Em dia de divulgação do índice PCE nos EUA, índices futuros de Nova York amanhecem no negativo

Por aqui, os destaques de hoje são a publicação da taxa de desemprego de janeiro (Pnad Contínua), com consenso LSEG prevendo o indicador em 7,8%, e o fim da reunião de ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais no âmbito do G20, em São Paulo.
29 de fevereiro de 2024

Os índices futuros dos Estados Unidos recuam, nesta manhã de quinta-feira (29), após a divulgação da revisão do PIB (Produto Interno Bruto) do quarto trimestre ontem e com os investidores à espera da divulgação do índice de gastos de consumo pessoal básico dos EUA (PCE, na sigla em inglês), índice de inflação favorito do Fed (Federal Reserve) para definir a política monetária norte-americana.

A leitura do PCE é esperada para validar os comentários recentes dos funcionários do banco central norte-americano, mostrando que não há pressa para aliviar a política monetária na perseguição da meta de inflação a 2% ao ano.

Na Ásia, os mercados fecharam mistos. Por lá, Hajime Takata, membro do conselho do Banco do Japão (BoJ), sinalizou que o fim de uma política de juros negativos do país está ganhando força, comentários que impulsionaram o iene e os rendimentos dos títulos do governo.

Os comentários de Takata, que é visto como neutro dentre os nove membros do conselho, provavelmente vão sustentar a especulação no mercado de que o banco central está pronto para realizar o primeiro aumento de taxa de juros do Japão desde 2007 nos próximos meses.

Uma notícia vinda dos Estados Unidos que respinga no Brasil é que o estado de Nova York está processando a JBS sob alegações de que a maior processadora de carnes do mundo enganou “o público sobre seu impacto ambiental”. A JBS, por sua vez, afirmou que leva seu compromisso com um futuro mais sustentável para a agricultura muito a sério. “Não concordamos com a ação tomada pelo escritório da Procuradoria-Geral de Nova York”, disse a empresa em um e-mail à Bloomberg News.

Por aqui, os destaques de hoje são a publicação da taxa de desemprego de janeiro (Pnad Contínua), com consenso LSEG prevendo o indicador em 7,8%, e o fim da reunião de ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais no âmbito do G20, em São Paulo.

Brasil

Após ter vivido um dia de euforia anteontem (27), o Ibovespa caiu na quarta-feira (28) 1,16%, mas ainda na casa dos 130.155 pontos, puxado pela Petrobras (PETR3; PETR4).

Na explicação que vigorou no mercado, os papéis da petroleira caíram, respectivamente, 5,39% (PETR3) e 5,16% (PETR4) ontem, após entrevista do presidente da empresa, Jean Paul Prates, à Bloomberg. Ele disse que seria “mais conservador do que agressivo” na distribuição de dividendos extraordinários à medida que se move para se tornar uma potência de energia renovável.

O dólar fechou próximo das máximas do dia, com um avanço de 0,75% no mercado à vista, cotado a R$ 4,9700.

Europa

As bolsas da Europa operam no campo positivo, com investidores de olho em relatórios de inflação nos EUA e na Europa.

FTSE 100 (Reino Unido): +0,29%

DAX (Alemanha): +0,43%

CAC 40 (França): +0,21%

FTSE MIB (Itália): +0,40%

STOXX 600: +0,30%

Estados Unidos

Os índices futuros de Nova York operam em baixa hoje, com os investidores à espera dos dados da inflação medidos pelo PCE.

Outros indicadores importantes a serem divulgados são os dados sobre o rendimento pessoal de Janeiro, dados do índice de gestores de compras de Chicago para fevereiro e o índice de vendas pendentes de casas para janeiro.

O presidente do Federal Reserve de Nova York, John Williams, também deverá moderar uma discussão à noite.

Dow Jones Futuro: -0,36%

S&P 500 Futuro: -0,32%

Nasdaq Futuro: -0,33%

Ásia

As bolsas da Ásia fecharam mistas, com algumas demonstrando cautela antes de novos dados de inflação dos EUA e as chinesas avançando após mais iniciativas do governo chinês para sustentar os mercados locais.

O índice japonês Nikkei ficou levemente no vermelho em Tóquio pelo segundo dia consecutivo, com baixa de 0,11%, a 39.166,19 pontos, depois de atingir picos históricos nos três pregões anteriores.

Shanghai SE (China), +1,94%

Nikkei (Japão): -0,11%

Hang Seng Index (Hong Kong): -0,15%

Kospi (Coreia do Sul): -0,37%

ASX 200 (Austrália): +0,50%

Petróleo

Os preços do petróleo operam em baixa, após um aumento maior do que o esperado nos estoques de petróleo bruto dos EUA ter alimentado preocupações sobre a demanda lenta, enquanto os sinais de que as taxas de juros dos EUA poderiam permanecer elevadas por mais tempo também aumentaram a pressão.

Petróleo WTI, -0,34%, a US$ 78,27 o barril

Petróleo Brent, -0,35%, a US$ 83,29 o barril

Agenda

A agenda de hoje tem como destaque a inflação PCE nos Estados Unidos e pedidos de seguro-desemprego semanal; consenso LSEG prevê 210 mil solicitações.

Por aqui, no Brasil, no campo político, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou que a proposta de taxação dos super-ricos, apresentada ontem (28) pelo Brasil ao G20, ainda deverá ser estudada, mas já conta com apoio de alguns países europeus. Na seara econômica, sai a PNAD contínua; consenso LSEG prevê taxa em 7,80%.

Redação ICL Economia
Com informações do InfoMoney e da Bloomberg

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