Índices futuros e bolsas da Europa operam no campo negativo, em dia de discursos de membros do Fed

Por aqui, o IBGE divulgará o IPCA-15 de novembro, com projeção do LSEG de alta de 0,30% ante outubro e de 4,80% na base anual.
28 de novembro de 2023

Os índices futuros e as bolsas da Europa operam no campo negativo, nesta manhã de terça-feira (28), em dia de divulgação dos dados da confiança do consumidor nos Estados Unidos e de discursos de membros do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano).

Amanhã (29), haverá a divulgação da segunda leitura do PIB (Produto Interno Bruto) do terceiro trimestre dos EUA, da balança comercial do país e do Livro Bege do Fed.

Após alguns indicadores mais fracos da economia dos Estados Unidos, os investidores se mostram mais reticentes aos ativos de risco, à espera da inflação dos gastos pessoais (PCE), a preferida do Federal Reserve para calibrar o ritmo da política monetária. O dado sai no final desta semana.

No campo corporativo na Europa, um acordo de US$ 1,4 bilhão entre a Amazon e a iRobot, fabricante do Roomba, pode desandar devido a uma lista de questões concorrenciais que estão sendo colocadas pela Comissão Europeia.

Por aqui, o dado mais esperado do dia é o IPCA-15 de novembro, que será divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), às 9h. A projeção do LSEG é de alta de 0,30% ante outubro e de 4,80% na base anual.

No campo político, a CAE do Senado marcou para às 10h o início da sabatina de Paulo Pichetti e Rodrigo Alves Teixeira, indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assumir as diretorias no Banco Central (BC).

Brasil

O Ibovespa terminou o pregão de segunda-feira (27) com avanço de 0,17%, aos 125.731 pontos.

Pesaram sobre o principal índice da bolsa brasileira o mercado mais fraco em Nova York, após o feriado de Ação de Graças, e a queda do petróleo no mercado internacional.

Com a agenda internacional mais fraca, os investidores monitoraram os acontecimentos por aqui, como o julgamento dos precatórios no STF (Supremo Tribunal Federal).

Os ministros da Corte anteciparam votos e já têm maioria para autorizar o governo a quitar cerca de R$ 95 bilhões em dívidas judiciais este ano. A ação deve ser liberada até quarta-feira (29).

O dólar fechou a R$ 4,8997, com leve alta de 0,09%, no mercado à vista.

Europa

As bolsas da Europa operam em baixa após fortes ganhos em novembro, com autoridades do BCE reduzindo as expectativas do mercado de cortes nas taxas de juros no próximo ano.

O índice de referência fechou na máxima em mais de dois meses na sexta-feira, alimentado pelas expectativas de que os principais bancos centrais, incluindo o Fed e o BCE, tinham terminado de aumentar as taxas de juros.

No entanto, o BCE pode precisar elevar as taxas novamente se as perspectivas de inflação piorarem. Ontem (27), a presidente da autoridade monetária, Christine Lagarde, disse que a luta do banco para conter o crescimento dos preços ainda não terminou.

FTSE 100 (Reino Unido), -0,65%
DAX (Alemanha), -0,25%
CAC 40 (França), -0,57%
FTSE MIB (Itália), -0,32%
STOXX 600, -0,64%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam no campo negativo hoje, enquanto investidores aguardam pela divulgação de dados da confiança do consumidor e falas dos membros Fed.

Dow Jones Futuro (EUA), -0,10%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,20%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,32%

Ásia-Pacífico

As bolsas da Ásia-Pacífico fecharam mistas hoje. Enquanto o índice Nikkei fechou em baixa de 0,12%, a 33.408,39 pontos, a bolsa de Xangai registrou alta de 0,23%, a 3.038,55 pontos, e a de Shenzhen, de menor abrangência, subiu 0,60%, a 1.904,81 pontos.

No Japão, o quadro de força do iene pressionou as ações de exportadoras do país. Na China, por sua vez, ações de montadoras apoiaram o mercado local, após a mídia chinesa reportar que a Huawei havia convidado parceiras a investir em joint venture para carros inteligentes com a Chongqing Changan Automobile.

Além disso, o presidente do Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês), Pan Gongsheng, fez um discurso com perspectivas econômicas otimistas.

Shanghai SE (China), +0,23%
Nikkei (Japão), -0,12%
Hang Seng Index (Hong Kong), -0,98%
Kospi (Coreia do Sul), +1,05%
ASX 200 (Austrália), +0,39%

Petróleo

Os preços do petróleo operam com alta, quebrando uma série de derrotas que durou várias sessões antes de uma reunião crucial da OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo mais aliados), que deverá aprofundar e ampliar os cortes na produção de petróleo em meio a temores de que a oferta seja consistentemente superior à demanda.

Petróleo WTI, +0,91%, a US$ 75,54 o barril
Petróleo Brent, +0,88%, a US$ 80,68 o barril

Agenda

Nos EUA, saem hoje o índice mensal de preços de imóveis, a confiança do consumidor de novembro e discursos de membros do Fed (Federal Reserve).

Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, um pedido de vista do ministro André Mendonça, do STF (Supremo Tribunal Federal), adiou a conclusão do julgamento sobre a regularização do pagamento de precatórios, até 2026, para que dívidas reconhecidas em decisões judiciais sejam quitadas. A Corte, no entanto, já formou maioria para declarar inconstitucional a adoção de um teto anual para o pagamento dos precatórios. O ministro vai ter até 90 dias para analisar a ação que é acompanhada de perto pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Depois que Mendonça devolver o caso para julgamento, o presidente Luís Roberto Barroso deverá colocar o tema novamente em pauta. Não há data para que isso ocorra. Na seara de indicadores, serão divulgados hoje o IPCA-15 de novembro, pelo IBGE, com o consenso LSEG prevendo alta mensal de 0,30% e de 4,80% na base anual; os dados da sondagem da indústria pela FGV e o resultado primário do governo, com expectativa do Bradesco de R$ 15,8 bilhões.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias, InfoMoney e Bloomberg

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