Os mercados mundiais caminham de lados diferentes, nesta manhã de segunda-feira (17). Enquanto os índices futuros estão majoritariamente em baixa, as bolsas europeias sobem. Na Ásia, ações fecharam no negativo, à medida que os investidores repercutem os dados econômicos vindos da China.
A produção industrial chinesa subiu 5,6% e as vendas no varejo avançaram 3,7%, menos do que o esperado em ambos os casos. Já as vendas de imóveis continuam fracas, apesar de governo chinês ter anunciado uma série medidas para incentivar o setor. Entre janeiro e maio, houve queda de 30,5% no segmento.
Além disso, o banco central chinês (PBoC) decidiu deixar a taxa de juro de sua linha de empréstimo de médio prazo inalterada em 2,5%.
Nos Estados Unidos, os agentes aguardam pela divulgação dos dados de vendas do varejo de maio, que serão publicados nesta terça-feira (18).
Por lá, também são aguardadas falas do presidente do Fed (Federal Reserve) de Nova York, John Williams, e de outros membros da autoridade monetária Patrick Harker e Lisa Cook, nesta segunda.
Já no Brasil, a semana tem como destaque a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central. A decisão sobre os juros sai na quarta-feira (19). A expectativa é de manutenção da taxa Selic no atual patamar de 10,50%.
Na agenda de hoje, sai o Boletim Focus e o IGP-10 de junho, com consenso LSEG prevendo alta de 0,95%.
Brasil
Enquanto as bolsas de Nova York e da Europa fecharam no negativo na sexta-feira (14), o Ibovespa encerrou o dia em tom positivo, mas não o suficiente para salvar a semana.
O principal índice da bolsa brasileira fechou com leve alta de 0,08%, aos 119.662,38 pontos. Na semana, o recuo é de 0,92%.
Por aqui, o cenário interno continuou dando o tom dos negócios. A equipe econômica do governo Lula iniciou o trabalho de identificar em quais áreas poderá haver corte de gastos.
O dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 5,3821, com alta de 0,25%. Na semana, a moeda norte-americana avançou 1,08%.
Europa
As bolsas europeias operam majoritariamente no campo positivo, com investidores aguardando a última decisão sobre taxas de juros pelo Banco da Inglaterra (BoE). Espera-se que a autoridade monetária inglesa mantenha as taxas em 5,25% ao ano.
FTSE 100 (Reino Unido): +0,01%
DAX (Alemanha): +0,16%
CAC 40 (França): +0,16%
FTSE MIB (Itália): +0,41%
STOXX 600: -0,03%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam sem direção única. Na semana passada, o Dow caiu 57 pontos na sexta-feira (14), enquanto o S&P caiu 0,04% e o Nasdaq obteve um ganho de 0,12% para fechar em recorde pela quinta sessão consecutiva.
Dow Jones Futuro: -0,17%
S&P 500 Futuro: -0,07%
Nasdaq Futuro: +0,14%
Ásia
Os mercados asiáticos fecharam majoritariamente em baixa, com os investidores avaliando uma série de dados macroeconômicos da China.
Shanghai SE (China), -0,55%
Nikkei (Japão): -1,83%
Hang Seng Index (Hong Kong): -0,03%
Kospi (Coreia do Sul): -0,52%
ASX 200 (Austrália): -0,31%
Petróleo
Os preços do petróleo operam em alta, depois que uma pesquisa na última sexta-feira ter mostrado uma demanda mais fraca do consumidor nos EUA. Em maio, a produção de petróleo aumentou na China, o maior importador mundial de petróleo.
Petróleo WTI, +0,20%, a US$ 78,61 o barril
Petróleo Brent, +0,17%, a US$ 82,76 o barril
Agenda
Nos Estados Unidos, são aguardadas falas de membros do Fed (Federal Reserve, o BC norte-americano).
Por aqui, no Brasil, no campo político-econômico, a aceleração do IPCA em maio e a análise da composição do indicador no mês reforçam a tendência de que o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central interrompa o ciclo de afrouxamento monetário esta semana. Além do indicador principal ter vindo acima da mediana das projeções, a piora em alguns núcleos e a manutenção das incertezas no cenário externo contribuem para essa projeção. Na seara de indicadores hoje, serão divulgados o Boletim Focus do BC e o IGP-10 de junho.
Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg