chegando ao fim.

Além disso, os investidores se preparam para relatório sobre o emprego de outubro, o payroll, que será divulgado hoje.

Dow Jones Futuro (EUA), -0,01%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,14%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,37%

Ásia-Pacífico

As bolsas da Ásia fecharam com alta, à medida que investidores avaliam dados econômicos com pistas sobre a saúde da atividade empresarial na região.

O setor dos serviços da China expandiu-se a um ritmo ligeiramente mais rápido em outubro, com o índice de gestores de compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços a situar-se em 50,4, ligeiramente acima da leitura de setembro de 50,2. Já a atividade do setor privado de Hong Kong contraiu-se ainda mais no mês passado.

Na Índia, a indústria de serviços cresceu em outubro ao ritmo mais lento em sete meses devido às condições competitivas e às pressões sobre os preços, segundo uma pesquisa da S&P Global.

Shanghai SE (China), +0,71%
Nikkei (Japão), +1,10%
Hang Seng Index (Hong Kong), +2,52%
Kospi (Coreia do Sul), +1,08%
ASX 200 (Austrália), +1,14%

Petróleo

Os preços do petróleo operam com ganhos à medida que o apetite pelo risco regressa aos mercados financeiros, depois que Fed dos EUA e o Banco da Inglaterra mantiveram suas taxas de juros inalteradas.

Petróleo WTI, +0,73%, a US$ 83,06 o barril
Petróleo Brent, +0,51%, a US$ 87,29 o barril

Agenda

A semana termina com a divulgação do principal relatório de empregos (payroll) de outubro, nos Estados Unidos.

Na Europa, o Reino Unido divulgará seu índice PMI Composto e a zona do euro apresenta os dados de desemprego.

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, o governo já decidiu que mudará a meta fiscal de 2024 para um déficit primário de 0,5% do PIB por meio de uma emenda ao Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), que será apresentada no dia 16, véspera do prazo final. Hoje, a meta prevê resultado primário zero no ano que vem. Segundo reportagem da Globonews, esse foi o caminho encontrado para que o Executivo não tenha de enviar uma nova mensagem, nem crie uma saia-justa para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que tem defendido um déficit primário zero. A mudança da meta estaria definida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva há dois meses. Na seara econômica, não há indicadores a serem divulgados.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias, InfoMoney e Bloomberg

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