Na expectativa dos dados do emprego, índices futuros de Nova York operam perto da estabilidade

Projeções indicam que foram criadas mais de 300 mil vagas de emprego em agosto. Taxa de desemprego deve ficar em 3,5%.
2 de setembro de 2022

Os índices futuros de Nova York estão operando próximos da estabilidade na manhã desta sexta-feira (2), na expectativa da divulgação do payroll de agosto. As projeções indicam que foram criadas mais de 300 mil vagas e, portanto, a taxa de desemprego deve ficar em 3,5%. Os dados do emprego estão entre os termômetros da economia americana, utilizados pelo Fed (Federal Reserve) para definir a taxa básica de juros.

A próxima reunião da autoridade monetária acontece neste mês e as indicações são de que o aperto monetário deve continuar, uma vez que a inflação continua em patamares altos.

Desde a sexta-feira passada, quando o presidente do Fed discursou na reunião de bancos centrais em Jackson Hole, sinalizando que a autoridade monetária americana deve manter a agressividade nos reajustes da taxa, o mercado acionário vem sendo pressionado, realizando muitas baixas ao longo da semana.

Os mercados europeus, por sua vez, sobem em bloco após um início de mês negativo, enquanto investidores aguardam pelo relatório de empregos nos EUA para obter indicações sobre o estado de saúde da economia.

Brasil

O Ibovespa fechou o pregão de quinta-feira (1º), puxado principalmente pelas ações da Petrobras. O principal índice da bolsa brasileira teve alta de 0,81%, a 110.405 pontos. Segundo analistas financeiros, o mercado foi impactado com a divulgação do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de que a economia brasileira cresceu 1,2% no segundo trimestre deste ano, impulsionada pela expansão dos serviços e da indústria.

No exterior, o mercado avaliou os dados sobre o desemprego da zona do euro, que atingiu nova mínima em julho, a 6,6%. O dado reforça as expectativas de alta dos juros na região a ser definida na próxima reunião do BC local, diante de uma inflação recorde divulgada na véspera.  Já a situação econômica na zona do euro continua a se deteriorar antes da reunião, com sinais claros de que o crescimento está desacelerando devido ao aumento nos preços da energia resultante do conflito na Ucrânia.

O dólar subiu  0,71% frente ao real, negociado R$ 5,237 na compra e a R$ 5,238 na venda.

Europa

Um dia após sofrerem perdas, os mercados europeus operam em alta nesta manhã, com investidores aguardando a divulgação do relatório de empregos nos EUA para obter indicações sobre o estado de saúde da economia.

Os investidores europeus estão sendo pressionados diante das perspectivas negativas para a economia, devido à escassez de energia decorrente da guerra na Ucrânia, alimentando crises de custo de vida e inflação crescente.

O índice de preços ao produtor do bloco europeu subiu 4% em junho na comparação com junho, acima do consenso Refinitiv de 3%. Assim, o índice acumula alta de 37,9% em 12 meses.

FTSE 100 (Reino Unido), +0,86%
DAX (Alemanha), +1,58%
CAC 40 (França), +0,83%
FTSE MIB (Itália), +1,16%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam próximos à estabilidade na manhã desta sexta-feira, antes da divulgação do relatório de empregos do mês de agosto. O movimento dos mercados americanos, hoje, deve ajudar a evitar o encerramento das principais bolsas de Nova York no negativo.

Dow Jones Futuro (EUA), 0,00%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,01%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,09%

Ásia

A maioria dos mercados asiáticos fechou em baixa na sexta-feira, com os investidores aguardando o payroll de agosto, indicador importante antes da próxima decisão do Fed sobre a taxa de juros, no final de setembro. Além disso, o índice de preços ao consumidor da Coreia do Sul subiu menos do que o esperado – 5,7% em agosto em relação ao mesmo período do ano passado,  e abaixo da previsão de 6,1%.

Shanghai SE (China), +0,05%
Nikkei (Japão), -0,04%
Hang Seng Index (Hong Kong), -0,74%
Kospi (Coreia do Sul), -0,26%

Petróleo

As cotações do petróleo operam em alta no pregão de hoje (2), diante das expectativas de que a Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo mais Rússia) discutirá cortes de produção em uma reunião na próxima segunda-feira (5). Por outro lado, os contratos de petróleo ainda caminham para registrar uma queda semanal devido a temores de restrições do Covid-19 na China e as expectativas de fraco crescimento global.

Petróleo WTI, +3,07%, a US$ 89,27 o barril
Petróleo Brent, +3,00%, a US$ 95,13 o barril

Agenda

O Departamento de Trabalho dos Estados Unidos divulga, nesta sexta-feira (2), os dados do relatório de emprego. A média das projeções do mercado, segundo consenso Refinitiv, aponta para a criação de 300 mil vagas de emprego em agosto. A taxa de desemprego deve permanecer em 3,5%. Já a média de salários deve aumentar em 0,4% na comparação com o mês anterior.

Por aqui, no Brasil, no campo político, pesquisa Datafolha, divulgada ontem (1º), mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 45% das intenções de voto e o presidente Jair Bolsonaro (PL) com 32%. No campo econômico, sai às 9h sai o número da produção industrial referente ao mês de julho.

Redação ICL Economia
Com informações das agências

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